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Uma overdose de velocidade! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 14 September 2014 22:58

Olá leitores!

 

Fim de semana cheio de opções, não deu para reclamar “eu queria ver corrida, mas não tinha nada”. De estreias a recordes, as opções foram das mais variadas.

 

Começamos com uma visão do futuro: a estreia oficial da FIA Fórmula E, a categoria de carros elétricos. O que posso dizer é que foi... diferente. Sou um cidadão antiquado, da época em que carro de corrida tinha que ter ronco, e se possível bonito. O zumbido feito pelos carros elétricos da categoria ficou meio indefinido para mim, não sei se parecia furadeira ou batedeira de bolo. Nem ligando os dois em casa para comparar consegui me decidir. Enfim, o sistema de pit-stop da categoria é bem interessante, com os pilotos trocando de carro ao invés de reabastecer (no caso, trocar a bateria), e a proposta de fazer todas as etapas em circuitos de rua é muito válida, desde que a pista seja bem feita. Essa pista de Xangai eu achei simplesmente pavorosa, nem alguns prefeitos brasileiros conseguiriam fazer algo tão mal feito. Enfim, vamos esperar.

 

A vitória caiu no colo do Di Grassi depois que os companheiros de equipe Rebellion no WEC Nicolas Prost e Nick Heidfeld se envolveram num feio acidente antes da última curva. Por sinal, ainda não o entendi: o francês olha 3 vezes para o espelho da direita e quando o Nick parte para a ultrapassagem ele joga o carro a uns 30 graus para a esquerda, numa fechada de porta que nem no kart se faz. Enfim, para a próxima corrida já tomou 10 posições no grid de punição para pensar na bobagem que fez. O pódio foi completo com o Franck Montagny e o Sam Bird. Os outros brasileiros não tiveram a sorte que o Di Grassi teve: Nelsinho Piquet batalhou no pelotão intermediário a corrida toda e acabou em 9º lugar, e Bruno Senna quebrou a suspensão após a segunda curva da corrida.

 

E o campeonato do DTM já tem um campeão: é o Marco Wittmann, da BMW, de apenas 24 anos de idade. Título conquistado com 2 etapas de antecedência, em uma temporada que o campeão venceu 4 corridas, incluindo a prova inaugural. Creio ser um título merecido, por tudo o que ele e a equipe fizeram. Nessa etapa, bastou um 6º lugar para ele levar o troféu para casa. Ele contou também com a “ajuda” de dois dos outros pilotos que disputavam uma chance de título, Jamie Green (que foi punido após um acidente que ele provocou e acabou abandonando antes do final) e Mattias Ekström (que abandonou após um pit-stop feito às pressas). A vitória ficou com Wehrlein (Mercedes), seguido por Vietoris (Mercedes) e Timo Scheider (Audi). O brasileiro Augusto Farfus terminou em 7º, logo atrás do campeão.

 

Tivemos também a corrida da MotoGP em Misano. Misano (atual Circuito Marco Simoncelli) é uma pista cheia de curvas fechadas, que historicamente favorece a Yamaha, marca que sempre foi mais conhecida pela excelente maneabilidade do que pela pujante potência do motor (essa já é uma característica historicamente da Honda). E a pole já ficou com a marca do diapasão, feita pelo Lorenzo pela primeira vez nessa temporada. Com uma Ducati largando em segundo (Iannone) seguida pela outra Yamaha de fábrica com Rossi em 3º, era a primeira vez na temporada que não tinha Honda na primeira fila.

 

O jovem furacão Marc Márquez largou “apenas” em 4º. Ele bem que tentou: partiu para cima dos 3 primeiros com muita sede, duelou com Rossi mas o italiano conseguiu se manter à sua frente. Rossi passou Lorenzo, assumiu a ponta, e não muito depois Márquez também passou Lorenzo e continuou sua busca por Valentino. Até que na 8ª volta o improvável aconteceu: o “mago da mega inclinação”, aquele que é conhecido por inclinar mais sua moto que qualquer outro piloto, inclinou em uma das curvas de baixa... e caiu. Quase um tombo bobo, tão baixa a velocidade da curva para os padrões da categoria, mas o suficiente para fazer o motor “apagar” e para o jovem espanhol ter muita dificuldade para fazer o mesmo religar. Com o auxílio de 4 fiscais empurrando a moto, ela finalmente pegou novamente e ele voltou à corrida em 20º lugar. Vendo a coisa sob esse ângulo, o 15º posto conquistado por Márquez não foi ruim.

 

Daí foi só o Valentino Rossi administrar a liderança para o Lorenzo, que tentou chegar, mas não conseguiu. 107ª vitória do Valentino no Mundial de Motovelocidade, sendo a 81ª na categoria principal. Mais de 5 mil pontos marcados no Mundial. Ele pode estar velho comparado aos jovens astros, mas ainda não perdeu sua majestade. Não dá para alguém que já foi 9 vezes campeão mundial esquecer como se pilota... para completar o clima de festa, a Yamaha estava comemorando os 50 anos do primeiro título mundial conquistado por uma moto da marca. Completaram o pódio e receberam também seus troféus com o traçado do circuito e o nº 58 (do Marco Simoncelli) gravados o Lorenzo (2º lugar) e o Pedrosa em 3º.

 

A Stock Car foi correr no curto e acanhado Velopark, no RS. Primeira prova teve vitória do Galid Osman (RCM Chevrolet) seguido pelo Cacá Bueno (Red Bull Chevrolet) e pelo Daniel Serra (Red Bull Chevrolet). Na segunda corrida a vitória ficou com Ricardo Maurício (RC Chevrolet) seguido por Átila Abreu (AMG Chevrolet) e Allam Khodair (Full Time Chevrolet). Eu poderia escrever mais, mas categoria que faz largada em fila indiana “por motivos de segurança” eu dispenso. Não quer correr riscos vá jogar xadrez.

 

Tivemos também a etapa argentina da F-Truck, no belo circuito de Córdoba. Na etapa de nº 200 da categoria, a vitória ficou (mais uma vez...) com o grande bicho papão da temporada e virtual campeão (convenhamos, ele só perde esse título se uma hecatombe acontecer) Leandro Totti (VW), o Schumacher nos tempos da Ferrari da categoria. Em uma prova com 10 abandonos, entre quebras e acidentes, o pódio da Truck se completou com Felipe Giaffone (MAN) em 2º, Geraldo Piquet (Mercedes) em 3º, André Marques (VW) em 4º e Danilo Dirani (Scania) em 5º.

 

Por último, mas não menos importante, tivemos a primeira prova do Chase, o “play-off” da NASCAR, no oval de 1,5 milha de Chicagoland, com vitória do Brad Keselowski mesmo com um erro primário no primeiro pit-stop, quando a equipe Penske o liberou mesmo sem todas as porcas da roda estarem apertadas (lembremos, são 5 porcas por roda, que nem no Opalão ou no Mavecão do tio ou do avô), requerendo a volta dele para completar o serviço. O “momento meigo” da prova ficou por parte do casal de namorados Danica Patrick e Ricky Stenhouse Jr., que bateram um no outro. O amor é lindo... Haja vista o nível de ambos, tenho medo de ver esse casal se casar e procriar. Os Top-5 ficou completo com Jeff Gordon em 2º, Kyle Larson em 3º, Joey Logano em 4º e Kevin Harvick em 5º.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini 

 

Last Updated ( Sunday, 14 September 2014 23:00 )