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EXTRA: SOS Autódromo. Adm de Pinhais PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Friday, 19 June 2015 12:54

Tamanha foi a repercussão do Especial “Frente a Frente com Jauneval de Oms”, empresário e apaixonado por automobilismo, responsável pelo Autódromo Internacional de Curitiba (leia aqui), que o Projeto Nobres do Grid decidiu assumir mais um compromisso com o automobilismo brasileiro.

 

 

Estamos dando início a uma série de matérias, ouvindo personalidades do esporte, responsáveis pela gestão pública e empresários da região metropolitana da grande Curitiba para buscar alternativas ao prenunciado encerramento das atividades do autódromo localizado em Pinhais.

 

Procuramos o Gabinete do Prefeito da Cidade de Pinhais, Luiz Goularte Alves, para conversar sobre como a gestão municipal vem tratando o assunto da iminente perda da maior praça de esportes da cidade. Bem recebidos que fomos, o assunto foi direcionado para o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Sr. José Zeitel, um proeminente empresário da cidade que há 7 anos ocupa a secretaria e foi a pessoa quem acompanhou todo o processo até onde chegou a situação atual do autódromo.

 

Antes de ir até o gabinete do secretário na cidade de Pinhais, procuramos a Secretaria de Urbanismo para nos inteirar do Plano Diretor da cidade e colher os detalhes e possíveis restrições a uma ocupação da região do autódromo, que é especificada no plano e tem parâmetros bem definidos. O mesmo é vigente até 2020, salvo alterações que podem ser votadas e o mesmo ser alterado via câmara de vereadores.

 

Dividimos a imagem do plano em três partes para melhor visualização do leitor e, abaixo, a descrição do que nele é especificado.

 


 

(1) Toda e qualquer área construída será considerada para cálculo do coeficiente de aproveitamento com exceção de:

a. Área dos pavimentos situados em subsolo, destinados a estacionamento, desde que seja adotado a nível do projeto de microdrenagem, medidas de controle na fonte que garantam a vazão original de saída;

b. Até 100% (cem por cento) da área destinada à garagem/estacionamento de veículos situadas no nível térreo e 1º pavimento, desde que sejam adotadas, e demonstradas em projeto, medidas de controle de drenagem, que garantam a vazão original de saída;

c. Ático com área igual ou inferior a 1/3 (um terço) do piso do último pavimento. No ático serão permitidos:

 i. Todos os compartimentos necessários a instalação de casa de máquinas;

ii. Caixa d'água.

d. A superfície ocupada por escada enclausurada, a prova de fumaça, elevador e os demais compartimentos necessários, para atender os dispositivos de segurança, previstos nas normas técnicas da ABNT, em todos os pavimentos.

(2) Em lotes em vias com previsão de alargamento, o recuo frontal deverá ser contado a partir das diretrizes de arruamento definidas na Lei do Sistema Viário.

(3) Edificações com até 12,00m (doze metros) de altura máxima e com no máximo 3 (três) pavimentos inseridos nesta altura:

a. Sem aberturas – não há necessidade de afastamento;

b. Com aberturas – atender o mínimo estabelecido.

Observações:

a. O afastamento entre edificações em um mesmo terreno deverá ser correspondente à H/3, com o mínimo de 3,00m (três metros);

b. Nesta zona deverá ser mantido e aprimorado o tratamento acústico.

 

Na semana passada, estivemos no gabinete do Sr. José Zeitel e segue a transcrição do nosso diálogo.

NdG: Sr. Secretário, há alguns anos o Autódromo da cidade de Pinhais tem sido alvo de muitas especulações, de boatos sobre a venda da área, sobre sua desativação e nós fizemos há algumas semanas uma entrevista exclusiva com o Sr. Jauneval de Oms sobre o assunto, entrevista esta que o Sr. Teve conhecimento do conteúdo. Como este é o sétimo ano de gestão do prefeito Luiz Goularte Alves, todo este processo tem sido vivido pela administração municipal. Como os senhores tem lidado com isto?

