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E os cartolas quase estragaram a corrida! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 06 September 2015 22:34

Olá leitores!

 

O Grande Prêmio da Itália foi mais ou menos o que se esperava dele: uma corrida sem emoções arrebatadoras por conta de um regulamento que nivela muito os carros em termos de motor, vitória com folgas do Rodriguinho, digo, do Hamilton (com um cabelo de pagodeiro que, definitivamente, não combina com a categoria), a Ferrari andando em casa mais forte do que nas outras corridas, e a torcida italiana fazendo a festa mais bonita da temporada. O que não se esperava, em hipótese alguma, era a direção de prova fazer o “fuzuê” que fez por algo que é uma recomendação, não uma obrigação. A FIA demonstrou estar com inveja da CBF, e repetiu o título da clássica obra de Shakespeare, “Muito Barulho por Nada”. OK, Belo, digo, Hamilton e Rosberg saíram para a pista com pressão dos pneus inferior àquela RECOMENDADA pela fabricante. E daí? É obrigatório seguir as instruções da fabricante? Está no regulamento que só pode calibrar os pneus com pressão superior a X e inferior a Y? Se a FIA quiser levar a ferro e fogo isso, favor colocar claramente no regulamento. Inclusive especifique que os pneus, na hora da medição, devem estar exatamente com a temperatura Z, pois é sabido que diferenças de temperatura afetam os valores da medição – que foi a justificativa apresentada no comunicado pós investigação.

 

Bom, vamos ao que interessa: corrida.  E na corrida, vitória do carro 44 da Mercedes. Dominou todos os treinos livres, fez a pole, e não foi incomodado por ninguém, alcançando com certa facilidade sua 40ª vitória. Para não dizer que o novo namorado da Rihanna (talvez daí venha a ideia de descolorir o cabelo pagodeiro style que nem ele fez...) teve vida fácil a corrida toda, no final, com medo de levar uma punição de 25 segundos por conta dos pneus, a equipe mandou ele acelerar tudo, e após a bandeirada ele reclamou um pouco disso. Tudo aquilo que deu certo com Hamilton, deu errado com Rosberg, que não classificou bem, teve que usar um motor já razoavelmente usado, não largou exatamente bem (por culpa direta do Kimi, diga-se de passagem), e ao final da prova o motor abriu o bico de vez, faltando 3 voltas para a bandeirada, quando ocupava o 3º lugar na prova.

 

Em 2º, para alegria da imensa massa vermelha que lotou a pista de Monza, chegou Vettel. Estava emocionado com a recepção da torcida italiana, que sempre trata muito bem quem corre pela equipe de Maranello e não faz fácil a vida de quem é das outras equipes (na cerimônia do pódio vaiou Hamilton e aplaudiu entusiasticamente Vettel e Massa, ex-piloto da equipe). O alemão fez o melhor que estava ao alcance dele, ou seja, foi o mais rápido após o Hamilton. No final, esteve ligeiramente ameaçado pelo Rosberg, mas o motor do Nico quebrou antes de receber um ataque direto. Seu companheiro Räikkönen (5º), de contrato renovado para 2016, fez o segundo melhor tempo na classificação, o que prometia uma bela disputa na frente... só que ficou parado na largada. O “capo” da Ferrari, Arrivabene, chegou a dizer que o finlandês se atrapalhou com dedos e botões dentro do carro... em compensação, a corrida de recuperação que ele fez depois foi digna de nota, e garanto que ele se divertiu bastante dentro do cockpit fazendo tantas ultrapassagens para vir de 20º até o 5º lugar.

 

Em 3º chegou Massa, beneficiado diretamente com a quebra do motor do Rosberg, e compensando o proverbial mau trabalho da Williams nos boxes. Deve ser frustrante, você se mata para fazer um grande trabalho na pista e chega na troca de pneus e a equipe joga tudo a perder. Nas voltas finais ainda teve de segurar o ataque de Bottas (4º), que passou na bandeirada a apenas 3 décimos de segundo dele, e brincou dizendo que estava muito velho para esse tipo de disputa no final da prova. Foi um daqueles dias em que o brasileiro estava inspirado, definitivamente. Bottas também fez uma bela corrida, também foi prejudicado pela “eficiência” da equipe em trocar pneus (Claire Williams, filha do Frank e atual manda chuva da equipe, disse que treinaram bastante as trocas de pneu após o ocorrido na Bélgica... imagine se não tivessem treinado), e fez um belo trabalho se defendendo dos ataques do Rosberg antes da troca de pneus.

 

Em 6º chegou Pérez, que fez uma corrida das suas melhores, juntamente com seu companheiro Hülkemberg (7º), que mais uma vez reclamou de problemas no carro. Com ou sem problemas, os Force India são carros que se dão bem em pistas onde se requer baixa carga aerodinâmica e altas velocidades de reta, casos de Spa e Monza, e chegaram na posição que se esperava deles, atrás de Mercedes, Ferrari e Williams. Ainda não me conformo do Hülk não estar em uma equipe melhor... com esse resultado, a equipe voltou a ser a 5ª colocada no Mundial de Construtores, ultrapassando a Lotus (que não pontuou em Monza).

 

Em 8º chegou Ricciardo, fazendo o que podia com seu motor Renault, pilotando sempre no limite, disputando com Kimi (que estava com um carro bem mais veloz de reta) e ganhando posição fazendo ultrapassagem na última volta. Corrida inspirada, pena que o motor não cooperou. Seu companheiro Kvyat chegou em 10º, colocando os dois carros da equipe na zona de pontuação – o que, em uma pista como Monza, que requer principalmente cavalaria no motor, é digno de nota.

 

Em 9º chegou Ericsson, que fez uma senhora corrida, principalmente no final, pressionando Hülkemberg e duelando com Ricciardo (para quem perdeu a posição literalmente na última curva...), mostrando que o carro teria potencial, se a equipe não tivesse gasto o dinheiro do desenvolvimento dele pagando a indenização do Van Der Garde (por burrada da cúpula da Sauber, como já publiquei algumas vezes na coluna). É praticamente o mesmo carro que começou a temporada na Austrália... seu companheiro Nasr (13º) poderia estar junto ao Ericsson ao final da prova, mas foi prejudicado por um furo de pneu logo no começo da corrida e teve sua estratégia completamente comprometida. Uma pena, pois largou bem e já estava entre os 10 primeiros quando o furo aconteceu, fruto de um toque com Maldonado (qual o motivo de eu não me surpreender?).

 

Próxima corrida dia 20/09, em Cingapura, aquela corrida noturna que é bonita mas, vendo o 1º e o 3º treinos livres (ainda sob luz do dia), acho que poderia ser ainda mais bela se fosse feita de dia, principalmente nos trechos em que passa pelo centro histórico e no estádio (onde o Nelsinho bateu).

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini