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Velas: desencadeando reações. PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 11 January 2016 21:41

Olá pessoal que acompanha o site dos Nobres do Grid,

 

Marido fez aniversário agora em janeiro e hoje em dia inventaram essas velas que não são velas, que ficam soltando aquelas faíscas e apagam sozinhas. Se eu fosse colocar todas as velas no bolo para cada ano que ele fez, acho que ele não dava conta de apagar... mas foram as velas que me deram um tchan pra coluna desse mês.

 

Como todo mundo sabe, o carro também tem velas que não se parecem em nada com as velas de bolo de aniversário, mas sem elas, o carro não anda. As velas de ignição, são responsáveis por gerar a faísca que vai provocar a queima do combustível, quando este está dentro das câmaras de combustão. Esse processo repetitivo ocorre dentro de cada cilindro na sequência do ciclo Otto, que rege a grande maioria dos motores a combustão do mercado.

 

O correto funcionamento das velas garante a eficiência da explosão dentro do cilindro, e a correta queima do combustível. A força gerada é transmitida pelo virabrequim ao volante de inércia, que por sua vez gira o conjunto do câmbio e chega às rodas, que põem no chão os famosos cavalos gerados no motor.

 

Cada veículo possui especificações únicas que exigem tipos específicos de velas. Esses componentes trabalham com a alta voltagem gerada pelas bobinas e produzem uma centelha que deve ter a intensidade e a duração corretas para cada motor. O revestimento é em cerâmica especial para suportarem as altas temperaturas de trabalho.

 

 

Assim com as velas do bolo de aniversário, estas não são eternas e como qualquer componente do carro, sofre desgaste pelo seu uso e, no caso das velas, enquanto o motor está funcionando, elas estão em ação constantemente e intensamente. Isso leva à necessidade de troca destes componentes com periodicidade. O jogo deve ser trocado de acordo com o plano de manutenção de cada veículo para que o propulsor funcione sempre com a máxima eficiência. 

 

Velas muito desgastadas causam o funcionamento irregular do motor, com engasgos e falhas de potência principalmente em baixas rotações. Também aumentam o consumo de combustível significativamente e as emissões de poluentes. Por isso devem sempre ser trocadas no tempo certo para não danificarem outros sistemas do carro.

 

À volta da parte inferior do isolador existe um corpo metálico que se enrosca na cabeça dos cilindros. Soldado à parte inferior deste corpo e dessa maneira ligado à massa através da cabeça dos cilindros, encontra-se outro eletrodo – o pólo da massa. Uma pequena folga separa este eletrodo da extremidade do eletrodo central.

 

 

Para obter um bom rendimento do motor, a faísca deverá ser suficientemente intensa para inflamar eficazmente a mistura de gasolina e ar, o que significa que a folga deve ser relativamente grande.

 

Porém, quanto maior for esta folga, maior será também a voltagem necessária para fazer soltar a faísca. As folgas recomendadas para as velas dos automóveis modernos oscilam entre 0,5 a 1,0 mm. A folga deve ser verificada periodicamente, já que os eletrodos desgastam-se lentamente com o uso e podem ficar cobertos de resíduos.

 

Velas de Ignição – defeitos e sintomas.

Quando o seu carro vai para a revisão, dependendo da quilometragem, o programa de serviços determina ao menos a inspeção das velas de ignição. Em um certo momento há a determinação para a troca das mesmas e não adianta querer arregar com o mecânico. Trocar as velas é importante. O mal estado e funcionamento das velas podem comprometer outros componentes e evitar que danos mais significativos aconteçam. Mas o que podemos detectar como problemas nas velas?

 

 

O desgaste das velas algo natural. Se o pé do isolador estiver levemente amarelado ou marrom, indica que tudo correu bem durante a vida útil das velas. O motor está em boas condições e o tipo da vela estava correta para aquele tipo motor.

 

Mesmo que o motor esteja em boas condições e que as velas estejam corretas para o tipo de motor, permanecer muito tempo sem substituir as velas irá causar o desgaste excessivo do eletrodo central (erosão). A distância entre os eletrodos fica muito grande e a alta voltagem fornecida pela(s) bobina(s) passa a ser insuficiente para causar a faísca.

 

Quando isso acontece, começam a haver solavancos do motor, principalmente ao acelerar para ultrapassagens ou em subidas. Além disso, dar partida no motor fica mais difícil. Ele demora para pegar.

 

 

A vela possui eletrodos e estes sofrem corrosão. Esta situação geralmente é confundida com o derretimento dos eletrodos por superaquecimento, do qual falarei mais adiante. Ao contrário do que parece, este sintoma é causado pela presença de agentes e/ou aditivos corrosivos no combustível ou óleo lubrificante e é comum encontrar depósitos de resíduos que acabam influindo no fluxo de gases. Geralmente também é causado por combustível de má qualidade.

 

Assim como no caso do desgaste natural das velas, os efeitos são parecidos, começando a haver solavancos do motor, principalmente ao acelerar para ultrapassagens ou em subidas e dar partida no motor fica mais difícil. Ele demora para pegar.

 

Toda queima de combustível fóssil gera fuligem e, em alguns casos, esta carbonização (queima do hidrocarboneto) gera uma fuligem preta (carbonização seca). A formação desta fuligem preta e seca, cobrindo os eletrodos e a cabeça da vela, pode ter diversas causas.

 

 

As principais são: Filtro de ar sujo, afogador com mal-funcionamento ou acionado por muito tempo, combustível de má qualidade, carburador ou injeção desregulados (mistura ar-combustível muito rica), motor funcionando em baixa rotação por muito tempo, regulagem do ponto de ignição muito atrasado (faísca atrasada), uso de velas inadequadas (muito frias).

 

Este tipo de problema provoca dificuldade na partida do motor, principalmente quando ainda estiver frio e o motor falha quando em rotação de marcha lenta.

 

Caso você tenha abastecido com gasolina ruim, fazer o veículo rodar em primeira ou segunda marcha, com a rotação bem alta por alguns instantes pode eliminar as impurezas acumuladas na ponta da vela, se o carro já estiver abastecido com combustível de qualidade. Caso p problema persista, deve se revisar a regulagem e os filtros. Em um caso mais extremo, trocar as velas por novas pode ser necessário.

 

 

Caso a sujeira nas velas for, além de preta, oleosa (carbonização oleosa), esta situação pode indicar problemas graves no cabeçote do motor e possivelmente um serviço de retífica será necessário. Os eletrodos ficam cobertos por uma camada de óleo e carvão, o que indica excesso de óleo do motor passando para a câmara de combustão por desgaste ou defeito nos anéis de pistão e/ou guias de válvula.

 

Quando este tipo de problema é observado, assim como no caso da fuligem seca, há dificuldade em dar na partida do motor, principalmente quando ainda estiver frio e o motor falha quando em rotação de marcha lenta.

 

O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a retirar o chumbo da gasolina, mas como temos muitos casos de adulteração de combustível no país, o risco de encontrar manchas amareladas, principalmente em volta do isolador, podem indicar uma concentração de chumbo no combustível.

 

 

Com o aumento da temperatura na câmara de combustão estes resíduos tendem a tornar-se condutores elétricos anulando a funcionalidade da vela e causando falhas na ignição (ou seja, na faísca). Nesse caso, nem adianta tentar limpar as velas, pois o chumbo já deve ter-se vitrificado sobre a cerâmica do isolador. Trocar o posto onde você abastece também deve ajudar.

 

Isso vai provocar falhas na faísca de ignição, principalmente em velocidades mais altas.

 

O combustível de má qualidade pode trazer outros resíduos e impurezas. Aditivos do óleo e/ou do combustível podem deixar resíduos “incombustíveis” (que não são queimados) na câmara de combustão. Estes resíduos pode ser visíveis nos pistões, válvulas, cabeçote e na própria vela. Ocorre especialmente em motores com consumo de óleo acima do normal ou abastecidos com combustível de má qualidade. Limpeza e uma boa regulagem do motor pode resolver o problema.

 

Isso vão provocar a perda de potência do motor e pode até mesmo causar danos ao motor e cabeçote.

 

O eletrodo central pode simplesmente derreter. Isso acontece quando há o superaquecimento da vela.

 

 

São vários os motivos que podem causar o derretimento do eletrodo central, fundindo-o parcialmente. Os mais comuns são: uso de velas incorretas (muito quentes), resíduos (sujeira) na câmara de combustão, válvulas defeituosas, ponto de ignição desregulado (adiantado), mistura ar combustível muito pobre, distribuidor com defeito, combustível de má qualidade ou velas mal instaladas/apertadas.

 

Caso isso ocorra, vai ser percebida a perda de potência do motor e falhas na faísca de ignição. Continuar rodando com o carro nesta situação pode causar danos ao motor.

 

O superaquecimento da câmara de combustão também pode fundir o eletrodo central pode se agravar por conta do superaquecimento da câmara de combustão, causando trincas e quebras no pé do isolador. As causas ainda são as mesmas, mas os danos ao motor já podem ser maiores. Neste caso, será necessário revisar o motor e os sistemas de ignição e alimentação.

 

Quando os eletrodos Central e lateral são fundidos a combustão se dá por incandescência, ou seja, não há mais faísca e a alta temperatura faz com que o combustível queime. O uso contínuo de velas e combustíveis inadequados podem fazer as velas chegarem a este estado.

 

Se o motor ainda não quebrou neste ponto, você ainda deverá estar percebendo sintomas como perda de potência do motor.

 

 

Aditivos agressivos adicionados ao combustível podem causar corrosão do eletrodo central e, com o tempo acabar trincando o isolador, assim como muita fuligem de combustão acumulada entre o isolador e o eletrodo central.

 

Também é muito comum que este dano seja causado pelo uso de ferramentas inadequadas na manutenção das velas, por exemplo, usar uma chave de fenda para afastar os eletrodos. Com o isolador quebrado a faísca salta do eletrodo central direto para a carcaça lateral da vela, provocando dificuldade na partida do motor e falhas de ignição.

 

No próximo mês vou falar sobre o sistema elétrico dos trios elétricos... bem a ver com o carnaval.

 

Muito axé pra todo mundo,

 

Maria da Graça 
Last Updated ( Monday, 11 January 2016 23:00 )