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Acabou a copa, mas a velocidade continua PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 13 July 2014 22:46

Olá leitores!

 

Enquanto a Selecinha do Bigode pagava mico, os fãs do esporte à motor não tiveram motivos para reclamar. OK, podemos reclamar, alguns resultados não foram o que esperávamos, mas enfim, nada tão calamitoso quanto no futebol.

 

A grande “injustiça” aconteceu no sábado, na corrida da Indy em Iowa: Tony Kanaan fez uma corrida excelente, ficou mais da metade da prova na liderança, mas a estratégia da equipe (e lembremos que esse ano ele está na poderosa Ganassi) fez com que ele tivesse pneus mais desgastados no final e não conseguisse oferecer resistência ao Ryan Hunter-Ray nem ao Josef Newgarden, com pneus novos. Um 3º lugar com gosto amargo, efetivamente. Seria a primeira vitória do brasileiro desde que venceu as 500 Milhas de Indianápolis ano passado e a primeira da Ganassi este ano. É, time grande da Indy também passa por períodos difíceis... o Hélio Castroneves andou um bocado de tempo no pelotão da frente, mas conforme a corrida foi entrando noite adentro e as condições de aderência mudando, ele começou a perder ritmo e terminou e 8º lugar. Não foi a posição ideal, mas ao menos ele assumiu a liderança do campeonato, com 9 pontos à frente do seu companheiro de equipe Penske Will Power.

 

A manhã do domingo teve mais uma apresentação de gala do Marc Márquez no autódromo de Sachsenring. Uma pista peculiar: a sua primeira metade é bem travada, praticamente emendando uma curva de baixa na outra. A outra metade da pista é velocíssima, com uma reta em descida de fazer o piloto pensar duas vezes na aproximação da curva que existe ao final da ladeira. Para motos, perfeito. Para carros de turismo sem grandes apêndices aerodinâmicos, acredito que não seja dos mais complicados. Para carros de fórmula ou para carros estilo DTM, com diversos aerofólios, deve ser um pesadelo: se você acerta o carro para a parte rápida, se atrapalha todo no miolo de baixa; se acerta para a parte travada, vai ser o mais lento no trecho rápido... e durma com um barulho desses. Mas vamos ao que interessa: a largada foi sensacional, pois como choveu antes da corrida a maior parte dos pilotos alinhou com pneus de chuva, apenas alguns – que tinham menos a perder que os pilotos que estão bem colocados na tabela de classificação – arriscaram já alinhar com pneus slick... só que na volta de apresentação todos que estavam com pneus de chuva perceberam que a pista tinha secado rapidamente, e entraram nos boxes para pegar a moto com pneus lisos. Resultado: houve a largada “normal” e houve uma largada muito mais interessante (já que a saída dos boxes é estreita) partindo dos boxes. 4 motos lado a lado naquela faixa estreita deve ser uma das grandes cenas da temporada. O mais legal da corrida é que o Márquez dessa vez não esteve isolado na frente, o Pedrosa tentou um bocado de vezes o ultrapassar, fazendo talvez a melhor corrida dele essa temporada e terminando em 2º lugar. Fechando o pódio veio o Pedrosa, que voltou a andar mais rápido que o Valentino Rossi. Na Moto3 a boa notícia é que finalmente o Eric Granado conseguiu chegar na zona de pontos, terminando a corrida em 14º lugar. Foram apenas 2 pontos, mas já é melhor que não pontuar. O fim de semana dele foi tão bom que ele se classificou para largar em 8º.

 

No mesmo horário da MotoGP tivemos a prova de DTM na Rússia. Ao contrário de Sachsenring, não tenho elogios a tecer ao traçado moscovita. Devem ter desenhado aquilo após algumas garrafas de vodca, é a única explicação para não fazer uma única reta de tamanho decente para que se possa pegar o vácuo do carro adiante e ultrapassar. Eu achava Hungaroring o fim da picada, agora descobri que o fim da picada está mais para o leste. Enfim, a vitória ficou com o pole position, bem “Hungaroring style”, o estreante (6ª corrida) na categoria Maxime Martin, de BMW. Completaram o pódio Bruno Spengler (BMW) e Mattias Ekström (Audi). Mesmo com um bom ritmo de corrida, o brasileiro Augusto Farfus chegou apenas em 10º, já que o safety-car estragou a estratégia que a equipe montou para ele. Eu acho que pegou a doença do Massa, espero que consiga se curar antes que fique crônico.

 

Para completar, tivemos no simpático oval de Loudon (New Hampshire) mais uma etapa da NASCAR, e pela 3ª vez no ano a vitória ficou com Brad Keselowski. Sim, aquele mesmo que já foi alcunhado de “Keseloser”, quando pilotava mais com o acelerador que com a cabeça, mas que aprendeu que nessa categoria é necessário usar os miolos e quando aprendeu, foi campeão. Essa vitória garantiu-lhe a liderança do campeonato (ultrapassando Jimmie Johnson) e uma vaga no Chase. Em 2º chegou Kyle Busch e em 3º Kyle Larson. A próxima etapa é em Indianápolis, autódromo que garante grandes emoções com monopostos mas que não gera corridas de NASCAR interessantes. Tomara que eu queime a língua e a corrida seja ótima.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini