Durante os dias 28 de fevereiro e 1 de março, o Site dos Nobres do Grid esteve presente na etapa pernambucana da Fórmula Truck, disputada no Autódromo Internacional Ayrton Senna em Caruaru, no agreste pernambucano, a pouco mais de 110 Km da capital Recife. Concluindo esta matéria, onde procuramos saber de pilotos, chefes de equipe, organizadores, dirigentes, jornalistas e do público o que cada um pensava a respeito da cidade, da prova, das condições do autódromo e das mudanças do regulamento para essa temporada que marca dos 20 anos do nascimento desta que é a categoria mais popular do Brasil, fechamos esta matéria ouvindo os dirigentes esportivos da região e a administração do autódromo. Dirigentes – importância da Truck para o turuismo do estado e a economia local, mas falta de apoio político para viabilizar reforma. Entrevistamos os presidentes da Federação Pernambucana de Automobilismo, FPA, o presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, CBA, que é pernambucano. E um dos maiores nomes do automobilismo local, que já foi presidente da FPA e atualmente é vice-presidente da entidade. Walder Bernardo “Dadai” – presidente da FPA. NdG: Presidente, a gente tá fazendo uma matéria sobre o impacto da Fórmula Truck aqui na cidade de Caruaru, o senhor como presidente da Federação, como que vê essa etapa pro automobilismo pernambucano e pra aqui pra Caruaru? W.B.: Se você considerar que o maior evento de Caruaru hoje é o São João, evento de 30 dias, posso até tá falando alguma coisa aí que não seja real, mas pelo conhecimento que eu tenho, hoje a prefeitura tem que captar algo em torno de 12 milhões [de Reais] pra acontecer. Quando eu digo captar, é vender os patrocinadores do São João, pra que esse evento ele aconteça e, consequentemente, é um evento que traz muita receita pra cidade. E o segundo evento da cidade seria a Fórmula Truck. Então tu vem pra um evento que acontece em apenas um único dia, porque as movimentações de sexta e de sábado, praticamente não são acompanhadas pelo público, que são os treinos classificatórios, o público efetivamente só está na cidade no domingo, e, nós temos os números que são até defasados, são números de três ou quatro anos atrás, que diz que do público, das 32mil pessoas presentes naquele ano, aproximadamente 30mil vinham de fora, público das regiões circunvizinhas, de capitais aqui do Nordeste... de Aracaju até Natal, você tem aqui a presença de pessoas aqui. NdG: E depois da saída de Fortaleza Caruaru se tornou a única... W.B.: Sim, sim, centralizou. E automaticamente o que acontece: essas pessoas, elas trazem receita pra cidade, você tem hotel, rede hoteleira, combustível, restaurantes... você tem uma série de operações que ganham com isso. Aí nós voltamos pro São João de Caruaru, a Prefeitura tem que captar 12 [milhões de Reais], se não captar ela vai ter que aportar, vai ter que dar alguma contrapartida e, nesse mesmo ano nós fizemos um levantamento de quanto teria sido investido pela Prefeitura, a Prefeitura tinha investido algo em torno de 60mil [Reais] em obras de limpeza. Aí você vem pra uma coisa que chama-se ISS, Imposto Sobre Serviços, só a categoria, ela contrata um valor na cidade, entre postos de gasolina, hotéis, serviços de segurança, serviços de receptivo, enfim, que já pagam esse investimento. Então esse ano que a gente fez esse levantamento, a Prefeitura arrecadaria 75mil Reais só de ISS, ou seja, o investimento é zero, ela já ganhava 75 de cara, isso eu tou falando só da prefeitura. E a cidade tinha a injeção na sua... [economia], no final de semana da corrida, da ordem de 3 milhões e meio [de Reais], que essas 30mil pessoas que vinham, tinham gasto per-capta de alimentação e tal... então, se a gente pegar o valor que se tem pra fazer um São João, e quanto esse São João deixa nos 30 dias, se fomos considerar dia a dia, eu te diria que esse evento é maior que o São João. Ao ouvir que nós somos a “Capital do Forró”, até porque eu sou filho da terra, então eu me sinto muito a vontade de falar que: nós somos a Capital do Forró e ninguém nunca vai deixar de fazer São João, mas, eu