 Olá amigos leitores,
As corridas em Laguna Seca sempre são emocionantes e esta troca no calendário para fazer a corrida ainda em junho, fugindo do calor escaldante do alto verão como costumavam ser as etapas e com um asfalto melhor, tinha tudo pra dar certo e foi uma corrida sensacional. Da pole position, o piloto espanhol da Chip Ganassi Racing, Alex Palou fez uma largada forte, mas Kyle Kirkwood da Andretti Global o superou e o ultrapassou por fora na Curva 2 para assumir a liderança e a linha interna para a Curva 3. Atrás de Palou, Felix Rosenqvist manteve o terceiro lugar para a Meyer Shank Racing, perseguido pela Arrow McLaren de Alexander Rossi, que havia passado rapidamente pelo Andretti Global de Colton Herta por fora na Curva 3. O grande perdedor na volta de abertura foi Will Power, que ficou pendurado na parte externa empoeirada na Curva 3, caiu na terra e rodou, caindo para a 25ª posição. Em contraste, Scott Dixon da Ganassi saltou do 10º para o 7° lugar atrás da Rahal Letterman Lanigan de Christian Lundgaard, e à frente de Scott McLaughlin, apesar do Penske #3 ser o carro melhor colocado correndo com pneus macios. No início da segunda volta, Marcus Armstrong ultrapassou Romain Grosjean na curva 2 para reivindicar o nono lugar e imediatamente se aproximou de McLaughlin. 
Na sexta volta, Rinus VeeKay rodou atrás de seu companheiro de equipe da Ed Carpenter Racing, Christian Rasmussen, e caiu várias posições. Nesse estágio, Palou ainda estava perseguindo Kirkwood com força, 0,8s atrás dele, e se afastando de Rosenqvist, Rossi, Herta e Lundgaard. Na volta 13, Palou estava enchendo os espelhos de Kirkwood e Rosenqvist estava a um segundo deles. Em relação aos pit stops, Marcus Ericsson foi o primeiro a parar, trocando de pneus duros para macios no final da volta 17. Power parou no final da volta 18, fazendo o mesmo movimento. Pato O'Ward, que estava em 12º, trocou os pneus duros por macios novos. McLaughlin trocou suas vermelhas por vermelhas mais usadas. Na volta 22, Kirkwood estava agarrado à liderança com unhas e dentes, mas seus tempos de volta caíram para 1m11.0778s, enquanto Rossi estava no pitlane para trocar as primárias por alternativas, um movimento que Rosenqvist imitou na próxima vez. Kirkwood, Herta e Lundgaard fizeram o pit na volta seguinte, mas suas voltas mais lentas com pneus desgastados significaram que foram derrotados por Rossi. A volta extra de Palou na pista foi o suficiente para ele ultrapassar Kirkwood, mas não Rossi. Surpreendentemente, o bicampeão havia assumido outro set de pneus duros e Kirkwood e Herta não perderam tempo em ultrapassá-lo. Mais atrás, o McLaughlin investiu por dentro de Lundgaard na curva 9, e o carro da RLL saiu para o cascalho, coletando uma placa de propaganda que se dobrou em torno de sua asa dianteira direita. Rosenqvist foi outro que perdeu tempo no cascalho, subindo a colina até o Saca-rolhas, caindo para nono. Josef Newgarden perdeu tempo quando recebeu uma penalidade de drive-through por uma saída insegura dos boxes. No entanto, embora tenha caído para 24º, sua perda de tempo foi reduzida por Luca Ghiotto manobrando sua Dale Coyne Racing Honda e trazendo a primeira bandeira amarela da corrida. 
Newgarden saltou para 11º quando vários pilotos optaram por usar a entrada do safety car para fazer sua segunda parada, incluindo Rossi, Kirkwood e Herta. Dixon ricocheteou em um obstáculo na entrada do pit e atingiu a parede do pit com sua frente direita. McLaughlin tocou na traseira esquerda do carro Ganassi. Palou ficou fora dos pits com seus pneus duros e assumiu uma nova estratégia. Pato O'Ward, com pneus macios, subiu para segundo, mas foi ultrapassado por fora na curva 2 na relargada da volta 39 por Grosjean, com pneus duros novos. David Malukas agora era o quarto em sua primeira corrida do ano para Meyer Shank, seguido por Armstrong e Ferrucci. No meio do pelotão, a equipe de Herta o ultrapassou à frente de Rossi e Kirkwood. A corrida voltou a ficar sob bandeira amarela por duas voltas quando Nolan Siegel rodou. Foi uma intervenção rápida. A relargada da volta 42 viu Palou se distanciar de Grosjean, O'Ward e Malukas, claramente precisando de mais duas paradas, enquanto aqueles que pararam sob bandeira amarela deveriam conseguir terminar a corrida com apenas uma. O'Ward estava em terceiro quando parou no final da volta 47. Malukas e Pietro Fittipaldi (RLL) pararam na próxima vez, mas Fittipaldi cometeu o mesmo erro de Newgarden, escapando para a areia na saída do pit e perdendo a linha de saída e também foi punido com um drive-through. Palou estava voando em relação a Herta – que liderava o grupo na outra estratégia – abrindo 22s sobre ele antes da parada de Palou na volta 54, enquanto Herta tentava fazer seu número de combustível. Alex Palou não conseguiu uma vantagem suficiente para manter a liderança, mas ele surgiu em terceiro atrás de Herta e Rossi e logo à frente de Kirkwood. Atrás deles estavam McLaughlin, Dixon, Power, Grosjean, Rosenqvist e Lundgaard. Power, com pneus macios, superou Dixon, com pneus duros, para dentro no topo do Corkscrew e assumir o sexto lugar na volta 58, para que ele pudesse começar a perseguir seu companheiro de equipe McLaughlin. 
Mais perto da frente, Palou mergulhou por dentro de Rossi na curva 2 na volta 62 para reivindicar o segundo lugar, e rapidamente se aproximou de Herta, enquanto Power passou McLaughlin tomando o quinto lugar uma volta depois. Na volta 64, Palou levou Herta para cima da colina na saída da curva 6 e estava bem à frente quando chegaram à curva para o Corkscrew. Herta não teve trégua, porque imediatamente Rossi estava em seus espelhos. Kirkwood e Dixon fizeram suas paradas finais na volta 66, e então Herta, Rossi, Power, McLaughlin, Lundgaard e Rosenqvist pararam. Palou novamente ficou mais tempo e fez sua volta mais rápida da corrida, mas então ficou preso atrás de Rasmussen por meia volta e perdeu 3s. No final da volta 70, Ganassi o chamou para os boxes, onde ele colocou pneus duros novamente e voltou à frente de Herta. Grosjean, que havia parado na mesma volta que Palou, não tinha temperatura suficiente em seus pneus para se defender de Rossi no topo do Corkscrew e potencialmente perdeu um pódio. Ai veio um momento crítico – e estranho – na corrida: Lundgaard subiu por dentro de Armstrong na curva 4, que tinha acabado de sair dos boxes, e o empurrou pra fora da pista. O carro verde Ganassi rodou e parou em um local bem perigoso. A direção de prova demorou (inexplicavelmente) praticamente duas voltas e com isso permitiu que todos aqueles (entre eles Josef Newgarden, piloto da Penske, que liderava) parassem antes de aplicar a bandeira amarela e colocar o safety car na pista na volta 75. Newgarden, fora da estratégia, conseguiu parar na liderança e voltar em segundo, com pneus macios novos, à frente de Herta, Rossi, Grosjean e Power. Teria sido um “favorecimento à Penske”? Os comentaristas da NBC e Peacock foram comedidos na transmissão, mas levantaram levemente uma “estranheza”. 
Na relargada, Palou manteve a liderança, e houve um golpe duplo para Penske. Newgarden saiu da pista na curva 6, permitindo que Herta, Rossi e Grosjean passassem à frente, enquanto na curva 5, McLaughlin fez um mergulho tardio em Power, o jogou para fora, mas depois rodou ao voltar a acelerar. Antes que ele pudesse cumprir sua penalidade de drive-through. Seu carro foi visto lutando para subir a colina muito lentamente e ele teve que parar, provocando uma quarta bandeira amarela e entrada do safety car (esta bem rápida, gerando mais comentários na transmissão) para o carro de Jack Harvey expirando na reta principal, embora Harvey tenha saído da pista para o pitlane. Palou segurou Herta na relargada da volta 86, enquanto Rossi e Grosjean foram perseguidos por Newgarden, Kirkwood, Dixon, O'Ward, Power e Ferrucci. Uma nova (a quinta) bandeira amarela não demorou a acontecer, para agonia do pessoal da Ganassi, que via Palou Abrir e perder a vantagem. Na volta 87, na curva 5, Kyffin Simpson foi tocado pelo carro Juncos Hollinger de Agustin Canapino. Foi o suficiente para esvaziar o pneu traseiro esquerdo do carro Ganassi e fazê-lo rodar e ser atingido com força na lateral por Graham Rahal, que havia se esquivado de bater em Marcus Armstrong. A entrada do safety car e o número reduzido de voltas com bandeira verde (faltavam 4 voltas para o fim) aliviaram as preocupações de Herta com combustível. A corrida recomeçou e, embora bastante contido, Palou facilmente se livrou de seus perseguidores e Herta ultrapassou Rossi para assumir a P2. Grosjean ficou sob pressão de Newgarden, enquanto Kirkwood e Dixon o seguiram. Power passou por O'Ward na volta 93 e então mirou em Dixon. No entanto, na penúltima volta, ele ganhou outra posição quando Newgarden novamente saiu da curva 6 e rodou pela metade, caindo para 19º. 
Alex Palou venceu o Firestone Grand Prix de Monterey, derrotando Colton Herta após 95 voltas muito emocionantes no WeatherTech Raceway Laguna Seca e assumir a liderança do campeonato em um dia em que o ex-líder Will Power terminou em sétimo. A diferença de 2s sobre Herta não traduziu a superioridade do piloto da Chip Ganassi Racing durante a corrida. Rossi, Grosjean e Kirkwood completaram os cinco primeiros. Dixon segurou Power, O'Ward e Ferrucci, enquanto Ericsson ficou em 10º, apesar de duas grandes saídas de pista. Pietro Fittipaldi fez uma corrida muito boa. Ganhou posições mostrando estar muito seguro nas corridas em circuito misto. Ele e a RLL assumiram a mesma estratégia do líder, Alex Palou e ele estava bem próximo do top-10 quando colocou tudo a perder na saída de sua segunda parada nos pits, escapando da linha asfaltada da saída do pit lane, indo pra terra e sendo punido com drive-through. 
Isso o jogou para o 25° lugar e o brasileiro chegou a ficar com uma volta de desvantagem para os líderes, recuperada com as entradas do safety car. Voltando a ter um bom ritmo de corrida (e ganhando também algumas posições com os acidentes e abandonos), terminou em 14°, mas poderia ter terminado entre os 10 primeiros não fosse o erro cometido. A próxima corrida será em Mid-Ohio, em duas semanas e na próxima coluna vamos conversar sobre assuntos importantes para a categoria. Vamos acelerar! Sam Briggs Fotos: site IndyCar Media Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid. |
