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Collet é P2 duas vezes em Laguna Seca. Bortoleto sofre mas pontua. Câmara é Pódio na Hungria PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 23 June 2024 22:21

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana tivemos uma agenda decorridas envolvendo os pilotos brasileiros, aspirantes ao topo da carreira nas categorias mais importantes do automobilismo mundial bem recheada e diversa.

 

Nesta semana tivemos a 5ª etapa da FIA Fórmula 2 em Barcelona, com Gabriel Bortoleto cada vez mais consistente e Enzo Fittipaldi tentando encontrar a consistência do final de semana em Jeddah. Ainda em Barcelona, tivemos também a Fórmula Academy, onde Aurelia Nobels busca se estabelecer na categoria direcionada para as pilotos femininas.

 

Bem longe dali, na Hungria, a Fórmula Regional Europeia foi para a sua 4ª etapa em Hungaroring com Rafael Câmara em amplo domínio da categoria e Pedro Clerot conseguindo cada vez mais destaque. Também no programa na Hungria tivemos mais uma etapa da esvaziada Eurofórmula onde está correndo Fernando Barrichello. Ainda mais longe, em Laguna Seca, Califórnia, nos EUA, Caio Collet disputava uma rodada dupla. Com tanta corrida pra comentar, Ia dar trabalho não fazer um textão. Sorry Editoras.

 

FIA Fórmula 2

Pouco após o treino livre da FIA Fórmula 3 os pilotos da FIA Fórmula 2 tiveram 45 minutos de treino livre para ajustarem os novos carros da categoria para o treino de classificação. Os pilotos já andaram com estes carros na pré-temporada. Assim que os boxes foram abertos os pilotos foram pra pista “tiraram a cera” dos pneus duros, dando uma aquecida no composto e fizeram isso com 2 sets de pneus duros. No final de semana, tivemos os pneus duros e macios para os pilotos encararem um asfalto abrasivo, sendo 3 sets de pneus duros e 2 de pneus macios pra cada piloto.

 

 

No primeiro terço de treino apenas três pilotos foram pra pista, evidentemente poupando pneus. Logo em seguida os pilotos começaram a ir pra pista. A primeira volta rápida de Gabriel Bortoleto foi em 1m28,014s e Enzo Fittipaldi fez 1m27,402s. Esses tempos, evidentemente ainda iam baixar. Gabriel Bortoleto melhorou para 1m27,914s, mas estava a 1s do mais rápido. A segunda volta de Enzo Fittipaldi foi de 1m27,058s e com uma P2 provisória deixava a equipe animada. Com a aproximação do fim do 2º terço do tempo de treino, a maioria dos pilotos retornou aos boxes. Preocupante a condição da Invicta, com Kush Maini na P18 e Gabriel Bortoleto na P19.

 

 

Nos últimos 10-12 minutos os pilotos foram voltando pra pista, com os mesmos pneus. Gabriel Bortoleto saiu, mas retornou aos boxes sem abrir volta rápida. Mesmo quem abriu volta tentando melhorar seus temos com o uso dos pneus que iniciaram os treinos não conseguiram melhorar seus tempos, indicando que os pilotos iam ter um final de semana difícil para o gerenciamento dos pneus com a união de pista abrasiva e temperatura alta. Enzo Fittipaldi terminou na P2 e Gabriel Bortoleto numa preocupante P19.

 

Depois do treino de classificação da FIA Fórmula 3 chegava a hora dos pilotos da FIA Fórmula 2 voltarem à pista para o treino que definiria as posições de largada e com Gabriel Bortoleto sob pressão depois do resultado do treino livre. Depois de várias sessões de treinos bem frustrantes, Enzo Fittipaldi conseguiu uma excelente posição e, aparentemente, ao menos para Barcelona, a Van Amersfoort Racing encontrou o caminho para acertar o carro com o piloto. 

 

 

Aberto os boxes, nem todo mundo saiu logo pra pista. Com todos com pneus macios e 47°C de temperatura do asfalto, fazer o pneu durar a volta toda vai ser um desafio a mais. Enzo Fittipaldi fez a primeira volta em 1m26,404s e Gabriel Bortoleto fez 1m26126s pouco antes de Taylor Barnard bater e provocar uma bandeira vermelha. A volta dos brasileiros foram ruins. 

