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Nordeste sem nada este ano! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Thursday, 11 February 2016 01:14

Olá amigos do Nobres do Grid!

 

E o ano começou e não foi com boas notícias para os amantes do esporte motor que habitam a região Nordeste.

 

Depois de perder a Stock Car em 2015, que armava seu palco no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, foi a vez da Fórmula Truck dar um tempo para essas bandas de cá e, ao contrário do que fazia há alguns anos, não vai abrir sua temporada no calor nordestino, mas sim em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, no dia 13 de março.

 

Deixar de ir para Caruaru, em Pernambuco foi uma decisão difícil para a direção da categoria que tem um público cativo e faz, em todas as suas corridas uma verdadeira festa, e não era diferente no município pernambucano, mas...

 

Assim como foi até 2010 no Ceará (Autódromo Virgílio Távora), o Autódromo Internacional Ayrton Senna só recebia cuidados quando a equipe chefiada por Roberto Cirino desembarcava em solo pernambucano e providenciava algumas melhorias.

 

A providencial ajuda da categoria dos caminhões velozes era bem vinda e vai fazer falta em Caruaru, assim como faz ao hoje mal cuidado autódromo cearense.

 

Depois de corridas com sucesso no circuito montado no Centro Administrativo da Bahia, Salvador perdeu a etapa.

 

Pernambuco tem um campeonato de Marcas, assim como no Ceará, tocado por guerreiros que buscam à todo custo manter acesa a chama do automobilismo e, com um pouco mais de apoio, poderiam se unir para alargar a categoria transformando-a em regional, mas isso é outro assunto que ainda vou abordar, por enquanto vamos voltar para a Truck.

 

Em um país de dimensões continentais, dependente do transporte rodoviário, este cheio de gargalos, não é fácil nem custa pouco levar toda a estrutura de uma categoria em cima de caminhões de carga.

 

Como todo negócio, a conta tem que fechar sob pena de falir, e a última coisa que queremos ver é o fim de uma categoria, daí a necessidade de pensar com o bolso e abrir mão do público nordestino, e espero que seja por pouco tempo.

 

A etapa da Fórmula Truck no Autódromo do Virgílio Távora era um evento sem par no Ceará.

 

As incertezas econômicas que vemos criou um cenário de retração e, como consequência, o apoio para o esporte diminuiu, e o esporte motor também perdeu seus mecenas.

 

Somado a isso, tem a miopia dos governantes que não enxergam além da restrita visão encurtada pelos antolhos. Quando é que vão compreender a dimensão de um equipamento como um autódromo? Quando?

 

Desde o treinamento dos policiais, bombeiros, socorristas, um autódromo público, como é o caso do Ceará e Pernambuco, poderia ser tocado de modo mais inteligente e para dar mais retorno à sociedade.

 

Um dos problemas desse país é o sistema carcerário e a falta de políticas de ressocialização, então que tal usar a mão de obra carcerária para a limpeza reforma e manutenção destes equipamentos?  Por que não trazer atividades de ciclismo e pedestrianismo nos dias em que ele não esteja sendo usado para as corridas?

 

Nos últimos anos, o maior público da Fórmula Truck em suas corridas foi em Caruaru... que este ano, perdeu a etapa.

 

Dito isto, que não é novidade, pois se faz em outras praças do país, percebemos que um autódromo pode ser bem mais do que simplesmente palco de corridas, e isso não é algo impossível de ser feito. Então, para concluir o raciocínio. Um autódromo ocupado pode render-lhe recursos para manter-se pronto a receber qualquer espetáculo, salvo suas limitações de pista.

 

Essa lacuna deixada pela Fórmula Truck precisa ser assimilada e encarada como o ponto inicial de uma tomada de decisões pautadas pela moderna administração, afinal, não é justo que a conta seja sempre da viúva, que tem de muito que cuidar, mas cabe ao gestor entender que não é somente o estádio de futebol que chama turistas, que gera renda.

 

Quando vejo uma montadora abrindo os bolsos para o futebol e, sequer oferecer desconto de peças para os clubes que fazem corridas regionais é algo de difícil compreensão, até mesmo pelo fato da vizinha Argentina, de uma economia bem menor que a de nosso país, as montadoras darem o apoio necessário aos campeonatos regionais.

 

Os campeonatos regionais tem sobrevivido, apesar da crise, tato no Ceará (foto acima) como em Caruaru.

 

Uma coisa puxa outra, e com o fortalecimento dos campeonatos regionais, o gosto pelo esporte motor tende a se manter. Isso gera público que vai para corridas, novos campeões, consumidores, e é nesse mercado que ainda tem muito a crescer que as montadoras deveriam olhar com mais carinho.

 

A Fórmula Truck não vem esse ano para o Nordeste, mas creio que volta. Tirando a questão comercial que interessa aos patrocinadores da categoria, o Nordeste é um lugar onde todo o circo da categoria gosta de ir, mas para ir somente para Caruaru fica caro, portanto, quem está pecando é quem deveria cuidar dos dois palcos, pois com eles sucateados, não há show!

 

Antes que o atento leitor me questione, o autódromo que está sem do construído na Paraíba, e outro na Bahia serão tema de minha próxima coluna.

 

Até a próxima,

 

Robério Lessa

 


Last Updated ( Thursday, 11 February 2016 01:42 )