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A retrospectiva nacional e as previsões de 'Pai Alex'. PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 28 December 2014 22:27

Olá leitores!

 

Semana passada eu fiz uma senhora retrospectiva internacional... e deixei de lado o que aconteceu no Brasil. Vamos já corrigir esse esquecimento!

 

A mais equilibrada categoria nacional, a Fórmula Truck, teve um ano de mudança de regulamento (as equipes tiveram que se virar para arrancar potência dos motores e não emitir excesso de fumaça mesmo sem o uso do catalisador) e quem se aproveitou melhor foi a VW-MAN, que foi absoluta na primeira metade da temporada e fez com todos os méritos o campeão da temporada, Leandro Totti, o vice-campeão, Felipe Giaffone, além de faturar com antecipação o título de construtores. Mas a categoria é tão fantástica que mesmo com esse domínio claro de uma marca a temporada não foi chata. Corridas como sempre muito disputadas (mesmo que em alguns casos do 3º lugar para trás...), e o público que encheu os autódromos não ficou decepcionado, com certeza.

 

O Brasileiro de Marcas, cópia brasileira da TC2000 argentina (inclusive com a mesma característica estranha de regulamento, como motor e suspensão traseira padronizada entre os carros), teve como campeão pela 3ª vez seguida o Ricardo Maurício, correndo pela Honda, que fez 10 pontos a mais que seu companheiro de equipe. Essa é uma categoria que teria tudo para ser muito legal, ter um grande apelo de público (afinal, os carros que correm são os que o espectador ou o vizinho dele possuem), mas ainda está devendo em termos de público. Vamos ver se em 2015, com a entrada da Renault como 5ª marca na categoria, a coisa “esquenta” um pouco mais.

 

A F-3 Brasil investiu no formato de corridas duplas, com uma etapa sendo realizada no sábado e outra no domingo, como forma de ter um calendário um pouco mais extenso sem aumentar muito os custos, sempre críticos na categoria (lembremos que em 2014 até a F-3 inglesa esteve com dificuldades econômicas e não terá a temporada 2015). O campeão na categoria “A” foi o filho do nosso tricampeão Piquet, o Pedro Piquet, com o Lukas Moraes como vice. Na categoria “Light” o título ficou com Vitor Baptista, com Matheus Leist como vice. Vamos torcer para essa molecada conseguir bons lugares para correr lá fora e manter o nome do Brasil nas pistas europeias e norte americanas...

 

Para fechar a retrospectiva nacional, vamos citar a Stock Car, que propiciou ao brasileiro algo que ele não via há mais de 20 anos, 23 para ser mais exato: um título de Rubens Barrichello. Sim, existe uma geração de fãs que nunca viu Rubinho campeão. E esse ano essas pessoas tiveram essa oportunidade de o ver fazendo aquilo que ele sabe fazer de melhor, acelerar. Ele se adaptou bem à categoria, e seu rendimento cresceu sensivelmente depois que ele venceu a Corrida do Milhão. A temporada, graças ao formato de rodadas duplas adotado em boa parte das etapas sem a possibilidade de reabastecimento dos carros entre a primeira e a segunda corrida forçou as equipes a serem criativas na hora de decidir as estratégias de corrida, e pessoalmente acho que deu uma competitividade maior ao campeonato. Eu gostei.

 

Agora vamos ao momento mais esperado do ano: as previsões para o ano seguinte. Telefonei no meio do mês para marcar hora com o Pai Alex para saber o que ele poderia ver em seus búzios e em suas cartas de tarô, baralho e Super Trunfo (eu estranhei, mas ele disse que é melhor para fazer previsão sobre carros, não discutí) a respeito do automobilismo em 2015. Ele marcou a visita para a tarde do dia de Natal, e apesar de estranhar a data, lá fui eu. Cheguei lá, ele (como de praxe) cobrou antecipadamente o pagamento etílico de sempre e reclamou que dessa vez não levei vinho europeu, só argentino e chileno. Informei que a cotação do Euro tinha aumentado muito, que estava difícil conseguir aquelas marcas de predileção dele, ele resmungou mais um pouco (acho que ouvi algo do tipo “mão de vaca”, mas não tenho certeza) e sentou-se à mesa, tirando os restos o almoço de Natal e se preparando para as previsões, que aí vão:

