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Mais uma “Disney de asfalto” pra acelerar e pílulas pra todos os gostos PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Tuesday, 11 June 2024 00:07

E aê Galera... agora é comigo!

 

O final de semana, mais uma vez, deixou o fã de automobilismo na República Sebastianista de Banânia (agradecimentos ao meu camarada, Alexandre Gargamel) sem corridas do calendário nacional, mostrando o nível do planejamento daquela pizzaria localizada no bairro da Glória, no Rio de Janeiro, e como os promotores de categorias parecem olhar apenas para seus umbigos.

 

Mas o leitor da coluna do Ogro não vai ficar debruçado na mureta esperando um carro passar. Vamos falar de autódromo... começando com meu protesto pela mudança no título que me foi imposta. Mas no texto eu acelerarei mais fundo quando for falar mais longamente sobre o novo autódromo provado do Brasil.

 

A “Disney de Asfalto” para Pobrinhos

Todo mundo aqui, que lê minha coluna semanal no Nobres do Grid sabe que eu chamo o Autódromo de Mogi-Guaçu de pista de track day. Há alguns anos o dono, Eduardo Souza Ramos, que corria provas de endurance no Brasil e na Europa (e mandava bem), abriu as portas de seu autódromo para corridas de algumas categorias do país e hoje, com a carência de bons autódromos no Brasil, mesmo a sua pista de track day, sinuosa, sem uma reta decente, com boxes improvisados e que, sabe-se lá Deus como (o objetivo indireto não era bem esse...) tem grau 3 da FIA, tornou-se uma necessidade indispensável para o automobilismo Tapuia.

 

 

Nem sempre copiar receitas é garantia de sucesso. A pista de Track Day de Mogi-Guaçu já era uma realidade quando um grupo de empresários resolveu fazer uma “Disney de asfalto” no meio do estado de Minas Gerais, perto da cidade de Curvelo. Anunciaram uma pista de 4.400 metros, que ia poder receber a Moto GP, a F1 e tudo mais... no meio de uma reserva natural onde as árvores, os pequizeiros, não podem ser derrubados. O projeto dos sonhos, com clube, casas, garagens para os pobrinhos colocarem seus carros e acelerar, que ia ser o melhor autódromo do Brasil pode ter dado certo para os pobrinhos, mas para o esporte a motor foi um fiasco (o advérbio não era bem esse...). Uma pista sem retas, curvas sem área de escape, barrancos e não barreiras de pneus e nem com a “ponte de safena” que foi feita pra ter um traçado de 3.000 metros consegue levar a Stock Car pra lá. Este ano, depois de anos, a usurpadora vai voltar lá.

 

 

Mas agora vem aí o “Raceville” (eu adoro esses nomes em inglês... que tão bem mostram nosso complexo de vira-lata). O projeto é pra colocar o parque dos pequizais e a pista de track day no chinelo. Vai ser um clube para os bem pobrinhos ter casa (casarão) no interior, cercado de verde, com um leque de opções que não tem fim e, no meio de tudo isso, terá um autódromo que os donos do projeto pretendem homologar junto à FIA (qual grau conseguirão, só depois da visita dos delegados da entidade). Apenas para lembrar, aquele autódromo no meio do nada lá na Argentina que recebia a MotoGP, o WTCC e o FIA GT tem grau 2.

 

Como nosso negócio é o autódromo, vamos falar da pista, que terá 4.5 km de extensão, com algumas opções de traçado – coisa importante e de autódromo moderno – mas o site do empreendimento não tem detalhes sobre a pista do tipo: qual a largura da pista, qual a extensão da reta, qual as dimensões quantidade dos boxes, aquilo que é importante para se fazer corrida. O site tem um dos seus sócios, Cacá Clauset, que tem um histórico como piloto e empresário apresentando o empreendimento e fala sobre todas as coisas que o clube oferece, mas do autódromo, não fala praticamente nada. A única coisa que ele falou de concreto foi que terão dois helipontos no autódromo. Falou das coisas básicas sobre ter áreas de escape “generosas”, próprias para os pobrinhos tentar não bater os seus carros, que ném precisa ser deles, porque vai ter uma frota de 10 carros com 600cv (ou mais) a disposição dos 500 sócios do clube (Só 500. Não é pra qualquer pobrinho).