acho que a gente deveria olhar pra esse evento com melhores olhos, porque é um evento que agrega muito ao turismo, é um evento que traz uma receita fantástica pra cidade e, se nós tivéssemos um autódromo numa condição de receber outras categorias, com certeza a gente teria essa receita de injeção de 3, 4, 5, 6 milhões num final de semana em 3, 4 vezes num ano, o que representaria mais do que o São João. Então acho que é um evento viável, aprovado, se você leva isso pra uma coisa mais ampla, a nível de Brasil, o principal evento do Brasil chama-se Fórmula 1, a prefeitura de São Paulo pra cada R$ 1,00 que ela investe volta R$ 2,50, são 46 milhões investidos, imagina o que entra em imposto, fora o dinheiro que entra com o trade turístico, que é a maior ocupação da rede hoteleira de São Paulo é a Fórmula 1,o automobilismo aonde ele passa traz receita pras cidades, são eventos que trazem efetivamente, além da própria imagem né? Você vai ter no domingo uma transmissão aí pra, se não me engano, são 115 países. Entre a Band, Band Sports e as outras televisões que replicam esses sinais são mais de 115. Em Caruaru, o evento automobilismo se mistura com as profundas raízes culturaisdo estado de Pernambuco. NdG: Isso é um valor agregado no marketing... W.B.: Enorme, isso é imensurável né? Você ter aí o nome da cidade durante uma hora e meia de televisão, você já imaginou o que é contratar uma hora e meia de televisão? Quem liga a televisão vai estar lá: “Grande Prêmio Aurélio Batista Félix, Autódromo de Caruaru”, você termina associando né? Se você acompanhar a transmissão, a própria abertura da transmissão ela faz alusão a cidade, mostra alguma coisa, fala da nossa feira, do Mestre Vitalino, da cultura local, então fica difícil você até mensurar. Até muitas vezes a gente se pergunta porque é que isso aqui não é visto com outros olhos, não existe um investimento maior, não existe um cuidado maior com isso aqui. Porque isso é viável, o retorno... é muito diferente de eu chegar pra você te dizer: “Nós vamos fazer isso e a perspectiva é essa”. Não, não é perspectiva, é real! O número existe, coisa concreta fica difícil a gente entender como é que não se investe melhor nisso aqui. NdG: Como é que a Federação tá procurando trabalhar junto ao poder público pra melhorar aqui o autódromo? W.B.: A gente vem ao longo desses 10 anos aqui pleiteando essa reforma, através de N documentos protocolados, ofícios, nós conseguimos há uns três anos o projeto técnico da reforma, que custou R$ 149.000,00 e foi pago pelo Governo do Estado. Então, nós temos hoje um projeto técnico que já foi entregue mais de cinco vezes à prefeitura, à vários secretários, à várias pessoas ligadas ao poder público, mostrando o que efetivamente precisa pra gente fazer essa reforma, uma reforma que ela vai custar de 12 até 15, 16 milhões [de Reais], dependendo do que se proponha fazer, mas é um investimento que você vai ter diluído ele nos próximos dez anos e a possibilidade de você ter quatro eventos por ano a nível nacional. Então, nós estamos efetivamente pleiteando isso, mas, nós não temos o poder político. O que a gente entende na realidade é que falta um pouco de vontade política, nós temos aí uma série de outras cidades que tem autódromos que conseguiram, como: Cascavel, a própria São Paulo... que conseguiram pleitear junto aos seus governantes essas melhorias, elas acontecerem. Muitas vezes, em muitas reuniões que eu fui, eu fui questionado pelo poder público: “Não, porque há necessidade de saneamento, de hospitais...” Cara, eu concordo plenamente, não se tem que tirar dinheiro da educação, mas existem emendas, existem outras formas de se trazer essa verba, você não tem que tirar de um lugar pra por em outro, você tem que trazer mais e fomentar mais ainda. Isso é um grande gerador de empregos, se você procurar saber com a organização do evento quantos empregos são gerados num final de semana desse eu não sei nem te dizer, mas é coisa de mais de dois mil empregos, entre diretos e indiretos. Isso gera receita, porque esse trabalhador ele é um trabalhador local, ele vai receber pelo seu serviço e vai gastar esse dinheiro aqui dentro da cidade, e esse valor não tá nem nesse número que eu te dei, que é um número defasado. Então assim, do ponto de vista do que se pode fazer, do que Federação e a própria Confederação podem fazer, nós estamos fazendo, que é pleitear, que é cobrar, mas infelizmente nós nunca fomos escutados. Esse autódromo se eu não me engano ele é de... NdG: 92. Não era nem 10 horas da manhã e as arquibancadas já estavam praticamente cheias em Caruaru. W.B.: 92! 2006 nós tivemos a reestruturação com a inauguração dos novos boxes e algumas melhorias de áreas de escape, então quer dizer, 92/2012 [na verdade 2015] estamos falando de vinte e dois, vinte três anos de autódromo, nós tivemos duas obras basicamente, que foi a conclusão da torre, que foi logo em seguida a inauguração e depois esses boxes novos e nunca tivemos nenhuma reforma na pista, nunca tivemos nenhuma melhoria na pista. Pra você ter ideia, Interlagos é recapeado todo ano. Então porque ele é recapeado todo ano? Porque efetivamente um evento que acontece lá ele traz... não só a Fórmula 1 como a Truck corre lá, a Stock corre duas vezes, o [Brasileiro de]Marcas corre duas vezes, existem campeonatos regionais. O automobilismo ele movimenta a economia, não tem como. Infelizmente a gente parece que não consegue passar pros políticos locais, entrar na cabeça desses políticos a verdadeira importância que isso tem. NdG: É como se na cabeça deles, eles ainda tivesse a ideia de que automobilismo é esporte de rico e que não adianta investir... W.B.: Mais é isso que eu já escutei várias vezes “isso é um brinquedinho de rico pra dez ou doze pessoas”, acho que isso é uma falta de visão tamanha, o cara, um político que se passa pra dar uma declaração dessa, feito eu já escutei de alguns, ele tá assinando o atestado dele de burrice, porque ele tá mostrando o quanto ele não tem uma abrangência. Isso aqui é uma indústria sem chaminé, isso aqui é uma empresa que fomenta, que fabrica, que dá emprego, que gera receita, que enfim, gera um benefício enorme. Pra você ter ideia, o descaso aqui é tão grande que no final do ano passado nós tivemos a possibilidade de isso aqui ser desativado pra trazer uma feira aqui pra dentro. Não que a feira não tenha a sua importância, eu acho que você não deve acabar com um instrumento em prol de outro, você tem que fomentar as duas coisas. A feira de Caruaru ela é extremamente importante, acredito que a principal atividade econômica da cidade hoje seja essa, seja o comércio, então ela precisa ter esse cuidado sim, mas isso não foi construído pra ser pátio de feira. Ainda bem que nós tivemos uma notícia que no final do ano uma área aqui próxima, até pela própria questão da logística... o sentido, você tem aqui os polos comerciais nesse sentido [Caruaru/Toritama da BR 104, o autódromo está localizado no sentido Toritama/Caruaru da rodovia], então era até mais inteligente construir do lado de lá, e foi feito. Ainda bem que essa batalha a gente conseguiu, batemos forte em cima disso aí pra que fosse dessa forma e conseguimos essa vitória, ganhamos uma batalha mas não ganhamos a guerra, a gente vai ganhar a guerra quando conseguir efetivamente botar na cabeça desses políticos que isso aqui precisa ser reformado, pra que a gente traga outras categorias pra cá. Cleyton Pinteiro – presidente da CBA. NdG: Presidente, qual a sua opinião sobre esse evento da Fórmula Truck aqui em Caruaru, qual a importância dele pra Pernambuco e pro nosso automobilismo? C.P.: Não só pra o automobilismo, mas para o turismo de Pernambuco, esse é o maior evento de Caruaru fora o São João, é isso que eu as vezes chamo a atenção das autoridades locais, que eles tem um evento maravilhoso e que não cuidam tanto do autódromo. Esse autódromo tinha que ter uma melhor condição pra além da Truck receber outros eventos. Você é testemunha ocular, quem num domingo desse, de sol, que deixa de tar na praia, tá sentado numa arquibancada, um público fantástico. NdG: Sai de Recife pra cá... C.P.: Sai de Recife pra cá, vai gastar aqui em Caruaru, e toda essa estrutura