 

 

Com os boxes reabertos 10 minutos depois, Gabriel Bortoleto foi pra pista, Enzo Fittipaldi, não. Ficou claro que o pneu macio não conseguia ter performance em duas voltas. Com “a metade que faltava” saindo dos boxes. Depois de todos terem dado uma volta rápida, Gabriel Bortoleto era o P16 e Enzo Fittipaldi o P17. Todos estavam nos boxes e saíram para os 9 minutos finais do treino com pneus macios novos, “contrariando o narrador e o comentarista do Bandsports” (Paulo, eu entendo você). A temperatura do asfalto estava abaixo de 45°C. Enzo Fittipaldi fez 1m25,342s, mas foi despencando. Gabriel Bortoleto fez uma grande volta em 1m24,821s. Enzo Fittipaldi, com um péssimo setor 1 ficou apenas na P16, mas a meio segundo do pole. Gabriel Bortoleto foi o P4.

 

Na manhã do sábado, depois do TL2 da F1, os pilotos da FIA Fórmula 2 vieram pra corrida 1 do final de semana. Com a inversão do grid e as punições pós corrida, Gabriel Bortoleto largava na P6 e Enzo Fittipaldi tinha um grande desafio pra chegar nos pontos largando na P16. Após a volta de apresentação os pilotos retornaram ao grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 26 voltas programadas... e todos estavam de pneus duros.

 

 

Gabriel Bortoleto largou bem, ia pegar a P4, levou um toque de Kush Maini, quase rodou, mas depois tomou a P4, mas recuperou no setor 2 ainda na primeira volta. Enzo Fittipaldi largou muito mal, sendo bloqueado na saída da curva 1, e caiu pra P21. No final da primeira volta recuperou pra P20. Os dos carros da invicta foram pra cima de Juan Manuel Correa na abertura da volta 2 e Gabriel Bortoleto assumiu a P4. Enzo Fittipaldi vinha atrás de Roman Stanek e não conseguia chegar perto pra tentar ganhar a posição.

 

 

Depois de 5 voltas, aquela dificuldade de se passar o carro da frente apareceu e nem a asa móvel estava ajudando nas ultrapassagens. Gabriel Bortoleto estava a mais de 1s de Kush Maini e era pressionado por Juan Manuel Correa enquanto Enzo Fittipaldi continuava preso na P20 até conseguir passar por Oliver Bearman, que parecia ter algum problema no carro. Enzo Fittipaldi perdeu o espelho do lado direito, mas isso não atrapalhou ele conseguir toar a P18 de Roman Stanek, que já estava 2,5s atrás de Richard Verschoor. Na metade da corrida.

 

 

Gabriel Bortoleto estava 2s atrás de Kush Maini, possivelmente conservando os pneus para as voltas finais. Enzo Fittipaldi veio se aproximando de Richard Verschoor, mas ia precisar de um milagre para chegar nos 8 primeiros. Ritomo Miyata foi punido por track limits na volta 16 e tomou 5s de punição e com as diferenças atuais, Gabriel Bortoleto estava na P3 e vinha se aproximando de Kush Maini.

 

 

Zane Maloney também foi punido e isso daria a posição pra Enzo Fittipaldi, que já estava colado em Richard Verschoor. Juan Manuel Correa colou em Gabriel Bortoleto na volta 20 e o brasileiro não estava mais encostando em Kush Maini enquanto Ritomo Miyata tomava mais uma punição de 5s por track limits. Gabriel Bortoleto segurava 3 atrás dele: Juan Manuel Correa, Paul Aron e Jak Crawford e estava a 2,5s de Kush Maini com 3 voltas pro fim. Correa passou o brasileiro no miolo e na última volta ele perdeu as posições para Paul Aron e Jak Crawford na última volta. Gabriel Bortoleto ficou com a P5 graças as punições de Ritomo Miyata e Juan Manuel Correa e Enzo Fittipaldi com a P16 pela punição de Zane Maloney.

 

Na manhã do domingo tivemos a corrida longa da etapa em Barcelona e a chance de termos uma condição dramática para os pneus era enorme. O céu nublado e a temperatura mais baixa podia ajudar, mas não era garantia. Gabriel Bortoleto largava na P4 e precisava ter uma bola estratégia para chegar ao pódio. Já Enzo Fittipaldi tinha que fazer uma grande corrida, com uma estratégia não convencional pra tentar marcar pontos.

