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Porsche vence em Spa e Laguna Seca, F-E na Alemanha, Indy no IMS, NASCAR em Darlington e MotoGP em Le Mans PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Monday, 13 May 2024 11:15

Olá leitores!

 

Como estão? Espero que todos bem. Principalmente o pessoal do RS, que além das dificuldades causadas pela maior enchente em décadas ainda tem que lidar com a desinformação espalhada por uma horda de desonestos intelectuais descontente com o resultado das últimas eleições. Enfim, minha solidariedade com aqueles que estão sofrendo as consequências do desastre, não tenho como ajudar muito, mas o que eu podia já mandei os donativos para entidade confiável. Quem puder e ainda não tiver feito, hora de transformar as belas palavras em atitudes.

 

Mas vamos ao objeto dessa coluna, as corridas. E as tivemos em profusão esse final de semana. Comecemos com as 6 Horas de Spa-Francorchamps, que acabou se tornando uma “7 Horas” por conta de uma livre interpretação do regulamento após o longo período de bandeira vermelha causado pelo otimismo desenfreado (não era exatamente esse o termo apropriado, mas deixa pra lá...) de Earl Bamber no momento de uma ultrapassagem a pouco menos de 2 horas para o término da corrida. O tipo de manobra que, com muita, mas muita boa vontade mesmo, seria aceitável em um piloto que pela primeira vez estivesse competindo numa prova de longa duração com aquele tipo de carro. No caso de um piloto experiente como ele, não há desculpa para achar que o Cadillac Hypercar tem o comprimento de um Isetta e acreditar que dava para colocar o carro naquele espaço. Felizmente naquele trecho não tinha fiscais de pista que pudessem ser atingidos pelos destroços e o público também estava a uma distância razoável. A limpeza dos destroços e o conserto das barreiras de proteção levou quase duas horas, com o cronômetro ligado. Numa decisão incomum, a direção de prova optou por retornar o cronômetro até o momento da interrupção da prova para fazer o restante da corrida. Queria saber se o mesmo procedimento será adotado nas 24 Horas de Le Mans, com potencial para terminar na segunda feira se tal procedimento for universalizado. A conferir nas próximas etapas se essa nova interpretação do regulamento perdurará. Enfim, a vitória ficou com o Porsche 963 #12 da dupla Callum Ilott/Will Stevens da equipe Jota, primeira vitória de uma equipe particular desde 2020, primeira com todos os pilotos ingleses desde 2017 e primeira de uma dupla na categoria principal desde 2014. Foram seguidos pelo Porsche oficial #6 da equipe Penske, com os pilotos Kevin Estre/Andre Lotterer/Laurens Vanthoor, e pelo Ferrari AF Corse 499P #50 de Antonio Fuoco/Miguel Molina/Nicklas Nielsen, que teve um final de semana conturbado: fizeram a pole na classificação, o tempo foi desconsiderado por irregularidade no peso do carro, largaram em último dentre os Hypercar, se recuperaram, lideraram a corrida, e perderam a liderança após o recomeço da corrida. Dentre os LMGT3, após um início de corrida fulminante do Lamborghini #85 das garotas da Iron Dames, com a pole position da categoria Sarah Bovy abrindo grande vantagem sobre os outros competidores, a vitória ficou com o Porsche #91 da Manthey, à frente do outro carro da Manthey, o #92, que foi outro cujo final de semana não foi dos mais tranquilos: sexta-feira o #92 escapou na saída da Raidillon e estampou com força a barreira de pneus, dando um bom trabalho para os mecânicos colocarem novamente o carro em ordem. No degrau mais baixo do pódio ficou o Lamborghini #60 da Iron Lynx. Este domingo a Dona FIA informou que Bamber receberia uma punição pela manobra. Como de costume, saiu aquela redonda de pepperoni com abacaxi e borda recheada de cheddar, com a perda de 5 posições de largada para a próxima etapa... que é a tradicional 24 Horas de Le Mans. Ou seja, punição para ianque ver, já que na prática isso será de uma irrelevância atroz.

 

Aproveitando que o assunto é Endurance, lá nos Estados Unidos nesse domingo o IMSA correu em Laguna Seca numa prova de 2h40m e a vitória ficou com o Porsche 963 #6 da Penske (sim, tio Roger tem zero criatividade para numeração de carros e usa a mesma numeração no WEC e no IMSA), que com a dupla Tandy/Jaminet terminou à frente do Cadillac #31 da dupla Derani/Aitken, 2º lugar à frente da dupla do outro Porsche da Penskem o #7 de Cameron/Nasr. Dois brasileiros no pódio, nada mal. Na GTDPro, vitória do Porsche #77, com o McLaren #9 em 2º e o Corvette #4 em 3º. Na GTD quem levou a melhor foi o Mercedes #57, à frente do BMW #557 que chegou em 2º e do Porsche #120 em 3º.

 

E a Fórmula E teve rodada dupla no antigo aeroporto de Tempelhof em Berlim, com duas corridas muito boas, muito disputadas. O espetáculo melhorou sensivelmente com os carros de 3ª geração, sensivelmente melhores que os anteriores em dirigibilidade. Estética é estranha? Em fotos e na TV sim, ao vivo é bem menos estranho, e não dá pra questionar a melhora na dinâmica das corridas. No sábado a vitória ficou nas mãos de Nick Cassidy, autor também da volta mais rápida da corrida, seguido por Jean-Éric Vergne na 2ª posição e por Oliver Rowland no degrau mais baixo do pódio. Domingo Cassidy novamente foi o dono da volta mais rápida, mas dessa vez teve de se contentar com a 2ª posição, pois a vitória ficou com António Félix da Costa, quebrando um jejum de mais de 12 meses e mostrando como se faz defesa de posição de maneira leal. Novamente o degrau mais baixo do pódio ficou com Rowland, correndo muito mais com a cabeça e pensando no regulamento que com o impulso. Os brasileiros seguiram o mestre inspirador Felipe Massa e tiveram um fim de semana para esquecer: sábado Sette Câmara terminou em 16º e di Grassi em 19º, e no domingo a coisa foi melhor, mas não o suficiente para pilotar, com di Grassi em 11º e Câmara em 13º.

 

E como estamos em maio a Indycar foi para seu grande templo, Indianapolis, onde sábado tivemos a primeira etapa do mês, no circuito misto do superspeedway. O atual campeão Alex Palou não quis saber de conversa e cruzou a linha de chegada mais de 6 segundos e meio à frente do segundo colocado, Will Power, e 8 segundos à frente do 3º colocado, Christian Lundgaard, assegurando a repetição da vitória do ano passado. Foram 14 trocas de liderança entre 8 pilotos, sendo que dentre eles Pietro Fittipaldi (que terminou em 14º) também teve o gostinho de andar na liderança. Palou marcou a pole position e liderou 39 das 85 voltas, sendo o que mais tempo permaneceu na liderança.

 

O Mundial de Motovelocidade foi até Le Mans para uma etapa com muito vento, permitindo as bandeiras ficarem devidamente esticadas nos mastros. Felizmente o festival de tombos dos treinos foi bem mais contido nas corridas. Na Moto3 o colombiano David Alonso retornou ao lugar ao qual tem se acostumado, vencendo uma corrida eletrizante como a Moto3 é pródiga em produzir, com os 7 primeiros colocados dentro do mesmo segundo. Alonso foi acompanhado no pódio por Daniel Holgado na 2ª posição e por Collin Veijer na 3ª posição. Na Moto2 tivemos dobradinha da equipe MT Helmets – MSI, com Sergio Garcia praticamente 3 segundos e meio à frente do companheiro Ai Ogura, que veio lá do 17º lugar para o 2º, se impondo sobre Alonso Lopez, que defendeu arduamente sua 3ª posição dos ataques de Joe Roberts. Diogo Moreira teve um dia difícil, terminando em 26º lugar, 7 posições atrás de seu companheiro de equipe. Já na MotoGP Jorge Martin apresentou suas credenciais para conseguir uma vaga numa equipe oficial, vencendo a corrida sprint no sábado e a corrida principal no domingo, mesmo apresentando nítido desgaste acentuado de pneus nas últimas voltas e fazendo valer a sua pole position. Foi acompanhado no pódio por Marc Márquez, que foi um leão a corrida toda e nas voltas finais assumiu a segunda posição deixando o atual campeão Bagnaia com o degrau mais baixo do pódio. Uma excelente etapa, diga-se de passagem.

 

A NASCAR foi até Darlington para uma das mais interessantes etapas do ano, aquela onde na mais antiga pista em uso pela categoria os carros correm com pinturas homenageando o passado da categoria. E uma corrida tão especial dessas mereceria um vencedor especial, como teve: em que pese Kyle Larson ter vencido o primeiro segmento e Tyler Reddick o segundo, ao final da Goodyear 400 a vitória ficou com Brad Keselowski, encerrando um jejum de 110 corridas sem vitória e marcando a primeira vitória dele sendo o dono da própria equipe. Em 2º chegou Ty Gibbs, mais uma vez fazendo um grande trabalho, seguido por Josh Berry em 3º, Denny Hamlin em 4º e com Chase Briscoe encerrando o Top-5. Após a prova tivemos a expectativa de cenas lamentáveis entre Chris Buescher e Reddick, mas ficaram só na troca de palavras mais duras.

 

Até a próxima!

 

Alexandre Bianchini

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.