Olá leitores!

Final de semana de Dia das Mães, e teve um bocado de piloto dando alegria para as suas próprias. Realmente foi um belo final de semana.

Começando com o DTM, com a tradicional prova de abertura naquele que antigamente era o belo autódromo de Hockenheim, e hoje mantém o nome, mas foi esquartejado por Hermann, o Estripador. Na corrida curta, no sábado, o que presenciamos foi quase um “demolition derby”, com os pilotos se comportando ao volante como o pessoal da NASCAR, só que esquecendo que os carros da DTM não são feitos pensando no contato físico como os americanos. Resultado: após os primeiros minutos de prova foi decretada bandeira amarela na pista toda, tanto para recolher os restos de carro como para acalmar os ânimos... no final, vitória do Edoardo Mortara (Audi), seguido pelo Robert Wickens (Mercedes) em 2º e Nico Müller (Audi) em 3º. Farfus, com um carro muito instável, conseguiu no máximo ser 15º colocado. No domingo, a prova longa (com troca obrigatória de pneus) foi mais tranquila, embora tenham ocorrido alguns toques mais pronunciados, mas nada tão grave como no sábado. Beneficiado por uma largada perfeita e por uma punição imposta ao Gary Paffett por conta de um erro da equipe na parada de boxe, vitória relativamente tranquila do ótimo Paul di Resta (Mercedes), seguido por Timo Glock (BMW) e pelo Augusto Farfus (BMW), que largou em 2º não muito bem, caiu para 5º e se recuperou depois para subir ao pódio.

No entardecer do sábado no Kansas teve a largada da prova da Sprint Cup, afinal os pilotos precisavam viajar de volta para casa para o almoço com as mães... talvez com a exceção do Dale Jr, que não quer ver a madrasta por perto nem coberta de ouro. A corrida não foi das mais empolgantes, admito, mas no final acabou valendo a pena. Martin Truex Jr. mostrou de novo que esse não está sendo um ano bom para ele: dominou a prova inteira, até que a 50 voltas do final a equipe puxou o tapete dele em uma parada em bandeira verde, deixando de prender corretamente uma das rodas e forçando uma nova parada... isso o jogou uma volta atrás dos líderes, e matou as chances da primeira vitória dele esse ano. Uma pena, pois ele fez por merecer. Enfim, é a vida. Quem levantou o troféu foi Kyle Busch (Joe Gibbs), que esteve sempre no Top 5, soube poupar o seu carro no final, e levou mais um troféu para a prateleira. Kevin Harvick (Stewart-Haas) até tentou pressionar o Buschinho no final, mas acabou contentando-se com um bom 2º lugar, seguido pelo companheiro de equipe Kurt Busch (3º), que não está demonstrando esse ano a mesma grande fase do ano passado. Pela fase, esse 3º lugar foi um excelente resultado. Em 4º chegou Matt Kenseth (Joe Gibbs), que andou na frente no meio da prova mas perdeu terreno no final, e em 5º o melhor dos Ford, Ryan Blaney com o carro da tradicional equipe Wood Brothers. É, não deu nem pra Penske nem pra Roush... que fase, Ford, que fase...

Quem teve vida fácil no domingo foi Jorge Lorenzo. Na prova da MotoGP realizada em Le Mans, no travado Circuit Bugatti, ele largou na frente, conseguiu abrir uma vantagem para as Ducatis, que duelavam entre si ao invés de se ajudar para chegar no espanhol da Yamaha (mas que vai para a marca italiana ano que vem), e não mais foi ameaçado. As Ducatis deixaram de ser ameaça, e quando Valentino Rossi (que largou pior que o normal dele – que já não é nenhuma maravilha) assumiu a 2ª colocação, já não tinha mais como alcançar o companheiro de equipe. Em 3º chegou a Suzuki do TopGunzinho, ops, Maverick Viñales, com uma pequena ajuda dos tombos das 2 Ducati e do Marc Márquez (aliás, Márquez e Dovizioso inauguraram uma nova categoria, a de tombo sincronizado. Muito estranho como ambos caíram em sequência na mesma curva, após passar por um remendo no asfalto na entrada da 5ª curva, a Le Musée, que a transmissão estava chamando de 7ª curva... acho que a doença dos narradores da Stock Car é contagiosa, muito perigoso isso). Merecido o primeiro pódio do garoto Maveco (21 anos), consta que ele pode correr de Yamaha ano que vem. Se isso se confirmar, mesmo que não na equipe principal, deve visitar o pódio mais vezes. Márquez ainda conseguiu voltar para a prova e terminou em 13º, diminuindo o enorme prejuízo na pontuação em 3 pontos. Quem sabe se no final do ano esses pontos farão falta ou não?

E a grande notícia é que pudemos comemorar a vitória de um brasileiro: na prova das 6 Horas de Spa-Francorchamps do WEC, o trio formado por Lucas di Grassi, Loic Duval e Oliver Jarvis levou o Audi #8 à vitória, em que pese a Porsche ter mostrado um carro mais rápido, porém menos confiável, assim como o novo Toyota. Como a chave em provas longas é resistência, venceu o carro mais resistente. E não tenho medo de afirmar que desde já a Audi é mais uma vez favorita para vencer as 24 Horas de Le Mans. Afinal, se a concorrência teve problemas em uma prova de 6 horas, que o dirá em uma que dura 24 horas... Em 2º chegou o Porsche do trio Romain Dumas, Neel Jani e Marc Lieb, que conseguiu se recuperar bem após os problemas apresentados no sistema de recuperação de energia (ah, esses complicados carros híbridos...) e em 3º um Rebellion (sim, isso mesmo, um fabricante privado). Parabéns ao di Grassi!!!

Para terminar, a etapa do WTCC no Marrocos, que na sua primeira corrida teve a vitória de um dos pilotos mais “gente boa” da atualidade, o holandês Tom Coronel, que está entre os pilotos que mais atende e se comunica com os fãs no Twitter. Ele levou seu Chevrolet Cruze privado ao topo do pódio, conquistando sua primeira vitória desde 2013. Admito que fiquei feliz com o resultado, é um daqueles batalhadores das pistas e que vive lutando contra um equipamento e um orçamento menor que o das equipes oficiais de fábrica. Em segundo chegou o campeão “Pechito” Lopez com seu Citroën e em 3º outro Citroën, o de Yvan Müller. Na segunda corrida do dia chegou aquela que embaralha as cartas, a chuva, e a vitória ficou nas mãos de Robert Huff, em um pódio inteiramente Honda: Huff em 1º, Norbert Michelisz em 2º e Tiago Monteiro em 3º.

Até a próxima!