 

 

Gabriel Bortoleto largava de pneu macio. Kimi Antonelli ficou parado no grid e teria que largar dos boxes e Roman Stanek, que largava dos boxes, ia ter companhia. Após a volta de apresentação e 20 dos 22 voltarem para o grid, apagadas as luzes vermelhas para as 37 voltas programadas, Gabriel Bortoleto largou bem, mantendo a P4. Teve um enrosco gigante na curva 1 com vários carros envolvidos e quem se deu bem nessa foi Enzo Fittipaldi, largando de pneus macios, que ganhou várias posições e era o P11 quando foi acionado o safety car.

 

A relargada veio no início da volta 4 e Gabriel Bortoleto estava sob ataque de Isack Hadjar. Enzo Fittipaldi largou ainda Melhor e ganhou a P10, entrando nos pontos e indo pra cima de Oliver Bearman. Gabriel Bortoleto está a mais de 1s de Franco Colapinto, mas depois de um aperto inicial, ele abriu mais de 1s para Isack Hadjar. Com 7 voltas os pneus duros começavam a funcionar melhor e Isack Radjar perdeu a P5 para Joshua Durksen, que estava de pneus duros. Na abertura da volta 9 Jak Crawford foi o primeiro a ir para os boxes trocar para pneus duros e foi seguido por outros mais atrás, entre eles Enzo Fittipaldi foi para os boxes na volta seguinte, informou estar sem espelhos ajustados e perdeu nos boxes a posição para Zane Maloney.

 

 

Na volta 11 Gabriel Bortoleto foi para os boxes, voltando atrás de Jak Crawford, na teoria, onde estava. As paradas continuaram e entre os que trocaram depois de feitas as paradas de quem estava de pneus macios, Gabriel Bortoleto foi pra cima e superou Franco Colapinto. Taylor Barnard ficou parado na entrada dos boxes e foi acionado o safety car virtual para retirarem seu carro. Bandeira verde e Gabriel Bortoleto era o P3 entre os que pararam. Enzo Fittipaldi era o P8 depois de superar Ritomo Miyata, mas estava sob ataque de Oliver Bearman que também passou o japonês. No fechamento da volta 16 Paul Aron escapou na curva de entrada da reta e perdeu várias posições. Com isso, Gabriel Bortoleto herdou a P9, P2 entre os que pararam. Mais atrás, Miyata recuperou em cima de Bearman e perseguia Enzo Fittipaldi.

 

Na volta 18, novo virtual safety car com Joshua Durksen apagando pra ser retirado. Gabriel Bortoleto era o P8 (P2 dos que pararam) e Enzo Fittipaldi o P14 (P8 dos que pararam). Bandeira verde na volta 20 e Gabriel Bortoleto segurou na moral a posição pra Franco Colapinto que não respeitou a diferença do VSC. Bearman Passou Miyata e caçava Enzo Fittipaldi. Gabriel Bortoleto estava a 3s de Jak Crawford e o argentino estava colado nele.

 

 

Faltando 15 voltas pro fim, Richard Verschoor foi o primeiro a ir para os boxes da galera que largou de pneus duros. Gabriel Bortoleto desistiu da briga com Franco Colapinto e não fez defesa da posição na abertura da volta 24. Enzo Fittipaldi tinha 2,2s sobre Oliver Bearman e foi pro ataque em cima de Zak O’Sullivan e conseguiu ganhar a posição na abertura da volta 27. Paul Aron chegou em Gabriel Bortoleto na volta seguinte e era “briga do pódio”. Na abertura da volta 28 os pilotos que não haviam parado começaram a ir para os boxes. Paul Aron ganhou a posição de Gabriel Bortoleto, que tinha 3s de vantagem para Isack Hadjar, mas o francês vinha mais rápido.

 

 

Abrindo a volta 30, Gabriel Bortoleto era o 4°, mas era claro que estava sem pneus para as voltas finais. Enzo Fittipaldi era o 8°, mas tinha pilotos rápidos de pneus macios chegando nele. Juan Manuel Correa vinha voando de pneus macios e passou Bortoleto e Hadjar, que chegou de vez no brasileiro a 5 voltas do fim. Enzo Fittipaldi tomou 5s de punição por track limits e isso ia tira-lo dos pontos no final da corrida. Na abertura da última volta Bortoleto e Maini bateram rodas e o brasileiro caiu pra P7 onde recebeu a bandeira quadriculada. Enzo Fittipaldi cruzou na P9, mas caiu pra P11 com a punição. Depois da corrida os comissários deram 5s de punição a Bortoleto pelo incidente com Kush Maini, mas isso não tirou a P7 dele. Os brasileiros saem de Barcelona com Bortoleto na P5 com 60 pontos e Fittipaldi na P11, com os 32 pontos de Jeddah. Semana que vem a etapa é na Áustria.