que tá aqui em Caruaru a mais de cinco dias, então é maravilhoso esse evento, acho que a cidade de Caruaru que tão bem recebe como bons nordestinos, mas o poder público deveria dar mais força pra que essa categoria nunca saísse daqui. NdG: O que a CBA vem fazendo pra tentar viabilizar a reforma desse autódromo, junto ao poder público? C.P.: É... eu até não me cansei, que eu não vou me cansar nunca, de bater nas portas dele [poder público] e cobrar. Temos que melhorar o autódromo de Caruaru, isso virou um verdadeiro mantra, sempre, tou direto falando. Hoje mesmo quando o prefeito chegar eu vou cobrar. NdG: Atualmente no Nordeste a gente está com a possibilidade de ter mais dois autódromos, um na Paraíba, que as obras voltaram lá, e mais um na Bahia, o que é que o senhor pensa sobre isso? C.P.: Bom, eu como esportista, como ex-piloto, cada vez que alguém fala que vai fazer um autódromo, um kartódromo me deixa muito feliz. O da Bahia eu sou testemunha, eu assinei como testemunha a doação do terreno e o da Paraíba, pra surpresa já tá bastante adiantada. É muito bom pra região, a gente não pode ficar dependendo só de Caruaru, ou de Fortaleza, que é muito pequeno. NdG: A CBA ainda vê alguma possibilidade de Fortaleza voltar ao calendário da Truck? C.P.: Não, naquela condição não. É uma questão de segurança, é uma categoria muito veloz, com carros de cinco toneladas, então eu não permito que façam corridas de Truck na circunstância atual, se melhorarem a segurança, com certeza. Zeca Monteiro – ex-presidente da FPA e atual 3º vice-presidente da CBA. NdG: Qual a opinião do senhor sobre essa etapa da Truck, pro nosso automobilismo? Z.M.: Realmente é a única prova que a gente tem a nível nacional aqui em Caruaru e é uma categoria que movimenta muitos milhões de benefício pra cidade, a nível de restaurante, de hotéis, de toda uma estrutura e até de pessoal, mão de obra que é contratada da terra para poder fazer o evento. Então para Caruaru e para Pernambuco esse evento é um evento fantástico. NdG: O que a CBA está fazendo pra tentar melhorar as condições daqui do autódromo? Z.M.: Olha, a CBA junto com a Federação Pernambucana de Automobilismo, junto conosco, fizemos um projeto, o governo do Estado fez uma licitação para fazer um projeto da reforma do autódromo, até para a gente trazer outras categorias e esse projeto tá em Brasília pra ser aprovado pra fazer a reforma do autódromo. Prefeitura a administração do autódromo – vamos chegar lá... Pouco antes do início da corrida entrevistamos a presidente da Fundação de Cultura da Prefeitura de Caruaru, Lúcia Lima, que esteve presente na pista e entregou o troféu de melhor equipe para a Muffatão Racing, por ter sido eleita pelos jornalistas presentes a equipe com os boxes mais organizados. Também ouvimos com o administrador do autódromo, Pedro Manoel. Eles falaram sobre a importância do evento para a cidade e das perspectivas para a obtenção de verbas que viabilizem a reforma do circuito: Lúcia Lima – Fundação de Cultura, Prefeitura de Caruaru. NdG: Lúcia, como é que você vê a etapa da Fórmula Truck aqui em Caruaru, qual a importância dela? L.L.: Um evento que já tá consolidado aqui em Caruaru, é de grande importância no universo esportista e para o turismo da nossa região, um evento que movimenta aí uma grande quantidade de pessoas, de visitantes e que movimenta todo o comércio formal e informal. NdG: A gente aqui conversou com praticamente todos os pilotos e o pessoal das equipes e houve uma reclamação por parte do estado do autódromo, o que é que a Prefeitura está fazendo para melhorar as condições do autódromo? L.L.: A Prefeitura, o município sempre teve assim... o maior respeito pelo evento, a gente sabe que a gente passa por momento muito difíceis economicamente, não é só premissa de Caruaru, isso é uma situação que vem acontecendo no país inteiro, no estado, no Brasil e em Caruaru não é diferente, agora diferentemente de outros lugares, Caruaru continua superando as dificuldades e com apoio do município, realizando esses eventos, porque vê que é importante para o seguimento, a gente não pode