Quando Max Verstappen (Red Bull) virou em 1m04s314, 0s404 mais rápido que Lando Norris (McLaren) na qualificação para o GP da Áustria, na pista de Spielberg, nos fez voltar a um passado muito recente, período de no mínimo duas temporadas, em que o holandês dominou absoluto. Seria o retorno a uma situação indesejável, a da supremacia da dupla Verstappen-Red Bull, por indiscutível competência. Entre os demais pilotos os tempos vieram bem próximos. George Russel (Mercedes) registrou 1m04s840, Carlos Sainz (Ferrari) ficou com 1m04s851, Lewis Hamilton (Mercedes) com 1m04s903, Charles Leclerc (Ferrari) com 1m05s044, Oscar Piastri (McLaren) com 1m05s048 e Sergio Perez (Red Bull) com 1m05s202. Red Bull, Mercedes, McLaren e Ferrari ocuparam os oito primeiros lugares do grid. Do segundo ao oitavo colocados a diferença de tempo estava em 0s484. Se não acontecesse nada de anormal assistiríamos a um passeio de Verstappen e a belas disputas entre as outras três marcas pelas demais posições. A principal mudança comparando a temporada passada com 2024 é que os carros estão mais próximos, o que resulta em alternância nas posições de largada, ultrapassagens decididas até nos boxes, favorecimento dos pilotos que erram menos, levam vantagem aqueles que melhor administram os pneus e premiam as mais bem aplicadas estratégias. No GP da Áustria completamos a 11ª etapa do Campeonato, com sete vitórias para Verstappen e quatro para outros pilotos. Depois da 11ª etapa de 2023, Max tinha vencido nove provas e Perez duas. As estratégias estabelecidas pelas equipes ganham ainda mais importância, já que suas decisões podem até decidir corridas, além da chance de equipes menores eventualmente aparecerem em melhores posições. Um grande mistério é o que vem acontecendo com a Aston Martin. Não faltam investimentos na equipe britânica. Papai Lawrence Stroll têm contratado técnicos muito competentes, dispõe de Fernando Alonso como piloto líder, um dos maiores conhecedores de automobilismo do planeta, além de construir uma estrutura para ser campeã. A Aston vem caindo de produção corrida a corrida. Não consegue acompanhar o desenvolvimento das demais e precisa estabelecer uma correção de rota urgente. Isso pode acontecer com qualquer equipe. Veja o que está passando a Mercedes e o que já passaram McLaren e Ferrari. Quando a equipe conseguir encaixar devidamente todas as suas peças nesse complicado tabuleiro que movimenta a Fórmula 1, vai brigar lá na frente. 
O GP da Áustria caminhava para ser mais do mesmo: Max Verstappen pularia na frente na largada, iria abrindo vantagem com segurança até se colocar confortavelmente na liderança, e administraria o consumo de pneus até a bandeirada. Um filme que cansamos de assistir. Mas Spielberg se encarregou da grande surpresa. Max conseguiu largar na frente e administrar a liderança, tudo como de hábito. Mas Norris estava disposto a estragar a festa do holandês. Parece que a McLaren descobriu como planejar melhor suas ações em condição de corrida. Volta a volta o piloto britânico foi se aproximando do líder até chegar a tentar uma ultrapassagem. Os dois carros se enroscaram e, em lance muito curioso, cada carro teve um pneu furado. Norris precisou abandonar e Verstappen caiu para o quinto lugar. A vitória caiu no colo de George Russell, levando de volta a Mercedes ao degrau mais alto do pódio. Oscar Piastri (McLaren) e Carlos Sainz (Ferrari) completaram os três primeiros. O mercado de pilotos permanece fervilhando. Carlos Sainz continua travando várias negociações. O espanhol tem a escolher entre Williams, Audi ou Alpine. Prometeu decidir nos próximos dias. Os assentos que estariam disponíveis são um na Williams, dois na Haas, um na Alpine, um na Audi e um na RB. Surgiu uma possibilidade, entre muitas outras, do brasileiro Felipe Drugovich assumir um lugar na Williams. Infelizmente, é bastante difícil que aconteça. Próximo encontro: GP do Reino Unido – Dia 7 de julho. Luiz Carlos Lima  Visite o site do nosso colunista
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