Não foi dessa vez que McLaren, Mercedes e Ferrari conseguiram superar Max Verstappen. Chegaram bem próximo. Barcelona recebeu um Grande Prêmio digno da grandeza da Fórmula 1 atual. Nos treinos livres de sexta-feira, em determinado momento, 18 carros estavam separados por 1s50, situação ideal para se formar um bloco compacto no grid. Na qualificação ficou bem claro que Max encontrará muita dificuldade em manter vitórias em sequência. A concorrência está no vácuo. E pedindo passagem. Esse novo contexto não retira do holandês a condição de favorito ao título. Chegamos a 10 das 24 corridas do ano e a vantagem do piloto da Red Bull é grande. Soma 216 pontos, contra 150 de Norris e 148 de Leclerc. Os tempos entre carros ficaram ainda mais próximos. Lando Norris (McLaren) estabeleceu o melhor tempo, 1m11s383, apenas 0s020 à frente de Verstappen, o segundo, 0s318 de Hamilton (Mercedes), 0s320 de Russell (Mercedes), 0s348 de Leclerc (Ferrari), e 0s353 de Sainz (Ferrari), o sexto colocado. Sergio Perez decepcionou mais uma vez, ao registrar o oitavo tempo, 0s678 mais lento que seu companheiro de Red Bull. O mexicano acabou de renovar seu contrato e, coincidência ou não, passou a registrar tempos muito piores que o companheiro. Os chefões da equipe austríaca o criticaram abertamente depois da corrida. Do 1º (Norris) ao 19º (Albon) a diferença de tempos foi de 1s770. Estamos acompanhando a evolução dessa proximidade. 
A equipe que mais vem evoluindo é a Mercedes. Conseguiu o 3º (Hamilton) e o 4º (Russell) no grid e fez a melhor corrida possível. A equipe alemã havia se perdido no caminho do desenvolvimento técnico. Não é difícil acontecer isso. Os alemães encontravam sérios obstáculos na busca do acerto ideal. Barcelona mostrou uma Mercedes reestruturada, tomando as decisões corretas, e levando Hamilton de volta ao pódio. Na corrida os 20 carros que largaram chegaram ao final, sendo 11 deles nas 66 voltas do líder, 8 em 65 voltas e 1 em 64 voltas. Todos os carros chegando ao final da corrida só aconteceu em 8 corridas de Fórmula 1 na história: 2011 – Europa, 2016 – Japão, 2016 – China, 2019 – Áustria, 2021 – Turquia, 2023 – Miami, 2023 – Espanha e 2024 – Bahrein. Com carros tão próximos não será incomum uma equipe apresentar melhor desempenho numa pista e pior em outra. Os acertos variam muito de um circuito para outro. A Ferrari, por exemplo, venceu em Mônaco e não foi tão bem no Canadá e na Espanha. A Alpine, péssima no início da temporada, acaba de colocar seus dois carros na zona de pontuação, com Gasly em 9º e Ocon em 10º. Na largada, Russell superou Norris e Verstappen. Em poucas voltas o holandês superou o Mercedes e administrou a prova até o final. A McLaren deixou claro que tem um carro no mesmo nível do Red Bull. Lando lamentou ter largado mal e perdido a posição para Max. Acha que a corrida foi decidida naquele momento. Os 10 primeiros: 1º) Verstappen (Red Bull), 2º) Norris (McLaren), 3º) Hamilton (Mercedes), 4º) Russell (Mercedes), 5º) Leclerc (Ferrari), 6º) Sainz (Ferrari), 7º) Piastri (McLaren), 8º) Perez (Red Bull), 9º) Gasly (Alpine) e 10º) Ocon. Continua a indefinição sobre o destino de Carlos Sainz. O espanhol tinha como opções Williams e Audi. Agora a Alpine também virou possibilidade. Sainz prometeu anunciar sua nova equipe entre os GPs da Espanha e Áustria. Portanto, na presente semana. Próximo encontro: GP da Áustria, dia 30 de junho. Luiz Carlos Lima  Visite o site do nosso colunista
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