 

José Zeitel: É com muita preocupação que temos acompanhado o desenrolar dos acontecimentos, mas por se tratar de um empreendimento privado, não há muito o que a prefeitura possa fazer para interferir neste processo. É lógico que há o interesse da cidade em que o autódromo continue a funcionar uma vez que ele é um instrumento de mídia para a cidade, apesar de o nome dizer: Autódromo Internacional de Curitiba, fazendo com que eles se beneficiem bem mais do que nós quando há um evento e o estado do Paraná de uma forma geral.

 

Nós acompanhamos todos os passos deste processo desde que nos estabelecemos como gestores do município e sempre tivemos um canal estreito de comunicação com o proprietário do autódromo e procuramos integrar o autódromo à nossa realidade, inclusive chegando a conversar com o proprietário para que o nome fosse mudado para Autódromo Internacional de Pinhais, além de outras demandas para colocar a cidade como parceira do autódromo.

 

NdG: O senhor falou que a administração municipal tem acompanhado e conversado com o proprietário do autódromo. Em torno do que tem acontecido estas conversas?

 

Para nós, o pior dos mundos é o fechamento do autódromo e, infelizmente, não podemos fazer nada.

 

José Zeitel: Na verdade nós fomos procurados por eles. Temos uma relação muito boa com o Jauneval e todos da administração do autódromo. Foi por ele, assim como vocês, que soubemos desta possibilidade de venda. Apesar de tudo, temos pleiteado junto a Inepar, mesmo sem poder impedir uma ação comercial por parte deles, uma vez que é um bem privado, que o destino seja algo que esteja em sintonia com o que nós imaginamos como cidade. Caso o processo evolua neste sentido se desenrole e aconteça a venda, que isso não cause um caos na nossa cidade. Tanto pela perda e o pior dos mundos para nós seria o fechamento do autódromo e a nossa grande preocupação veio quando a Inepar entrou em recuperação judicial e estamos falando de uma área de 560 mil metros quadrados que vem sendo usada e bem usada no município e que de um dia para o outro possa vir a tornar-se um imóvel abandonado e trazer uma série de problemas para o município. Não apenas a falta de arrecadação, a perda de postos de trabalho, empregos diretos e indiretos, mas também, por exemplo, com a possibilidade de uma invasão caso uma área como aquela ficasse abandonada. Nós estamos acompanhando, sem poder fazer grandes ações por ser um bem privado, mas orientando nos questionamentos do que poderia ser feito no local. É neste sentido que estamos atuando, pensando no que poderá ser melhor para a nossa sociedade caso eles venham a desativar e vender o autódromo.

 

NdG: Nós pesquisamos as diretrizes do município de Pinhais e encontramos o Plano Diretor da cidade, que vai de 2010 a 2020 e nele vimos que aquela área é denominada de “Zona do Autódromo”. O plano atual diz que que não se pode construir edificações com mais de 3 pavimentos ou 12 metros de altura. Além disso, que o “coeficiente de aproveitamento” naquela área é de 0,5. Que a taxa de ocupação é de 30%. Qual é a diferença entre estas referências?

 

José Zeitel: Não é muito simples explicar tecnicamente, mas vou tentar deixar claro. A taxa de ocupação refere-se a um loteamento que não tenha sido previsto. Vamos dizer que, em caso da venda do autódromo, esta seria o quanto um loteamento poderia ocupar. Aquela região foi denominada Zona do Autódromo para beneficiar o autódromo e uma série de vantagens foram concedidas para aquela área. Por exemplo, se fôssemos cobrar os impostos normais de outras áreas sobre o tamanho da área do autódromo, este custo se elevaria a valores muito altos, dificultando a viabilidade do autódromo.

 

Quando fizemos o Plano Diretor, buscamos privilegiar e incentivar a permanência do autódromo, não onerando-o, mas também não facilitando a uma possível especulação imobiliária naquele espaço. Por exemplo, se o plano permitisse a construção em 50% da área, possivelmente o autódromo já teria sido vendido. Assim buscamos equilibrar, não cobrando um IPTU referente à área que poderia ser considerada como subutilizada e desonerando a operação do autódromo e por outro lado, tentando não estimular a especulação, uma sobrevalorização da área.

 

No caso de uma venda, haverá uma alteração deste Plano Diretor e já estamos na época de começar os estudos para alterar reavaliar este plano, que não é algo que se decide de uma hora para outra. Então, em caso de uma alteração do perfil da área, precisaremos fazer novos estudos para a alteração do Plano Diretor. Contudo, para que fique bom para o município, isso não pode ser alterado muito, mas será alterado. Nós vamos ter que trabalhar em conjunto com a câmara e a sociedade para chegarmos a uma medida de bom senso.

 

O que seria esta medida de bom senso. O que no nosso entender não pode acontecer em termos de planejamento urbano da nossa cidade: um adensamento violento! O que nós temos hoje de realidade para o Plano Diretor, considerando uma realização de venda, é uma alteração, mas que não venha a seguir o que vemos em muitas outras áreas da cidade. Caso contrário, teremos um adensamento urbano próximo de uma área de rios, córregos e com determinadas barreiras ambientais, mais impostas por uma legislação estadual do que municipal.

 

Nós temos um plano diretor para seguir e em caso de consumada a venda do autódromo, teremos que mudá-lo.

 

Construções em áreas próximas a cursos d’água tem que obedecer distâncias para eles. São as normas estaduais da COMEC e do Comitê de Bacias Hidrográficas na Região Metropolitana que determinam o que pode ser feito ou não, que mudanças podem ser feitas ou não nos Planos Diretores destas áreas.

 

NdG: Outra coisa que nos chamou atenção é que não se pode construir edificações com mais de 3 pavimentos ou 12 metros de altura. Na entrevista com o o Sr. Jauneval ele falou de forma muito clara com relação às necessidades do Grupo Inepar e em um dado momento ele falou: “vamos ter que vender”. Sendo bem práticos: a transformação daquela área em um projeto de ocupação urbana não renderia mais para a prefeitura do que o autódromo em termos de arrecadação?

 

José Zeitel: É muito improvável que a implantação de um projeto imobiliário não venha dar um retorno financeiro maior para a prefeitura. Em termos de receita, um projeto bem planejado tem tudo para conseguir isso, mas nós acreditamos em outros valores. Por exemplo, por mais que vejamos o número, o valor do recurso arrecadado pelo IPTU, que seria o maior de todos entre os prováveis, mesmo ainda considerando que na implantação do projeto haja unidades comerciais, caso contrário, a população do novo bairro vai se deslocar para outro lugar para comprar o que precisa.

 

A nossa grande perda caso seja consumada a perda do autódromo não é financeira, mas é na chamada “mídia indireta”. Quando vem um evento para o autódromo, a cidade sofre com alguns problemas na sua ordem, mas é um “problema bom”. 20 mil pessoas chegam na cidade, vindo de outros estados, de outras cidades para assisti-lo. É uma coisa boa ter um pico de consumo, mas é uma coisa pontual. O circo chega, fica 5 dias e vai embora.

 

Quando a mídia trabalha da forma correta, prestigiando Pinhais, é muito bom. Apesar de que, Curitiba lucra bem mais com isso por ter uma rede hoteleira maior, uma rede de restaurantes maior, quem tem mais shopping centers e ainda tem o nome no autódromo. Mas Pinhais também se beneficia. Caso o autódromo seja desativado, Curitiba é quem mais vai perder. Nós temos apenas dois hotéis na cidade. Há alguns em construção, mas os que existem ficam cheios. Proporcionalmente Curitiba ganha muito mais e perderá muito mais.

 

Uma das coisas que nós procuramos trabalhar nesta administração foi a associação da cidade de Pinhais com a velocidade. “Pinhais, a cidade da velocidade!” Além do autódromo, o Raceland, o kartódromo que faz parte do complexo do autódromo é um dos melhores do país, assim como o autódromo, que só fica atrás de Interlagos. Além disso, nós estamos trazendo para Pinhais o velódromo para treinamento e competições de velocidade com bicicletas... era uma associação que seria um ponto positivo para a cidade, que tem um perfil muito comercial e industrial. O deseje era unir o dinamismo empresarial que temos com a velocidade. Nós conseguimos explorar muito bem esta mídia indireta Pinhais vem crescendo “a ritmo chinês”! Participamos diretamente no patrocínio de alguns eventos do autódromo, como o WTCC e quando trouxemos o Rally Internacional para cá. Isso nos deu um retorno muito bom e nossa intenção sempre foi ter esta parceria e aprofundar isso. O autódromo está aí há décadas e perdê-lo será perder parte da nossa história. O prefeito é um apaixonado por automobilismo e ele também não gostaria de perder o autódromo.

 

NdG: Haveria interesse ou possibilidade de se buscar uma aquisição por parte de um ou mais órgãos governamentais e se manter o autódromo?

 

José Zeitel: Este assunto foi alguma vez levantado em reunião? Falar até podemos falar, mas precisamos ser realistas. Estamos falando de um investimento que seria da ordem de 150 milhões reais e isso é metade do orçamento anual do município. Por mais que o prefeito e todos nós quiséssemos ter o autódromo ativo, para nós não seria possível. Nosso anseio seria que houvesse algum movimento por parte do governo estadual, que o governador do estado, é sabido, também é um aficcionado do automobilismo e amigo pessoal do Jauneval de Oms. Gostaríamos que o governo estadual pudesse tomar uma ação neste sentido e mantivesse o autódromo, até mesmo transferindo a gestão para o município, mas a situação do estado hoje não parece permitir um investimento como este também...

 

NdG: Curitiba como a maior beneficiária da existência do autódromo não manifestou-se sobre o assunto através da sua administração? Não seria possível uma “ação conjunta” dos dois municípios mais o estado para “dividir esta conta” e tentar fazer uma negociação com os donos do autódromo?

 

José Zeitel: Nisso nós temos um impedimento. No setor privado existem diversas formas possíveis de se fazer associações e se chegar a bons termos para todas as partes. Basta ter vontade, boa vontade de todos, daí se vai lá e faz. No setor público a questão é mais complexa. Além de burocracia que isso envolveria, a questão política que isso envolveria uma vez que são três grupos políticos diferentes, mas ainda assim não seria o maior obstáculo. Este seria a condição financeira do estado, que certamente entraria com a maior parte e tem a questão de como gerir o autódromo que é algo que precisa ter uma pessoa que saiba fazer para que ele funcione, seja auto-sustentável e ainda gere receita. A solução da gestão poderia vir através de uma concessão para um grupo privado interessado gerir o autódromo e que este grupo entenda do “metiê”.

 

Seria impossível para o município comprar o autódromo. Estamos falando de 150 milhões e é metade do nosso orçamento.

 

O impedimento legal se dá pelo fado de que o município de Curitiba não pode aportar uma verba em outro município, que seria o caso por o autódromo estar em Pinhais. Isso geraria um problema na área de responsabilidade fiscal. O governo do estado poderia. Contudo, em função de tudo que anda acontecendo não apenas na gestão pública, mas na economia privada do país não vejo como isso acontecer e, em parte, isso pode até protelar o fechamento do autódromo por conta da crise de crédito e escassez de recursos no mercado, além da desaceleração da valorização imobiliária.

 

NdG: 150 milhões de reais é um valor muito alto para se comprar um autódromo como o AIC. Mas para fazer um circuito hoje em dia é possível fazê-lo, com um projeto enxuto e sem estruturas como boxes fixos, camarotes e arquibancadas por algo em torno de 30 milhões. Tendo Pinhais este interesse em ser “a cidade da velocidade”, haveria uma chance de se usar outra área no município para a implantação de um novo autódromo?

 

José Zeitel: Nós temos um sério problema de espaço. Pinhais é o menor município do Paraná, com pouco mais de 60 Km2. É quase um “8x8”. Como você pode ver aqui no mapa da cidade, um terço dela é bastante adensado (Área 1), e o autódromo é adjacente a este adensamento. Um terço é mediamente adensado e o Plano Diretor não permite que se faça um adensamento como há nesta primeira área que mostrei e o outro terço tem grandes restrições ambientais para se implementar qualquer coisa. Nesta área menos adensada (Área 2), onde temos condomínios como o “Alphaville”, os terrenos são privados, tem três donos e desapropriar uma área para implantar um autódromo custaria algo não muito distante do que custa o autódromo hoje em valor comercial. Nesta área onde há as restrições ambientais (Área 3), no passado, chegamos a pensar em fazer uma pista de MotoCross. Fizemos uma consulta e as dificuldades junto ao meio ambiente foram enormes. O Instituto Ambiental do Paraná é quem controla isso. O Instituto Ambiental do Paraná é quem controla isso.

 

Podemos dividir o município em três áreas. É praticamente um "8x8". É o menor município do estado do Paraná.