 

Indy NXT

O autódromo de Laguna Seca foi palco de uma rodada dupla da categoria de acesso à Fórmula Indy neste final de semana. Com duas sessões de treinos livres (ambas na sexta-feira), o treino de classificação no sábado assim como a primeira das duas corridas. Desta vez, apesar da saída de Nolan Siegel da HMD Motorsport, Francisco ‘Kiko’ Porto não tomou seu lugar e tivemos apenas Caio Collet como nosso representante na categoria.

 

 

Na sexta-feira, na primeira sessão de treinos livres, o estreante em Laguna Seca, Caio Collet estabeleceu o 5° melhor tempo, com 1m14,020s, ficando a 1,061s do melhor tempo. Já na segunda sessão, melhor adaptado, o nosso representante ficou com a P2, fazendo sua melhor volta em 1m12,571s, 154 milésimos mais lento que o piloto mais rápido da sessão, Louis Foster.

 

 

O treino classificatório teve os pilotos divididos em dois grupos, como é de praxe. Caio Collet estava no grupo 1 e puxou a fila com os 10 integrantes do grupo. Ele estabeleceu o melhor tempo entre os 10 participantes com 1m12,627s. No grupo 2, o mais rápido foi Louis Foster, quase meio segundo mais rápido e que dominou as sessões de treinos. Com isso, o piloto brasileiro iria largar na primeira fila para a corrida não só na primeira corrida como na corrida 2 com suas voltas rápidas.

 

A ESPN transmitiu a corrida 1 no final da tarde aqui no Brasil (perto do meio dia lá na Califórnia onde estava o Sam Briggs, nosso parceiro colunista) Caio Collet ia largar na P2. Após deixarem os pits e fazerem duas voltas atrás do safety car (estava relativamente frio – 16°C) esse deixou a pista e, lado a lado receberam a bandeira verde para as 35 voltas programadas. Caio Collet largou muito bem, pegou o vácuo do pole e atacou por fora na curva 1. Não conseguiu tomar a ponta e foi atacado por Reece Gold, mas conseguiu segurar a P2.

 

 

Caio Collet se estabeleceu bem na P2 e tinha o P3, Jacob Abel, sob controle nas primeiras voltas, mas ia vendo o líder escapando na frente, virando volta rápida em cima de volta rápida. Na volta 6 Reece Gold escapou e bateu na saída da curva 4 e provocou a entrada so safety car. O piloto voltou pra pista, trocou o bico e continuou na corrida. A relargada veio na abertura da volta 10. Caio Collet largou mal, ia perdendo a traseira e com isso o líder fugiu e Jacob Abel veio pro ataque sobre o brasileiro, que conseguiu segurar a posição e logo abriu vantagem.

 

 

Caio Collet foi abrindo bem de Jacob Abel e estava num ritmo mais próximo de Louis Foster, que também abria na frente. Com 15 voltas, a diferença dos 3 primeiros era 3s entre eles. Na volta 22 Rice Aron escapou da pista e por pouco não tivemos uma nova entrada do safety car. As diferenças entre os líderes só aumentava e se Caio Collet tinha 5s para o líder, tinha 7s de vantagem para o P3. As distâncias aumentaram e Caio Collet voltou ao pódio com a P2 na corrida.

 

No domingo a corrida teve a transmissão para o Brasil pelo Star+ e foi preciso algum ... para poder assistir a corrida na tarde do domingo. Caio Collet largava novamente na primeira fila com a P2 e teria 35 voltas para tentar fazer algo diferente e superar Louis Foster para vencer sua primeira corrida na categoria. Após as voltas de aquecimento de pneus atrás do safety car, veio a bandeira verde para as 35 voltas programadas.