 

Fórmula 1: Assim que perguntei, Pai Alex disse que, já que a FIA não quer liberar o descongelamento dos motores, vai ser outro ano de domínio da Mercedes. Depois jogou 3 vezes seguidas os búzios e consultou todos os baralhos, eu já estava ficando mais curioso ainda para saber o que era esse mistério todo quando ele falou que a Ferrari vai ter que primeiro vencer a si mesma para depois vencer qualquer outro adversário. Que o problema da equipe não vai estar na pista nem nos pilotos, mas a briga política dentro da equipe vai atrapalhar o desempenho dos carros, mas que eles devem ser melhores que os desse ano, já que segundo ele “pior só se contratarem o projetista da Marussia”. Disse isso e entornou metade da garrafa. Depois jogou novamente os búzios e disse que a Red Bull vai ter dificuldades durante o ano por excesso de juventude da dupla de pilotos. Na Williams novamente o Bottas vai começar o ano chutando o Massa, que de novo só vai se recuperar nas corridas finais, depois que o Bottas tiver vencido duas corridas. Terminando de virar a garrafa de vinho, disse que o Alonso vai se esforçar para ser um bom menino e só vai começar a arrumar encrenca dentro da McLaren lá pelo meio da temporada, vai fazer um grande esforço para não brigar com ninguém no começo.

 

Indy: Após consultar os baralhos (todos), Pai Alex disse que a briga vai ser dura entre Penske, Ganassi e Andretti, que ele não conseguiu ver um favoritismo claro para nenhuma delas. Também disse que a corrida em Brasília vai ser elogiada pelo traçado e criticada por todo o resto, vão até sentir saudades do improviso do Anhembi. E que o Helinho vai bater na trave de novo na busca pelo 4º anel de vencedor de Indianapolis.

 

WEC: Curto e grosso, disse textualmente: “As argolinhas vão se dar bem nas 24 e perder todo o resto para os Fuscas e os táxis”. Palavras dele... pedi mais explicações, quem seria o campeão, mas ele preferiu brigar com o abridor de garrafas a me responder.

 

DTM: Segundo Pai Alex, nem precisa de muito esforço, o campeão vai ser um dos pilotos da Audi, “afinal já que eles perderam o domínio na longa duração tem que vencer em algum outro lugar”. Perguntei do Farfus e ele previu outro ano difícil para nosso representante no campeonato, “mas deve subir uma ou duas vezes no pódio”. Então tá...

 

NASCAR: Após se servir de uma dose dupla de uísque (grafado assim mesmo, não confio na procedência daquela garrafa que ele pegou...) e jogar os búzios, afirmou que a torcida vai ficar dividida até a última corrida, com a disputa do título entre Kyle Busch, Jeff Gordon e Dale Jr. E que para a alegria do “Bible Belt”, será a vez do Dale Jr receber o troféu e o banho de isotônico (até tremeu ao pronunciar a palavra isotônico, não faz parte do rol de bebidas dele) no final.

 

F-Truck: Como esse ano foi domínio da VW, Pai Alex acha que vão “segurar” a marca no regulamento e o campeão deve ser ou Beto Monteiro (Iveco) ou Wellington Cirino (Mercedes). O questionei, já que era praticamente a mesma previsão do ano passado, ao que ele bateu a mão na mesa e respondeu “E você quer que eu diga que o campeonato vai para a Débora ou para o caminhão do Corinthians?”. Depois dessa, até mudei de assunto...

 

Stock Car: se servindo de mais uma dose de destilado (lembrando que já tinha bebido uma garrafa de vinho antes, essa mistura não costuma dar certo...) ele disse que errou a previsão de 2014, mas ficou contente com o resultado do campeonato. Jogou os búzios (a essa altura, metade caiu para fora da mesa) e disse que o Rubinho vai disputar novamente o título, mas vai perder para o Lico Kaesemodel, pois ele tem sobrenome alemão, e que a Corrida do Milhão “vai ficar com o Bueno bão, que é o Popó”. Depois dessa, resolvi voltar para casa...

 

Enfim, é isso: desejo a todos um ótimo 2015 a todos, entrando na reta a toda velocidade, “montando” na zebra da saída da curva, para aproveitamento ao máximo do ano que virá.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini