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A eletrônica dos aceleradores. PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Friday, 10 April 2015 02:11

Olá amigos do site dos Nobres do Grid,

 

Vamos dar continuidade neste mês ao nosso trabalho para a preparação de um carro de autorama para competições. Nos artigos anteriores, nós focamos no trabalho da parte mecânica, que assim como os carros de corrida dos dias de hoje, carregam uma enorme quantidade de recursos tecnológicos e eletrônicos.

 

Neste mês, é hora de fazer nosso carro ter o máximo de retorno com os recursos que a eletrônica nos permitir. Os carros de corrida em “tamanho real” que vemos nas competições, quando chegam nos boxes durante os treinos, um dos primeiros membros da equipe a chegar nele é um membro da equipe com um laptop e um cabo que ele “pluga” no carro para coletar as informações. No autorama não fazemos isso, mas temos nossos caminhos para fazer o carro acelerar e andar da melhor forma possível.

 

Acelerador, qual comprar? 

Nós aconselhamos a você iniciante que compre o seu acelerador de acordo com o carro que possui e que pretende comprar no futuro. 
Siga a tabela fornecida pela Hi-Speed que é o maior fabricante de aceleradores 100% nacionais.

 

 

Os valores acima são indicados para a maioria das pistas que utilizam um padrão de voltagem ideal em torno dos 13,8 volts, podem-se utilizar resistências até 10% mais fortes para pistas que tenham alimentação ruim, muito baixa, por volta de 12,0 volts. 
Lembramos que a utilização de resistências duplas ou externas só aumentam a durabilidade.

 

Resistência Eletrônica. 

A Resistência Eletrônica serve para todas as categorias ou motores, já que funcionam de forma diferente das resistências comuns, a Resistência Eletrônica funciona diminuindo a voltagem que vai para o motor em uma escala constante, por isso, funciona independentemente do motor que o seu carro possui, funcionando perfeitamente em todas as categorias e motores.

 

 

As capacidades da amperagem dos diodos utilizados na resistência não interferem em nada na variação de voltagem, como é explicado acima, mas o indicado é que tenham 8 ampères como a resistência importada, pois se for mais fraca que isto, ela queima muito facilmente, exija Resistência Eletrônica de diodo de 8 ampères, garantia de uma maior durabilidade. 


Os Aceleradores. 

No início, eram utilizadas resistências de níquel-cromo. 
O acelerador tradicional de autorama consiste basicamente de uma resistência que, através do gatilho, controla a velocidade do carrinho. A desvantagem deste tipo de acelerador é o seu valor de resistência ser fixo, podendo ser ideal para algumas categorias e péssimo para outras.


Com o intuito de resolver este problema, a resistência foi removida da parte de cima do acelerador e colocada abaixo do mesmo. Foi criado então o acelerador com resistência externa. A ligação do acelerador com esta resistência é feita através do Pad e fios. Quando determinado valor de resistência não está bom, os fios são retirados de sua posição original e soldados em outras posições até que se tenha um valor ideal para uma determinada categoria. 

 

Este é um antigo acelerador da Estrela, a fabricante de brinquedos que "popularizou" o autorama nos anos 70.


O problema apresentado por este tipo de acelerador é justamente a falta de praticidade na hora de mudar os valores da resistência. Durante uma corrida isto é impossível.

 

A Eletrônica a Serviço do Autorama.

Mais tarde a eletrônica começou a ser embarcada nos aceleradores. 
Foi criada a "resistência eletrônica", que são pontes de diodos no lugar da resistência.

 

O diodo, por sua característica intrínseca, apresenta uma queda de tensão de aproximadamente 0,7 Volts, cada um. Esta "resistência eletrônica" é dotada de uma chave de três posições, que corresponde a apenas três valores diferentes de resistência. Valores intermediários não são possíveis.

 

Este acelerador obteve uma boa aceitação inicial e logo mostrou suas limitações. O funcionamento da chave de três posições consiste em colocar em curto alguns diodos, fazendo com que o funcionamento do acelerador deixe de ser linear, o que atrapalha a condução do carrinho na pista. Em categorias mais fortes como G27 e G7, é comum a queima dos diodos. 

