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O maior de todos começou! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 22 February 2016 03:32

Olá leitores!

 

Para quem gosta de superspeedways e do pedal do acelerador colado no fundo o tempo todo, o final de semana foi especial: as temporadas 2016 das 3 categorias nacionais da NASCAR começaram com ótimas corridas, fazendo o público nas arquibancadas sentir que o dinheiro gasto no ingresso valeu a pena.

 

Começando com a prova da Camping World Truck Series na noite de sexta-feira: 100 voltas de muita emoção, seja pelas disputas sempre muito próximas entre os pilotos, seja pelos “big ones” que aconteceram, seja pelos pilotos superando regras ridículas (aquela regra nova segundo a qual, se em 20 minutos de prova não acontecer uma bandeira amarela, a direção acionará imediatamente a mesma, parece coisa de dirigente ou político brasileiro de tão estapafúrdia), valeu a pena ficar grudado na TV na noite de sexta. Agora que a fórmula do Chase foi estendida às outras categorias, o primeiro piloto garantido na disputa do título foi Johnny Sauter (Chevrolet), que estava na liderança quando no começo da última volta a picape Toyota do Christopher Bell capotou de maneira espetacular na entrada da Curva 1 do enorme oval da Flórida e a direção da prova acionou a bandeira amarela. Felizmente Bell saiu andando da picape para a ambulância para ser levado ao Centro Médico para a checagem padrão. Contudo, como o acidente foi muito forte e ele capotou umas 10 vezes antes de parar, foi levado para o hospital da cidade de Daytona Beach para uma verificação mais apurada, sendo liberado em seguida. Antes desse acidente, a corrida já tinha ficado sob bandeira vermelha por quase meia hora para limpeza da pista após um “big one” envolver metade dos competidores. Digamos que os pilotos voltaram das férias com “sangue nos olhos” para as disputas de posição...

 

Já no sábado não teve “big one”, mas isso não significa que deixou de ter emoção. O campeão da XFinity Series de 2014, correndo como convidado, venceu sobre um agressivo Logano sendo tão agressivo quanto o piloto da Penske. Definitivamente, se existe um piloto na NASCAR com o qual não vou com a cara é o Joey Logano. Ele é aquilo que no futebol alguns chamariam de “marrento”. Basicamente, ele quer ser o sucessor do Dale Earnhardt Sr. no posto de “Intimidator”, mas não tem nem 1/10 do carisma que o velho Dale tinha. É apenas um Dick Vigarista das pistas, que gosta de bater nos adversários e fica cheio de mimimi quando dão o troco nele. E o jovem Chase Elliott mostrou que não tem medo do intimidador de araque, dando uma espremida no rival para garantir sua vitória. Admito que vibrei com a manobra.

 

Foi uma pena que o mesmo Chase Elliott, que conquistou a pole position para a prova principal do final de semana, não conseguiu repetir no domingo seu belo desempenho: talvez não adaptado ao novo pacote aerodinâmico da categoria principal – com baixo arrasto para diminuir a aderência e tornar o carro mais arisco para pilotar, maximizando a importância do trabalho do piloto na obtenção do resultado – perdeu o controle do carro na 20ª volta, foi para a grama, danificou a frente do carro (o novo spoiler dianteiro é mais estreito e bem mais baixo que no ano passado) e perdeu 40 voltas na garagem para fazer o conserto. Enfim, serviu como lição. Se serve de consolo, o ídolo da torcida, Dale Jr., perdeu o controle do carro da mesma maneira, e é bem mais experiente do que ele. O bom é que, mesmo sem a vitória do novato que assumiu o volante do carro #24 após a aposentadoria do Jeff Gordon – que por sinal estava muito à vontade como comentarista ao lado de outra lenda, Darrell Waltrip – a corrida foi épica. Épica pela primeira vitória da Toyota na Daytona 500, épica pela primeira vitória da Joe Gibbs Racing nessa corrida, e épica pela diferença entre primeiro e segundo colocados: 0,011 segundo. O site da NASCAR citou uma diferença de 8 polegadas, o que dá 20 cm de vantagem para Denny Hamlin (que também foi o piloto que liderou o maior número de voltas) sobre Martin Truex Jr., que quase venceu na primeira corrida da equipe Furniture Row com o motor da Toyota. Aliás, foi um banho Toyota: 4 carros entre os 5 primeiros (3 da JGR, 1º com o Hamlin, 3º com o Buschinho e 5º com o Carl Edwards), e poderia ser 5 entre os 6 primeiros se o Matt Kenseth não tivesse defendido tão mal a sua posição na curva 4 do autódromo. O “intruso” Chevrolet no Top 5 foi Kevin Harvick, no 4º lugar. O melhor Ford foi o Logano, em 6º lugar.

 

Gostaria de ter tido tempo para ir, mas não deu: esse final de semana teve a primeira prova do ano da Old Stock Race em Interlagos, adoraria ter voltado a escutar o belo ronco de um motor Opala 6 cilindros preparado, mas não deu. Vamos ver se na próxima consigo ir.

 

E as equipes de F-1 estão apresentando os carros para 2016, e pelo jeito a tendência na passarela da F-1 esse ano será o pretinho básico. Inclusive a maneira mais fácil de diferenciar os carros da McLaren e da Mercedes durante a corrida vai ser o posicionamento na pista, os Mercedes na frente e os McLaren no fundão, já que estáticos dá para diferenciar facilmente os dois carros, mas em movimento eu não apostaria nisso. Se ano passado, com carros mais diferentes, já teve narrador se atrapalhando com os pilotos, imagine esse ano... os mais diferentes são a Ferrari com pintura setentista e a Haas com seu VF-16 – o “Very First”. Gostei do nome do carro...

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini