 Olá leitores!
Após dois finais de semana consecutivos com Fórmula 1, nesse não tivemos corrida da categoria rainha. Em compensação, o fã de esporte a motor teve atividade para todos os gostos. Todos mesmo. Vamos lá: na noite de sábado tivemos a NASCAR no manhoso oval de Darlington. Manhoso pois se você não vier “lambendo” o muro, o tempo no cronômetro não desce. É a pista que mais trabalho dá para os rapazes da funilaria das equipes, pois é de praxe usar o muro para estabilizar a traseira do carro. E após 7 etapas com 7 vencedores diferentes, eis que na 8ª o Kevin Harvick foi o primeiro a vencer duas vezes na temporada, e de maneira categórica: fez a pole, perdeu a liderança nas primeiras voltas, mas após pouco mais de 50 voltas (das mais de 350 previstas) retomou a liderança e não mais a perdeu até o final. Como costuma acontecer com o sistema de pontuação da NASCAR, o líder é o Jeff Gordon, que ainda não venceu. Tivemos provas da Renault 3.5 World Series em Monza no sábado e no domingo, com direito no sábado a uma capotagem espetacular na reta principal, onde o dinamarquês Marco Sorensen percorreu um razoável trecho da pista de ponta cabeça... e saiu andando. Há uns anos atrás, se não falecesse teria sido levado para o hospital bem machucado. O brasileiro Pietro Fantin terminou em 12º no sábado e em 8º no domingo. Seja o vencedor do sábado (o inglês Will Stevens) seja o do domingo (o espanhol Sainz Jr., filho do “El Matador” Carlos Sainz, um dos maiores nomes do rali mundial, com 24 vitórias na categoria, e que pelo jeito foi esperto e não quis correr na categoria em que o pai foi mestre, para evitar comparação dos números dele com os do pai) tomaram a liderança no começo e lá ficaram. Na Stock Car tivemos rodada dupla em Santa Cruz do Sul (RS), uma primeira etapa com corrida de 40 minutos mais 1 volta e a segunda com 20 minutos mais 1 volta. Na primeira, usando de uma estratégia com um reabastecimento mais curto (e sacrificando, portanto, o desempenho da 2ª etapa) venceu Valdeno Brito, com Cacá Bueno e Galid Osman completando os 3 primeiros. Na segunda etapa deu Pizzonia, que venceu de maneira emocionante, fazendo a ultrapassagem da vitória na última curva. Daniel Serra e Sérgio Jimenez fecharam o pódio. Tivemos a prova de abertura do WTCC (Mundial de carros de turismo) nas ruas de Marrakesh, no Marrocos. A equipe Citroën provou que não veio para brincadeiras tampouco fazer figuração, já que o argentino José Maria López venceu a primeira etapa e o Sébastian Loeb (sim, ele, o piloto nove vezes campeão do WRC) venceu a segunda. A segunda etapa foi marcada por um verdadeiro strike logo na largada, quando o piloto local Bennani jogou o Tom Coronel no muro do lado esquerdo da pista e, após o contato com o muro, o carro cruzou a pista desgovernado para bater do lado direito. Em Curitiba tivemos corrida da F-Truck, vencida por Leandro Totti com menos de 1 décimo de segundo de vantagem para Wellington Cirino, a menor dos 18 anos de história da categoria. Completaram o pódio Felipe Giaffone, Geraldo Piquet e Diogo Pachenki. Infelizmente essa prova deve entrar para a memória dos pilotos e do público como um dos últimos espetáculos proporcionados pela pista, já que há fortes indícios que o terreno do autódromo deve virar condomínio residencial ou shopping center, o que der mais possibilidades de lucro. Espero que a notícia não se confirme. Como disse na coluna anterior, fico muito feliz quando queimo a língua e sou o primeiro a admitir que errei. Enfim, triste, muito triste. Odeio escrever sobre essa parte político-econômica do automobilismo, odeio mesmo, mas infelizmente de vez em quando não dá para ficar apenas no que acontece sobre o asfalto. Enfim, espero poder comemorar a reinauguração do autódromo de Goiânia, que está sendo totalmente reformado após sofrer ameaça semelhante. Em Praia Grande, digo, Long Beach, tivemos etapa da Indy, com vitória do Mike Conway num misto de estratégia eficiente, pé direito pesado e sorte da estratégia escolhida pela poderosa Ganassi para o Scott Dixon ter dado errado e ele ter parado para reabastecer a 2 voltas do final. Fechando o pódio tivemos Will Power em 2º e Carlos Muñoz em 3º. Helinho foi apenas 11º e Tony não terminou a prova, ficando com a 18ª posição. Participação lamentável do outrora grande piloto Sebastian Bourdais, que estava se sentindo extremamente atraído pelas barreiras de pneus e com uma grande dificuldade para regular o balanço dianteiro/traseiro dos seus freios de dentro do carro. Quem se lembra das velhas atuações dele e assistiu essa corrida deve ter pensado se tratar de outro piloto. Foi o último dos que completaram a prova, 3 voltas atrás. E para a turma das 2 rodas tivemos Mundial de Motovelocidade em Austin, Texas, no Circuit of the Americas. Na categoria principal, vitória tranquila do Marc Márquez à frente do Pedrosa (dobradinha HRC) com Doviziozo (de Ducati) fechando o pódio e um dia para se esquecer da equipe Yamaha, com a perda de rendimento do Rossi (brigava pelo 3º lugar e terminou em 8º) e a queimada de largada do Lorenzo (alguém lembra a última vez que o Lorenzo fez um erro de iniciante desses?), que terminou em 10º. O jovem brasileiro Eric Granado, na Moto 3, terminou em 18º lugar. Ufa! Quanta coisa! Até a próxima! Alexandre Bianchini |