 

Nos pensamos até no que temos em volta. Chegamos a entrar em contato com a prefeitura de uma cidade vizinham Piraquara, mas apesar de haver espaço, Piraquara é considerada uma grande área de mananciais e junto com Pinhais somos responsáveis por 60% do abastecimento de água de Curitiba. Além das restrições ambientais, eles esbarram no problema dos recursos. E aí voltamos a questão de depender do estado.

 

Para que vocês tenham uma ideia, nós temos o projeto que está em andamento de um museu do automobilismo aqui em Pinhais. Nós temos uma boa relação com o Reginaldo Leme e queremos mesmo fazer com que a cidade tenha sua imagem associada à velocidade. Eu, como torcedor, como alguém que também gosta de automobilismo, gostaria que o autódromo não saísse de onde está, mas como homem público que eu “estou”, porque sou empresário, não sou político, e eu considero o autódromo um polo de atração. Por exemplo, quem vem para o autódromo pela Av. Ayrton Senna chega num ponto, próximo a estação tubo do corredor de ônibus que tinha uma pracinha e foi feita uma construção nela. O objetivo era implantar uma feira de artesanato... a FEARTE. Criar um espaço e os artistas poderem fazer coisas vinculadas ao autódromo. Eu idealizei isso em 2009, quando entrei aqui na secretaria. Daí a gente pensou em transformar em museu do automobilismo. Falamos com os pilotos antigos, com o Augusto Farfus, íamos reunir carenagens, macacões, painéis... mas que sentido vai ter se o autódromo sair dali?

 

NdG: Por mais que esta administração tenha esta “vocação para a velocidade”, no ano que vem teremos eleições. Quais as perspectivas de continuidade no processo de gestão e como os demais políticos veem a questão do autódromo?

 

José Zeitel: O sentimento que eu tenho demonstrado aqui é o nosso, da nossa administração. Lamentamos pelo todo que envolve a questão, lamentamos pelos donos do autódromo, que como nós são apaixonados por automobilismo.

 

O nosso prefeito tem mantido uma avaliação acima de 90% de aprovação ao longo de todo o mandato e isso nos credencia a conseguir fazer a sucessão e a vontade política do grupo que hoje trabalha pela gestão de Pinhais é o desejo de que o autódromo continue ativo. Inclusive um empresário da cidade disse que estaria disposto a entrar numa cota se conseguíssemos reunir um grupo de empresários na cidade para comprar e manter o autódromo. Ele falou em cotas de 1 milhão de reais... e onde iríamos arranjar mais de cem empresários dispostos a investir este dinheiro. Veja como é a paixão. Ele faz eventos de Track Day no autódromo. É um apaixonado.

 

NdG: O Sr. Falou sobre um projeto com a vizinha Piraquara. Pinhais tem limite com São José dos Pinhais? Com o parque automotivo de lá, uma parceria poderia ser interessante como a que foi pensada com Piraquara...

 

Nós tentamos associar o nome da nossa cidade com a velocidade. "Pinhais, a cidade da velocidade". Não queremos perder o AIC.

 

José Zeitel: Temos um limite comum, sim. Quem sabe seja um caminho. Eu gostaria de deixar claro que só estou tratando deste assunto com vocês do Nobres do Grid por conta da entrevista dada pelo Jauneval. Eu jamais tomaria a iniciativa de tratar deste assunto sem o conversar com ele ou de ele ter falado alguma coisa como falou com vocês. Eu tenho um respeito e uma amizade muito grande com ele e entendo – e respeito – os motivos dele.

 

Eu vejo o autódromo como um polo de atração turística. Curitiba e região guarda algumas semelhanças com São Paulo e o turismo de São Paulo é por conta de congressos, eventos, a Fórmula 1 e nós temos como explorar este caminho e o autódromo seria um instrumento para isso. O turismo é uma “indústria limpa” e o turista gasta quando viaja. Por isso penso que o governo do estado deveria ver questões como esta com um outro olhar. O fechamento do autódromo, em realmente se consumando, será uma perda para o estado inteiro, não apenas para Pinhais.

 

Continuem conectados conosco. Este é apenas o início de um novo desafio!


Last Updated ( Friday, 19 June 2015 16:06 )