perder esses eventos grandes, algumas dificuldades são reais, a gente sabe, mas a superação tá sendo muito grande pra gente conseguir viabilizar. NdG: Há um projeto já da reforma do autódromo, em que pé esse projeto anda na prefeitura? L.L.: Olha, é um projeto que não encontra-se dentro da Fundação de Cultura, eu não tenho nesse momento, sei que já foi entregue ao prefeito do município, eu acredito que esteja na posse do secretário de infraestrutura ou de serviços públicos e que certamente com o olhar que o prefeito tem de seriedade por esse evento, o prefeito tem toda responsabilidade, todo cuidado, todo carinho pra que isso aconteça, mas você sabe que existem grandes outras prioridades também e que precisa a administração de um município como Caruaru, requer diversas outras prioridades também. E vai chegar, o momento do autódromo do autódromo de Caruaru é chegado acredito nesses próximos meses alguma coisa pode acontecer nesses sentido, quem pode falar melhor a respeito desse tema, é o nosso Pedro Manoel, que é o diretor do autódromo, ele tem assim... prioridade e propriedade pra tratar desse assunto não é Pedro? Pedro Manoel – administrador do autódromo. NdG: Pedro, você que administra já há um bom tempo aqui o autódromo, qual a sua opinião sobre a importância da etapa da Truck aqui pra Caruaru? P.M.: Olhe, primeiro eu quero mandar um abraço pros meus amigos do Nobres do Grid, são meus amigos de muito tempo. NdG: O Flavio [Pinheiro, um dos editores do site] fala muito bem de você! P.M.: Ele teve comigo aqui, eu tive o prazer de recebê-lo aqui, a honra não foi pra ele, a honra foi pra nós, eu mando um abraço pra ele! Mande um abraço pra ele em meu nome, em nome da prefeitura de Caruaru. E respondendo a sua pergunta, como Lúcia bem disse, a importância da Fórmula Truck pra nós é tão grande quanto a importância da Truck pra , é a importância de Caruaru pra Truck, eu acho que isso é uma via de duas mãos, é indo e voltando. Nós reconhecemos que a Truck é importante pra Caruaru, mas a Truck reconhece a importância que Caruaru tem pra Truck, porque fora São Paulo, que tem 12 milhões de habitantes só na capital, Caruaru faz o segundo maior evento da Fórmula Truck. Em público, em organização, em logística, em tudo. Então Caruaru por ser o local mais afastado da nação, do Brasil, do Nordeste [dentre as etapas da temporada]. É o único autódromo internacional no Nordeste e faz o segundo maior evento da Truck, então a importância ela é mútua, é indo e voltando. Nós vamos sim, trabalhar com a reforma, nós temos um projeto executivo pronto, feito pelo Governo do Estado. O ex-governador querido Eduardo Campos, que Deus o tenha e nós não desistimos ainda. O prefeito “Zé” Queiroz, o deputado federal Wolney Queiroz estão lutando a nível nacional pra que se faça a reforma. Porque a nível nacional? Como Lúcia bem falou, Caruaru é uma cidade de 350 mil habitantes, tá entre as 100 melhores cidades do Brasil pra se morar, mas tem outras prioridades. E o Governo Federal, do jeito que ajudou Campo Grande, do jeito que ajudou Goiânia, do jeito que ajudou Guaporé, Cascavel, ajudou São Paulo! Eu acho que ele tem por obrigação ajudar Caruaru. L.L.: É verdade. P.M.: Se você olhar, o Brasil tem 13 autódromos, se eu for eliminar com você os que não servem, nós vamos chegar a 9. Tanto é que a Truck esse ano vai repetir autódromo, nunca aconteceu isso, vai repetir esse ano [Interlagos receberia duas etapas da Fórmula Truck esse ano mas a segunda etapa foi cancelada]. Então vamos olhar pro que existe, nós estamos nesse meio tá certo? Nós estamos numa região que mais cresce no Brasil, é o Nordeste, no estado que mais cresce no Nordeste que é Pernambuco. Nós vamos chegar lá de alguma forma, agora todo mundo tem que ajudar, todo mundo tem que remar pra um lado só. Vocês do Nobres do Grid, pedindo, pedindo. Nós não queremos esmola, nós queremos ajuda, mas não é pra Caruaru não, Caruaru não precisa. É pro autódromo, é pro automobilismo, é em prol de uma causa, de uma razão, nós vamos chegar lá, pode apostar com isso.
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