Olá leitores!

Como estão? Espero que todos bem. Final de semana com algumas corridas interessantes, um bom prelúdio da grande festa do esporte a motor da semana que vem, as 24 Horas de Le Mans, e o mais importante da semana passada foi a divulgação do novo regulamento da F-1. Devem ter percebido que os atuais fórmulas parecem uma Copa Galaxie Landau de tão grandes os carros, e a perda de 30 cm no comprimento e 10 cm na largura não irão resolver tudo, mas já é um bom avanço. Ainda acho que diminuir de 2m de largura para 1,90m não foi suficiente, poderia ter ido para 1,85m ou 1,80m, mas já deve propiciar alguns espetáculos mais interessantes em pistas com menos de 16m de largura. Claro que já tem “gente” reclamando, como se fosse racional correr com carros tão grandes como os atuais, mas como infelizmente boa parte da população perdeu a vergonha de exibir sua falta de uso do intelecto...

Vamos começar com o DTM, que foi até a Holanda para duas corridas bem interessantes na pista de Zandvoort. No sábado quem deu as cartas foi o britânico Jack Aitken, que largou muito bem, abriu uma pequena vantagem e a partir disso conseguiu controlar o ritmo de maneira a não desgastar o equipamento e conquistar sua segunda vitória neste ano. E além de ter sido a primeira vez que tivemos um piloto vencendo duas vezes nessa temporada, também foi a primeira vez que um piloto BMW chegou ao pódio, graças ao talento e velocidade do tricampeão René Rast, que terminou a corrida em 2º. O degrau mais baixo do pódio foi ocupado por Arjun Maini (Mercedes). Já no domingo, em uma corrida com o horário alterado para mais tarde para permitir aos pilotos que foram até a França participar dos treinos dos iniciantes para a prova das 24 Horas de Le Mans (próximo final de semana) conseguissem retornar, o show man foi Marco Wittmann: largou em 14º lugar, manteve-se na pista acelerando forte enquanto os outros competidores pararam para suas trocas de pneus, a equipe fez um trabalho excelente na troca de pneus o devolvendo para a pista na liderança, e quando o pole position Mirko Bortolotti o alcançou ainda de pneus frios ele conseguiu segurar o rival, ainda que se envolvendo num toque de corrida com ele. A recompensa por esse esforço todo foi uma muito merecida vitória. Bortolotti teve muito trabalho nas voltas finais para garantir essa segunda posição, já que começou a sentir uma instabilidade na parte traseira do carro e segurar a fila de adversários atrás de si foi mais complicado que a média. No degrau mais baixo do pódio, Kelvin van der Linde, que resistiu bravamente à intenção de Vermeulen de subir ao pódio em seu país natal.

A Fórmula Um foi até a Ilha de Notre Dame, em Quebec, para uma etapa que foi uma das mais interessantes do ano, exceto para a torcida da Ferrari, que após o triunfo de Mônaco voltou ao seu habitual caos estratégico. Treinos muito interessantes, altamente disputados, e a corrida não foi diferente. O vencedor pode ser o habitual, mas não foi uma vitória fácil como de costume. Verstappen teve sua vitória facilitada pela McLaren, que não foi exatamente brilhante na escolha do momento de parar o Lando Norris. Claro que foi muito melhor que a vermelhinha da periferia de Modena, mas ali não é parâmetro positivo de estratégia para ninguém. O naufrágio de Leclerc e Sainz Jr. foi a senha para a exaltação dos que estavam sendo humilhados: finalmente Ricciardo conseguiu chegar adiante de Tsunoda (8º lugar, ao passo que o japonês chegou em 14º), os dois Alpine terminaram nos pontos (Gasly 9º, Ocon 10º), uma corrida como não se via a um bom tempo por parte da Mercedes (Russell 3º, Hamilton 4º), enfim, se não for a melhor prova até agora certamente está entre as 3 primeiras. Vamos ver se a soporífera Barcelona conseguirá ser pelo menos 1/10 tão boa quanto foi a do Canada.

A Indycar foi até a mais bela pista estadunidense, Road America, para uma corrida em que a Penske passou incólume pela grande confusão da primeira volta para tomar conta do pódio, 1-2-3 respectivamente com Will Power (primeira vitória em 34 corridas), Josef Newgarden e Scott McLaughlin. Pietro Fittipaldi chegou em 16º, ao passo que Helinho chegou em 19º.

E a NASCAR foi para sua primeira etapa fazendo curvas para a direita do ano, na região vinícola da California. A prova teve um número alto de bandeiras amarelas para os padrões de circuitos mistos na categoria, mas a corrida foi emocionante em sua segunda metade. Primeiro segmento ficou com Tyler Reddick, e o segundo com Chris Buescher. Reddick acabou ficando mais para trás (terminou em 8º), mas Buescher brigou nas posições da frente até a bandeirada. A vitória ficou com Kyle Larson, californiano que correu com uma belíssima pintura retrô da Valvoline no carro #5, seguido por McDowell em 2º, Buescher em 3º, Elliott em 4º e com Chastain fechando o Top-5. Chastain que continua com seu projeto de angariar amigos e influenciar outras pessoas na categoria, dessa vez batendo de maneira absolutamente proposital em Kyle Busch na última volta, o derrubando de um provável 5º ou 6º lugar para o 12º na bandeirada. Depois vai reclamar de falta de sorte nos playoffs...

Até a próxima!

Alexandre Bianchini

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.