 

 

Como os sócios do negócio são o próprio Cacá Clauset, Dener Pires (o promotor da Porsche Cup no Brasil e um cara que é um visionário para fazer as coisas do jeito certo) e o empresário Sylvio Barros (falecido há poucos dias e que era piloto na Porsche Cup), as chances de fazerem bobagem (o advérbio não era bem esse...) diminuem absurdamente. Se fizerem as coisas do jeito certo, São Paulo – e o Brasil – vai ganhar um autódromo de primeiro mundo. A entrega era para ser em novembro de 2023. Dificilmente vai ser em novembro de 2024. Outras coisas do clube já estão funcionando, como as pistas de offroad, trilhas, etc. Mas o que a gente quer é ver carro de corrida das categorias nacionais na pista. Será que vão deixar correr caminhão?

 

Sessão Rivotril.

Seguindo meu mestre inspirador, está na hora de receitar as pílulas da semana.

 

- Se o assunto da coluna foi o clube dos pobrinhos em Brotas, nos autódromos do mundo acessível aos simples mortais, o Autódromo de Campo Grande teve seu “certificado para a realização de eventos” cassado. O autódromo, que é administrado pelas autoridades governamentais, locou o autódromo para um “influenciador virtual” fazer um evento com motos, sem haver alvará, sem separação entre público e com motociclistas sem capacete além consumo de álcool sem controle. Tinha tudo pra dar problema (o aposto não era bem esse...). Deu e das grandes! Um dos “acrobatas das duas rodas” acertou um outro e esse outro morreu. A direção da Fórmula Truck está correndo atrás para liberar o autódromo para a etapa que foi antecipada para o final do mês.

- Apresentaram o novo carro da F1 para 2026. Mais curto em 30 cm, ainda tem mais de 5m de comprimento (podiam cortar mais meio metro) e vão trocar a asa móvel por push nutella. Só quero ver isso andando em Ímola, Barcelona e outros lugares onde ninguém passa ninguém.

- Nem trocando os ovais por um circuito misto na NASCAR, o Kojak deixou de dar sono na sua narração. Pelo menos o dublê de comentarista Pária não tentou bancar o sommelier na região vinícola da Califórnia. (Valeu 68!)

- Caíram matando em cima do seguirança que cobrou a credencial do Neguim. Até onde eu sei todo mundo tem que andar com a credencial pendurada no pescoço. Se ele não estava, ele estava errado e o segurança estava certo. (Valeu Darth Vader!)

- Da mesma forma que, nem com uma corrida movimentada como foi o GP do Canadá o Caprichoso e o Matuzaleme deixaram de manter os olhos mais tempo na tela dos seus smartphones do que na tela da transmissão no estúdio. O caprichoso simplesmente não percebeu a bandeira verde (apareceu na tela escrito) e continuou tratando a corrida como sob bandeira amarela. (Valeu Gargamel!)

- Mandaram pra mim um vídeo que beira o inacreditável. O Caprichoso se "enrolou na rolagem do carro e mando uma que a Chica da Silva, a Rainha da Bahia, não vai me deixar escrever aqui. Mas vamos ajudar: o pessoal da TV cobra dos narradores, apresentadores, etc. para fechar o som das vogais e fazendo uma flexão do verbo "rolar", no feminino do particípio passado, fechou a primeira vogal. Ele tentou corrigir a derrapada, mas bateu com força no muro. Os cultos entenderão! (Valeu 'seu' Barriga!)

- Mas a melhor foi quando ele falou “Safety Car! É disso que o povo gosta”. Imaginem eu vendo isso na TV da churrasqueira da minha casa? O “Meu Jesus Cristo” (a expressão com 3 palavras não era bem essa...) ia fazer voar o telhado e derrubar os muros com os vizinhos.

 

Felicidades e velocidade,

 

 

Paulo Alencar

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.


Last Updated ( Tuesday, 11 June 2024 18:43 )