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MotoGP no templo de Assen, F1 histérica na Áustria e o recorde na NASCAR PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 01 July 2024 09:19

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Pouca inspiração para esse habitual texto de abertura, as ideias estão secas como o ar no Pedagiostão (aquele estado fundamentalista religioso repleto de cidadãos auto intitulados de bem, que acha chique e importante pagar caro em tudo, localizado entre a Rússia brasileira e Minas Gerais). Enfim, hidratem-se que a coisa está seca.

 

Começando com as duas rodas, já que o Mundial de Motovelocidade foi até a “catedral do motociclismo”, a histórica pista de Assen, na Holanda, para um final de semana dos mais interessantes. A torcida local foi ao delírio na corrida da Moto3 com o piloto local Collin Veijer liderando a corrida até a penúltima curva, quando os pneus melhores conservados de Ivan Ortola permitiram que ele fizesse uma manobra indefensável na freada da chicane e vencesse pela monumental vantagem de 0,012 segundo. Sim, 12 milésimos de segundo. Na foto da bandeirada, uma roda de vantagem. O terceiro colocado, David Muñoz, nem teve como assistir de camarote a chegada emocionante, pois a pouco mais de 2 segundos dos líderes estava preocupado em fazer a chicane nesse momento. O resultado final com os dois primeiros destacados do pelotão não refletiu a realidade da corrida, com aquele bolo de mais de 8 pilotos disputando ferozmente as posições da frente. Na Moto2 (e na categoria principal, a propósito) ficamos com a certeza que as pistas com foco principal em motociclismo (como é o caso de Assen) precisam repensar as áreas pavimentadas fora do traçado, pois esse negócio de ficar monitorando incansavelmente os limites de pista 1- é muito irritante e 2- acaba influenciando no resultado de pista. Se fora do limite tiver grama ou brita, o piloto não vai chegar ali. E convenhamos, punir um piloto por conta de um centímetro de pneu saindo do limite estipulado beira as raias do ridículo. É o tipo de coisa da Fórmula Um que não tem a menor necessidade de ser exportado para outras categorias. Enfim, Fermin Aldeguer liderava a prova com certa vantagem quando foi dedurado pelos sensores (no visual você precisa repetir a imagem em câmera lenta algumas vezes para perceber o ocorrido) e teve de cumprir a volta longa, caindo para 3º com 7 voltas para o final. Com isso, Ai Ogura assumiu a liderança e se defendeu bravamente quando, após ultrapassar Sergio Garcia, Aldeguer foi para cima dele em busca da liderança perdida. As duas últimas voltas foram de prender a respiração, e a vantagem de Ogura na bandeirada foi de apenas meio segundo, coroando uma belíssima corrida dos dois primeiros colocados. Na MotoGP o atual campeão Pecco Bagnaia foi doutrinador: venceu a Sprint no sábado, fez a pole para a corrida principal e venceu com folgados 3,67 segundos de vantagem sobre Jorge Martin, que fez tudo o que estava ao alcance dele para alcançar o líder, mas o que conseguiu foi ele mesmo colocar outros 3 segundos e meio sobre o 3º colocado, Enea Bastianini, que fez uma recuperação fantástica após largar no meio do pelotão. Que a Pramac aproveite os bons resultados do Martin esse ano, pois não apenas ele vai mudar de equipe para o ano que vem como ela anunciou a assinatura para, a partir do ano que vem, deixar de ser satélite da Ducati para se alinhar como segunda equipe da Yamaha na temporada. Levando em conta que a melhor Yamaha do domingo foi a de Quartararo, na 12ª posição... aliás, a única Yamaha, já que Rins foi ao chão ainda na primeira volta.

 

A Fórmula Um foi até a Áustria para uma corrida bem interessante, mas que mostrou que o Lando Norris pode ser muito veloz, mas não tem aquele algo a mais que os campeões têm; falta aquele “sangue no olho” para enfrentar o adversário. Norris tentou 4 vezes passar Max Verstappen, e as 4 no mesmo lugar. Detalhe: nem era no último ponto de acionamento do DRS. Então só podemos chegar à conclusão que a amizade entre ele e Max pesou mais que a vontade de vencer na hora da decisão. Norris ou “vira a chave” dentro da cabeça dele ou vai virar um Leclerc 2 – A Missão, um piloto veloz mas que não tem a mais vaga chance de se tornar um grande vencedor por falta do “eye of the tiger”, como diria aquele grande sucesso dos anos 80. Max ainda levou uma daquelas punições para inglês ver típicas dela, colocando 10 segundos no tempo final por conta da fechada que deu no Norris quando ambos já estavam com os carros danificados após o choque, mas nem chegou a perder posição na pista. Quem agradeceu o entrevero foi George Russell, que herdou a liderança e não deixou a oportunidade passar, cruzando a bandeirada em 1º, com o Oscar Piastri (o piloto McLaren que tem potencial para ser um futuro campeão, já que ele tem o que falta ao Norris) em 2º e o Carlos Sainz Jr. em 3º, outro que só consegue bom resultado em corrida conturbada e ainda não tem vaga para o ano que vem, com as vagas cada vez diminuindo mais. Acho que ele deve ir parar na Williams, mas é apenas uma opinião desse vosso colunista. Por falar em piloto sem “sangue nos olhos”, o companheiro do Sainz, Leclerc, se enroscou na primeira volta e após trocar o bico e voltar lá atrás não conseguiu passar da 11ª posição, entre os Alpine de Gasly (10º) e Ocon (12º). Leclerc chegou atrás de Ricciardo (9º) e dos dois Haas (Hülkemberg 6º, Magnussen 8º). Baita piloto, só que não.

 

A NASCAR se dirigiu até Nashville para uma corrida recordista: recorde de 5 relargadas em prorrogação, por conta daqueles de sempre que não conseguem acelerar sem bater nos outros nas voltas finais. Os culpados de sempre, e quem deu a sorte de terminar na frente (e tinha combustível para chegar até o final sem um fatal splash and go nas voltas finais) foi Joey Logano, que finalmente conseguiu carimbar seu passaporte para os playoffs. Foi seguido por Zane Smith em 2º, em seu melhor resultado na categoria, com Tyler Reddick em 3º, Ryan Preece em 4º, e com Chris Buescher encerrando o Top-5. Corrida não foi lá aquelas coisas, mas foi melhor que a narração tabajara, que me fez procurar um link com a narração no idioma original, pois meus ouvidos não são retrete.

 

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.


Last Updated ( Monday, 01 July 2024 14:04 )