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E o ano começou! PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 19 January 2014 17:18

Olá leitores!

 

O mês de janeiro nem terminou, e já temos os primeiros resultados do ano. O automobilismo para, mas não é por muito tempo, para não dar síndrome de abstinência no apaixonado pelo esporte.

 

Terminou no Chile o rali Dakar, desta vez com a vitória da dupla Nani Roma/Michel Perin (Mini) após um grande duelo nas últimas especiais com o mega campeão Stéphane Peterhansel, 6 vezes campeão com motos (todas pela Yamaha) e 5 vezes campeão com carros (3 pela Mitsubishi e 2 pela Mini). A título de curiosidade, a vitória de Roma veio 10 anos após sua vitória na categoria de motocicletas pela KTM. Por sinal, houve um domínio da equipe Mini que beirou a categoria “massacre”: 4 carros entre os 5 primeiros, o intruso sendo o Toyota do sul africano Giniel de Villiers. Além de Roma e Peterhansel, o pódio ficou completo com o Al-Attiyah, também com Mini. Entre as motos a vitória ficou com Marc Coma (KTM), entre os quadriciclos o vencedor foi o chileno Casale (Yamaha), fazendo a festa com a sua torcida nos quilômetros finais da última etapa, e entre os caminhões com o Karginov, com o caminhão russo Kamaz. Kamaz, por sinal, que fez 1º, 3º, 4º e 5º lugares, o “intruso” sendo o Iveco do holandês De Rooy. Não tivemos nenhum brasileiro terminando o rali, seja entre os carros ou entre as motos. Fica para uma próxima vez.

 

Terminou também uma das mais tradicionais competições do mundo, o Rali de Monte Carlo, disputado nas sinuosas estradinhas dos Alpes franceses. A vitória foi do campeão da temporada do ano passado, Sébastian Ogier (VW Polo WRC), após superar a chuva e a neve que castigaram pilotos, navegadores e o público na edição 2014. Imaginem a situação: você tem que acelerar forte um carro de 300 cv, tração nas 4 rodas, em estradinhas que não são muita coisa mais largas que o carro, que quando não estão molhadas da chuva estão cobertas de neve – ou pior, do “gelo negro”, aquele gelo fino que se confunde com a cor do asfalto e você não percebe que ele está lá no piso. É, a tarefa de ser piloto do WRC me parece razoavelmente mais complicada que a tarefa de ser piloto de F-1... e é por isso que insisto que os melhores pilotos da atualidade não se encontram na F-1, mas sim no rali. Enfim, essa é uma discussão que dá MUITO pano para manga, e não vou entrar nela. Seu companheiro Latvala (que os maldosos chamam de “lá na vala”, haja vista a frequência com que ele se envolve em acidentes ou saídas de pista) terminou em 5º lugar, com o Ford de Bouffier em 2º e o Citroën de Kris Mekke em 3º. Nosso estimado Robert Kubica? Bom, adaptando o slogan do personagem Groo, o Errante, do inesquecível cartunista Sergio Aragonés, Kubica fez o que Kubica sabe fazer melhor. No primeiro dia terminou em uma respeitável 3ª posição. No segundo dia da competição, acelerando forte, ele perdeu o controle em uma curva molhada, saiu da pista, bateu na muretinha da entrada de uma pequena ponte, caiu em uma vala profunda e teve de abandonar a prova. O básico dele. Tenho a desconfiança que ele ainda não entendeu que nos ralis as condições de aderência do piso mudam. Acho que enquanto ele não morrer ou ficar definitivamente incapacitado em um acidente ele vai continuar tentando.

 

Por fim, mas não menos importante, tivemos esse final de semana a primeira etapa do Campeonato Paulista de Velocidade no Asfalto, com os heroicos (eu odeio a nova ortografia, que tirou o acento dessa palavra...) pilotos das categorias regionais que gastam seu tempo e seu dinheiro para correr para arquibancadas completamente vazias, já que mesmo o campeonato fazendo parte da relação oficial de eventos da cidade de São Paulo mais uma vez a divulgação de que existiria corrida no final de semana no autódromo foi inexistente. Ao menos nas duas principais vias que utilizo para ir de minha casa para a pista (as avenidas marginais dos rios Tietê e Pinheiros), não vi uma única faixa a respeito, não li anuncio em jornal algum, tampouco nas emissoras de rádio que ouço diariamente. Realmente é difícil viver em um país monoesportivo. E apesar de correrem para os fantasmas nas arquibancadas, os grids de algumas categorias estavam com um bom número de carros. O bom dos campeonatos regionais é que tem corrida para todos os gostos: tem os carros de turismo novos e seminovos (Marcas e Pilotos), tem os antigos (Classic Cup, Históricos V8 e Clássicos de Competição), fórmulas com aerofólios (F-3 Brazil Open), fórmulas sem aerofólios (F-Vee e F-1600, a segunda sendo uma dissidência da primeira) e a folclórica categoria Força Livre, onde entram os carros que não se enquadram em nenhuma das categorias anteriores, misturando carros de temporadas passadas da Stock Car com protótipos em uma única, colorida e barulhenta largada.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

 

 

Last Updated ( Sunday, 19 January 2014 21:54 )