Nem todo dia é de festa! Depois que a Red Bull encontrou Max Verstappen, então com 17 anos, sucesso absoluto no kart, mas ainda um novato nas Fórmulas de base, encontrou ouro no deserto. Um piloto desse nível só se revela a cada 30 anos, como a história nos expõe, com farta documentação.

Tudo indica que a Mercedes vai apostar alto em Kimi Antonelli, revelação italiana que completa 18 anos, com enorme potencial, em agosto próximo. Kimi terá a dura missão de substituir Lewis Hamilton, simplesmente sete vezes campeão mundial. A princípio esse cockpit seria ocupado por Carlos Sainz em 2025, enquanto Antonelli ocuparia um lugar na Williams, para ganhar experiência. Porém, Toto Wolff parece irredutível em sua decisão de promover o italiano a piloto titular. Nos parece uma decisão pouco sensata. Assim como não compreendemos a renovação de Sergio Perez na Red Bull, outro cockpit que poderia ser ocupado por Carlos Sainz. Entendemos que Perez chegou ao nível mais alto de suas possibilidades, como demonstrado nas últimas corridas. A Sainz restou duas opções: Audi ou Williams, o que acaba sendo um passo para trás, considerando a qualidade do piloto.

A Ferrari acha também que encontrou seu Verstappen: o britânico Oliver Bearman, 19 anos completados em maio último. Bearman já é piloto reserva e participou de um GP este ano, na Arábia Saudita, chegando em excelente sétimo lugar. A equipe italiana agiu com mais prudência. Deve conseguir uma vaga para seu pupilo na Haas, até a aposentadoria de Hamilton.

Outros cinco pilotos atingiram o nível mais alto de performance: Lance Stroll (Aston Martin), Daniel Ricciardo (RB), Kevin Magnussen (Haas), Valttery Bottas (Sauber) e Guanyu Zhow (Sauber). Stroll, o filho do patrão, não abrirá mão de um lugar no grid, Daniel Ricciardo tem alguns votos favoráveis dentro da Red Bull, a matriz, mas já chegou ao teto, Magnussen já passou do ponto, Bottas já pode se aposentar que pouca coisa vai mudar no grid e Zhow já atingiu seu ápice. Tanto Bottas quanto Zhow não foram lembrados para ocupar um lugar na nova equipe Audi, a substituta da Sauber. Quem soube aproveitar a nova chance recebida foi Yuki Tsunoda. O japonês vem evoluindo ano após ano e acumulou 19 pontos em 2024 contra 9 de Ricciardo. Yuki Já renovou seu contrato para 2025.

Apostas em novos talentos de um lado, firmaram suas posições por alguns bons anos pela frente Norris e Piastri (McLaren), Leclerc (Ferrari), Russell (Mercedes), Verstappen (Red Bull), Albon (Williams) e Gasly (Alpine). Ocon deverá assumir uma vaga em Audi ou Haas. Alonso não deve permanecer por mais dois anos na Fórmula 1.

Nesse cenário, algumas vagas serão ocupadas a outros novatos. A maior possibilidade para o Brasil voltar a ter um representante na Fórmula 1 está em Felipe Drugovich, piloto reserva da Aston Martin. As chances de se tornar titular são difíceis, pelo menos em 2025. Gabriel Bortoletto e Enzo Fittipaldi disputam a Fórmula 2, com relativo destaque. Os carros competitivos já estão ocupados por alguns anos. Considerando ainda que os pilotos são jovens e talentosos, suficientes para ocupar esses lugares por, em média, 10 anos. As chances brasileiras de voltar a vencer na Fórmula 1 são remotas.

Próximo encontro: GP da Espanha, dia 23 de junho.

Luiz Carlos Lima

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