Olá leitores!

O ano vai chegando ao final, e as temporadas de diversas categorias também. Algumas já tinham os campeões definidos, outras decidiram nesse fim de semana, e assim como a molecada está se aproximando das provas finais nas escolas os pilotos estão em seus momentos de decisão.

Tivemos a última etapa da temporada do WTCC no fantástico e perigoso Circuito da Guia, em Macau. A pista possui 2 partes distintas: a “parte baixa” do circuito é recente, larga e muito veloz – não por acaso, é onde a maior parte dos acidentes graves acontecem. Aí você vem acelerando com o pé no porão, numa pista com mais de 10 metros de largura, e precisa fazer uma forte freada para uma curva de 90 graus à direita, que se tiver 6 metros de largura é muito otimismo... não é à toa que toda relargada é uma emoção e um prenúncio de outra bandeira amarela. Na “parte alta” da pista, curvas sobre curvas, e um dos mais desafiadores hairpins do automobilismo, o Melco Hairpin. Sabe a curva da antiga estação em Mônaco, que hoje tem o nome do hotel da vez que fica em frente à mesma? Pois é, é aberta. É uma curva onde geralmente os pilotos são obrigados a ir lá fora na tangência para entrar individualmente na estreitíssima descida após o grampo... a não ser que seu nome seja Sébastian Loeb, e nos treinos você resolva entrar na curva mais por dentro e a contornar utilizando o golpe de freio de mão para a traseira derrapar, como ele usou tantas e tantas vezes no WRC. Gênio, simplesmente um gênio. A primeira corrida foi vencida pelo campeão da temporada, “Pechito” López, com Michelisz em segundo e Tarquini em 3º. A segunda corrida (cuja ordem de largada é a chegada da primeira corrida com grid invertido para os pilotos que pontuaram na 1ª) foi vencida por Robert Huff, com seu Lada (sim, Lada, aquela marca mesmo, da Rússia) seguido por Yvan Müller e López em 3º.

Outra categoria que teve seu final esse fim de semana foi o WRC, com o tradicional Rali da Grã-Bretanha, no País de Gales. Essa prova marcou a despedida do WRC do finlandês Mikko Hirvonen, 34 anos, que quer se dedicar à família (eu acho que é a decepção de não conseguir uma vaga para pilotar um carro de equipe oficial, mas enfim, a explicação oficial é essa). Não foi mal, em sua despedida terminou em segundo lugar, 37 segundos atrás do líder. A vitória, como de costume esse ano, ficou com o Sébastien Ogier, campeão antecipado com seu VW Polo. Em 3º chegou o Mads Ostberg, de Citroën DS3. Vocês devem estar se perguntando do companheiro do Ogier, o Latvala... pois é, ele tinha chances de pressionar o vencedor, mas teve mais um de seus acidentes e perdeu muito tempo, terminando o rali apenas em 8º lugar, a mais de 2 minutos e meio do Ogier. Kubica? Terminou sem acidentes, mas apenas em 11º lugar, fora da zona de pontuação.

No sábado tivemos corrida da Stock Car nas ruas de Salvador. Corridas de rua são muito legais, permitem ao público ver mais de perto os carros... só que os carros da Stock são grandes, e dificilmente será possível fazer uma pista de rua com a largura de um autódromo. O resultado é aquela procissão entremeada por bandeiras amarelas causadas por pilotos que tentaram fazer manobra de ultrapassagem Pessoalmente não gosto desse tipo de carro em circuito de rua, mas enfim... na primeira corrida a vitória ficou com Allam Khodair (Full Time Chevrolet), seguido por Felipe Fraga (Vogel Chevrolet) e por Átila Abreu (AMG Chevrolet), A segunda corrida teve o pódio formado por Sérgio Jimenez (Voxx Peugeot) em 1º, Raphael Matos (Hot Car Chevrolet) em 2º e Luciano Burti (Vogel Chevrolet). Curiosidade: em ambas as corridas Barrichello terminou na 4ª posição, e abriu 14,5 pontos de vantagem na liderança do campeonato. A próxima prova já é a decisão do campeonato, dia 30/11, em Curitiba, com pontuação dobrada. Com 6 pilotos tendo chances matemáticas de título, a prova promete ser emocionante.

Tivemos a decisão do título do WEC (Mundial de Endurance), com a dupla Anthony Davidson e Sébastién Buemi levando o caneco para a Toyota na 6 Horas do Bahrein, mesmo terminando em 11º lugar, 18 voltas atrás dos líderes, o trio Wurz, Sarrazin e Conway (também de Toyota híbrido). Um ex-F-1, outro ex-WRC e o terceiro ex-Indycar. Um trio eclético, digamos assim. O pódio foi completo com a dupla de carros da Porsche: em 2º o trio Dumas, Jani e Lieb e em 3º Bernhard, Jani e Lieb). Os poderosos Audi terminaram em 4º e 5º, respectivamente 1 e 2 voltas atrás dos líderes. A próxima etapa será em 30/11, em Interlagos, 6 Horas de São Paulo. Vale a pena conferir...

Para terminar, foi decidido o título da NASCAR, e o troféu ficou com Kevin Harvick, que pilotou uma barbaridade e venceu a corrida em Homestead. Com o novo formato de Chase, 4 pilotos (Harvick, Logano, Hamlin e Newman) chegaram à última corrida com chances de ser campeão, mas o piloto da Stewart-Hass Racing foi soberano, passou Hamlin com menos de 10 voltas para o final e mereceu o seu primeiro título na categoria principal da NASCAR. Parabéns!! Completando os 5 primeiros tivemos Newman em segundo, Keselowski em 3º, Menard em 4º e McMurray em 5º.

Até a próxima!

Alexandre Bianchini