 

 

Caio Collet largou bem e chegou a atacar o pole position, Louis Foster, na curva 2, mas não conseguiu tomar a liderança. A partir daí o que vimos na corrida do sábado ia se repetindo na corrida do domingo, com os dois abrindo vantagem para os demais, mas o brasileiro sempre um pouco mais lento que o líder. Caio Collet fez o que podia, mas na volta 10 a desvantagem para Louis Foster chegava a 2,5s e ele tinha quase 10s de vantagem para Reece Gold, o P3.

 

Na volta 15 Callum Hedge rodou e provocou a entrada do safety car, o que agrupou o pelotão e deu uma nova chance para Caio Collet tentar uma manobra sobre o dominador do final de semana. Na relargada, Caio Collet relargou bem o suficiente para manter a P2, mas não para conseguir assumir a liderança. Assim como antes da bandeira amarela, os dois primeiros foram abrindo diferença volta a volta.

 

 

Um outro momento crítico se deu a 8 voltas do final, quando Reece Gold e Jacob Abel se tocaram no saca-rolha. Reece Gold abandonou e Jacob Abel tomou um drive through, mas a direção de prova não colocou o safety car na pista. Com isso, os dois primeiros não foram ameaçados até o final da Corrida. Caio Collet repetiu a P2, 4s atrás do vencedor e com mais de 18s de vantagem sobre Bryce Aron, o P3. Com os resultados do final de semana Caio Collet isolou-se na P3 do campeonato, com 261 pontos. A próxima etapa será em Mid-Ohio.

 

Fórmula Regional Europeia

A Fórmula Regional Europeia foi para a Hungria para a disputa da 4ª etapa com Rafael Câmara dominando a categoria e Pedro Clerot se destacando nas últimas etapas. Na sexta-feira, tivemos dois treinos livres. Pela manhã, Rafael Câmara ficou com a P3, com 1m39,785s e Pedro Clerot com a P4, com 1m39,907s. No treino da tarde os brasileiros continuaram em destaque. Rafael Câmara estabeleceu a P2, com 1m39,984s e Pedro Clerot novamente ficou na P4, com 1m40,123s.

 

 

Na manhã do sábado tivemos o treino de classificação para a corrida do mesmo dia e as condições estavam terríveis, com uma chuva muito pesada e após 1 minuto de carros do grupo A na pista, a direção de prova deu bandeira vermelha. Depois de meia hora e da chuva ter parado, os carros voltaram pra pista, muito molhada e que pode favorecer o grupo B pra definição da pole position. Os dois brasileiros estavam no grupo A, com Rafael Câmara sendo o segundo da fila e Pedro Clerot o terceiro.

 

 

Após duas voltas “sentindo a pista”, os pilotos começaram a acelerar buscando seus melhores tempos. Na primeira tentativa, Rafael Câmara marcou 1m58,746s e Pedro Clerot marcou 1m59,480s. Na segunda passagem rápida Rafael Câmara melhorou para 1m58,430s e Pedro Clerot virou em 1m59,046s, sendo o P3 e P5 respectivamente a 5 minutos do final da sessão. No final, Rafael Câmara fez uma última tentativa e marcou 1m57,755s, ficando com a P3. Pedro Clerot conseguiu 1m58,169s, mas acabou na P7. Quando o grupo B terminou o treino, Tuukka Taponen marcou 1m57,184s e ficou com a pole position, jogando o grupo A pra fila par.

 

 

Depois do treino passamos a ter tempo seco, apesar das nuvens e pista seca, para termos a corrida. Rafael Câmara perdeu a última volta que lhe dava a P6 e foi largar na P8. Pedro Clerot largava apenas na P14. Após a volta de apresentação os pilotos voltaram para as suas posições no grid e, apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta, Rafael Câmara largou mal, mas manteve a linha interna na curva 1, sem sair da pista e evitando confusão. Na sequência das curvas 2 e 3 ele ao menos recuperou a P8.

 

 

Pedro Clerot também não largou bem e foi empurrado pra fora da pista duas vezes ainda na primeira volta, caindo para a P22, mas recuperando parte do prejuízo indo para a P16. A partir da segunda volta as posições estavam mais estabelecidas e Rafael Câmara já foi pra cima, tomando a posição de Enzo Peugeot 3 ganhou a P7 na abertura da volta 3. Na volta seguinte, já se aproximava de Evan Giltaire. Pedro Clerot fechava o pelotão que estava na briga pela P8. Câmara precisava resolver logo a briga pela P6 para não perder tempo. Pedro Clerot estava em cima de Matteo de Palo, mas passar em Hungaroring sempre foi complicado.