Os Aceleradores Transistorizados.

O acelerador transistorizado foi o único que resolveu todos os problemas anteriores. 
Para se determinar um valor de "resistência", é utilizado um potenciômetro, que é prático fácil de usar e pode-se alterar o valor de "resistência" até mesmo durante uma corrida. Uma característica deste acelerador é que em todos os valores de "resistência" selecionados seu comportamento é linear, facilitando a condução dos carrinhos na pista.

 

Acelerador eletrônico digital.

 

Características principais: 
1) Indicado para todas as categorias: Parma, G0, G12, G20, G27 e Força Livre (G7);
2) Variação do valor da "resistência";
3) Varibrake 
(reostato), para controlar o freio;
4) Relê 
instalado, conferindo uma melhora na final do carrinho;
5) Botão que permite arrancar em pistas muito "glubadas" sem o carrinho "levantar";
6) Dupla Polaridade, podendo ser alterada através de um conector;
7) Linearidade e precisão.

 

O varibrake e o relê.

O varibrake, utilizado em aceleradores preparados, é um reostato (potenciômetro de potência). Sua finalidade é controlar o freio do carrinho. Muitas vezes um determinado carrinho possui muito freio e através do varibrake podemos reduzir o freio, ganhando tempo nas curvas, pois não será necessário frear tudo. Desta forma o carrinho entra na curva de maneira suave.

 

Relê instalado, confere uma melhora na final do carrinho, pois quando aceleramos tudo, a corrente não irá circular por toda a extensão dos fios do acelerador. O relê fecha um "curto", fazendo que a corrente passe diretamente para o carrinho. Desta forma, eliminamos a perda referente à resistência dos fios do acelerador.

 

Polaridade da Pista.
Existem dois tipos de polaridade:

1) O positivo da bateria é ligado diretamente nos trilhos da pista, que é o padrão adotado na maioria das pistas do Brasil.

2) O negativo da bateria é ligado diretamente nos trilhos da pista.  Este tipo ocorre em poucas pistas.

No acelerador transistorizado isto é resolvido através da inversão de um conector situado próximo ao dissipador.

 

Não me responsabilizo por danos causados por ligações erradas ou interpretação incorreta do esquema.

 

A função do relê no acelerador é permitir a passagem máxima de corrente para o motor. Desta forma é eliminada qualquer possibilidade de mau contato no acelerador ou queda de tensão devido ao comprimento dos cabos utilizados. É notada uma melhora na velocidade final do carro.

 

 

O relê utilizado é facilmente encontrado em lojas de autopeças. Chama-se relê auxiliar de 4 terminais. Outra característica é a tensão e corrente máxima de trabalho: 12 volts e 40 ampères. Existem várias marcas de relê, atualmente estou utilizando um da SIEMENS. Faça as ligações de maneira cuidadosa.

 

Pinagem do relê:

Próximo aos pinos do relê devem existir números de identificação dos mesmos. 
Os pinos 30 e 87 correspondem aos contatos NA (normalmente abertos) do relê, onde serão ligados os fios branco e preto. Os pinos 86 e 85 correspondem aos terminais da bobina do relê, onde serão ligados o fio vermelho e o fio para acionamento o relê. 
Procure dobrar os terminais do relê de tal forma que os fios do acelerador fiquem retos.

 

Varibrake:

Utilize um fusível pequeno de no máximo 2,5 ampères em série com o varibrake para protegê-lo.

 

Acelerador com Varibrake, freio e potencializador.

 

Na dúvida, procure seu lojista, ele certamente estará preparado para dirimir suas dúvidas na execução deste serviço.

 

Diagrama de um acelerador.

 

Observação:  O padrão americano de ligações do acelerador é diferente do padrão adotado no Brasil. Ao comprar um acelerador Parma, por exemplo, é necessário inverter os plugues branco e preto. Caso contrário o acelerador irá queimar.

 

Abraços,

 

Jorge Ramos

 


Last Updated ( Friday, 10 April 2015 04:33 )