 

 

Rafael Câmara perdia tempo e contato com o pelotão da frente, sem conseguir superar Evan Giltaire. Pedro Clerot continuava atrás de Matteo de Palo e os ataques por posição vinha se mostrando ineficazes, mas na abertura da volta 10, depois de fazer a aproximação correta, Rafael Câmara tomou a P6. Agora tinha 1,5s pra buscar Alessandro Giusti. Noah Stromsted foi para os boxes e Pedro Clerot subiu pra P15 a 10 minutos do fim da corrida. Em 2 voltas Rafael Câmara chegou na briga pela P4, de Enzo Deligny e Alessandro Giusti.

 

 

Pedro Clerot atacou Matteo de Palo e foi empurrado pra fora da pista pelo italiano na abertura da volta 13, Rafael Câmara chegou em Alessandro Giusti, mas o ataque estava mais complicado. Só nas 3 voltas finais foi que ele colou. Quando Zachary David e Brando Badoer foram brigando até a área de escape da chicane, a briga juntou 5 carros e Rafael Câmara teve sangue frio pra ganhar duas posições e assumir a P4.

 

 

Pedro Clerot ganhou mais uma posição com a queda de Nicola Lacorte, mas forçou tudo e se tocou com Matteo de Palo, fazendo o italiano rodar na abertura da penúltima volta. Rafael Câmara ainda chegou em Bando Badoer na última volta, mas não conseguiu na pista a posição no pódio. Pedro Clerot terminou na P16. A P3 veio com a punição à Zachary David sobre Brando Badoer.

 

Na manhã do domingo tivemos o treino classificatório para a corrida daquele dia, que seria disputada 6 horas depois. Desta vez o grupo B foi o primeiro a ir pra pista e o piloto mais rápido foi Tuukka Taponen, com sua volta em 1m39,620s. Em seguida vieram os pilotos do grupo A, onde estavam Rafael Câmara e Pedro Clerot, ambos bem conscientes que precisavam ficar entre os mais rápidos pela dificuldade em se ultrapassar em Hugaroring.

 

 

Com a pista seca os pilotos cumpriram o que estamos acostumados a ver, com as primeiras voltas pra condicionar os pneus e nos 8 minutos finais, darem 2 ou 3 voltas rápidas. Na primeira passagem, Rafael Câmara marcou a P1 Parcial com 1m40,046s e Pedro Clerot virou 1m40,466s, com a P6 provisória. Na segunda tentativa Pedro Clerot melhorou para 1m40,206s e Rafael Câmara conseguiu 1m39,939s. Havia tempo para mais uma volta e Rafael Câmara melhorou para 1m39,676s, mas não o suficiente pra ficas com a pole position. Pedro Clerot ficou com a P4, com 1m39,940s.

 

 

Com sol entre nuvens os pilotos voltaram à pista para a segunda corrida do final de semana com Rafael Câmara largando na P2, na primeira fila e Pedro Clerot, na P8, na 4ª fila. Depois da volta de apresentação eles se reposicionaram no grid e, apagadas as luzes vermelhas para os 30 minutos +1 volta, Rafael Câmara foi bloqueado por Tuukka Taponen, depois empurrado pra fora da pista na curva 1 e assim caiu pra P3, superado por Ugo Ugochukwu. Pedro Clerot segurou a P8 na moral.

 

 

Depois de limpar os pneus Rafael Câmara encostou em em Ugo Ugochukwu enquanto Pedro Clerot atacava Alessandro Giusti pela P7. Após 3 voltas a corrida tinha virado a procissão de sempre de Hungaroring, com todos em ritmo semelhante. Os 4 primeiros trocavam centésimos, mas nada de ataques no primeiro terço de corrida, o mesmo com os 4 seguintes. Pedro Clerot foi perdendo contato com Alessandro Giusti e vendo Matteo de Palo se aproximando com metade da corrida completada. Ele apertou o ritmo e colou novamente no italiano. Entre os 4 primeiros, nada mudava. Todos pareciam estar poupando os 5 “push-to-pass” para as voltas finais.

 

 

O acidente entre Nicolas Lacorte e Marta Garcia na curva 2 provocou a entrada do safety car, agrupando o pelotão. A relargada veio com menos de 3 minutos para o fim o que daria duas ou 3 voltas insanas. Na relargada Rafael Câmara foi pra cima de Ugo Ugochukwu, bateu rodas com ele e tomou a P2, trazendo Brando Badoer com ele. Melhor para Tuukka Taponen, que fugiu do pelotão. Pedro Clerot manteve sua P8. Rafael Câmara foi buscar Tuukka Taponen, mas não teve tempo suficiente para chegar e atacar o finlandês, mas ficou na P2.

 

 

Pedro Clerot foi o P8. Após a corrida, na mão grande, puniram Rafael Câmara pela manobra onde ganhou a P2 e foi derrubado pra P6. Sem comparação com o que fez Zachary David sobre Brando Badoer no sábado. Rafael Câmara continua líder do campeonato, com 159 pontos e Pedro Clerot é o P10, com 34 pontos. Próxima etapa: Mugello, 13 e 14 de julho.

 

FIA Fórmula Academy

A Fórmula Academy teve o seu treino de classificação logo após o treino livre 2 da Fórmula 1. Com 30 minutos de duração, as 15 pilotos foram para a pista sem perder tempo e no caso da categoria, apenas pneus médios foram disponibilizados. No primeiro terço do treino Aurelia Nobels tinha apenas a P4, com 1s241 de perda para a pole position. A brasileira melhorou seu tempo de volta para 1m42,937s, subindo para a P12.

 

 

Com 16 minutos de treino, assim como costuma acontecer nas outras categorias, as pilotos voltaram aos boxes para conversar com os engenheiros e colocar um novo jogo de pneus. Elas voltaram pra pista e a brasileira foi uma das últimas a retornar. Os tempos foram baixando e mesmo melhorando seu tempo de volta para 1m42,755s, Aurelia Nobels terminou a sessão na P15.

 

No sábado tivemos a corrida 1 logo após o treino que definiu o grid da F1. Aurelia Nobels largava da última fila e tinha uma missão difícil, pois a categoria não tem push-to-pass nem asa móvel. Após a volta de apresentação as pilotos voltaram para o grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 16 voltas programadas, a brasileira largou bem, mas a batida de Maya Weug e Amna Al Qubaisi provocou a entrada do safety car com as dias na caixa de brita da curva 4. A brasileira perdeu a posição que ganhou na pra evitar bater também.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 7 e Aurelia Nobels tinha Doriane Pin, que quase deixou o carro morrer na largada e Carrie Schreiner. A brasileira não conseguiu atacar nas primeiras curvas e foi perdendo contato com quem ia à sua frente, mas a briga de 6 à sua frente permitiu sua reaproximação ao pelotão liderado por Tina Hausmann, a P8. Até o final da corrida Aurelia Nobels não conseguiu atacar Carrie Schreiner e terminou a prova na P13.

 

Na manhã do domingo em Barcelona tivemos a segunda corrida da Fórmula Academy. O grid foi definido com a colocação na corrida 1 e Aurelia Nobels focou com a P13. Após a volta de apresentação as pilotos trouxeram os carros para o grid e, apagadas as luzes vermelhas, largaram para as 16 voltas programadas. Aurelia Nobels largou bem e manteve sua posição nas primeiras curvas e no fechamento da primeira volta.

 

 

Sem asa móvel ou “push-to-pass”, a corrida foi se arrastando volta a volta sem ataques efetivos até Doriane Pin ganhar a P5 de Bianca Bustamante. Mais atrás, Aurelia Nobels atacava Carrie Schreiner pela P12, mas acabou superada por Amna Al Qubaisi na volta 9. Na antepenúltima volta a brasileira foi superada por Maya Weug, mas na volta seguinte, superou Jessica Edgar, terminou a corrida na P14. No campeonato, as pilotos deixaram a Espanha com Aurélia Nobels na P15 do campeonato, com 6 pontos.

 

Eurofórmula

A categoria foi para sua 4ª etapa em Hugaroring no programa da GT Open e a Fórmula Regional Europeia. O grid esvaziado voltou a ter apenas 6 carros alinhados no final de semana. Fernando Barrichello conseguiu um progresso em relação as corridas anteriores. No sábado, o brasileiro terminou a corrida 1 na 4ª posição. Na corrida 2, no domingo ele terminou na P5. Na terceira corrida da etapa, conseguiu terminar na 3ª posição e subir ao pódio pela primeira vez no ano.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.


Last Updated ( Sunday, 23 June 2024 23:08 )