Especiais

Classificados

Administração

Patrocinadores

 Visitem os Patrocinadores
dos Nobres do Grid
Seja um Patrocinador
dos Nobres do Grid
Rafael Câmara vence as duas em SPA. Bortoleto faz pódio em Mônaco e Giaffone nos EUA PDF Print E-mail
Written by Administrator   
Sunday, 26 May 2024 22:47

Alô galera que lê os Nobres do Grid... Salve Jorge!

 

Nesse final de semana dos grandes eventos do automobilismo mundial, com o GP de Mônaco na Fórmula 1 e as 500 Milhas de Indianápolis na Fórmula Indy, teremos brasileiros na pista tanto na Europa como nos Estados Unidos.

 

No Road to Indy, os brasileiros que disputam a USF2000 – Nicolas Giaffone e Lucas Fecury – vão encarar a Freedom 75, disputada no Lucas Oil Raceway. Nicholas Monteiro tem no mesmo circuito, o único oval da temporada, corre a Freedom 90. Nas ruas do Principado de Mônaco, Gabriel Bortoleto e Enzo Fittipaldi teriam a 5ª etapa da temporada na FIA Fórmula 2 e os pilotos da Fórmula Regional Europeia, Rafael Câmara e Pedro Clerot, iam ter pela frente o desafiador circuito de Spa Francorchamps, 2ª etapa do campeonato. A Eurofórmula também fará parte da programação na Bélgica, categoria onde corre Fernando Barrichello. A coluna ficou monstra, perdão editoras, mas vale a pena ler cada linha!

 

FIA Fórmula 2

As corridas em Mônaco tem suas particularidades. Espremida entre o mar e a montanha, a concentração urbana não pode dar espaço exclusivo para a competição e os horários de fechamento da “pista” para os carros de corrida. Com isso, o treino livre aconteceu na quinta-feira e com a pista molhada. Os pilotos foram pra pista com pneus de chuva pesada e ainda no início Enzo Fittipaldi escorregou na Lowes e tocou de leve na barreira de proteção. Aparentemente o carro não foi danificado, nem com o toque levado por Rafael Villagomez com a ponta da asa.

 

 

A condição de pista deixava os tempos de volta no campo da relatividade e nesse primeiro terço de prova os mais rápidos viravam na casa de 1m40s. Depois do toque na barreira, Enzo Fittipaldi voltou para os boxes. Gabriel Bortoleto ainda tinha 1m45,515s. Na segunda passagem ele virou em 1m44,935s enquanto Enzo Fittipaldi voltava pra pista... e escapava na Saint Devote! Com os tempos baixando de 1m40s no segundo terço do treino até que veio a primeira bandeira vermelha, com Franco Colapinto pregado na La Racasse.

 

 

Depois de 7 minutos tivemos a volta da bandeira verde e o trilho que tinha começado a se formar desapareceu. Faltando 20 minutos para o final do treino, seria difícil alguém chegar nos 1m39,237s de Victor Marins. Enzo Fittipaldi, nessa condição de pista, marcou 1m49,188s. nos 10 minutos finais a chuva aumentou e continuar na pista foi ficando improdutivo. Os mais rápidos recolheram os carros enquanto outros foram seguindo os primeiros e a 6 minutos do fim, 3 carros estavam na pista. Logo todos recolheram, mas antes mesmo do tempo terminar, os pilotos voltaram pra pista para fazer o treino de largada que é permitido.

 

Na tarde da sexta-feira os pilotos voltaram à pista para a sessão de classificação que seria dividida em dois grupos, como costuma fazer a Fórmula Regional Europeia. Os pilotos foram divididos em dois grupos: o grupo B com numeração ímpar e o grupo A com os carros de numeração par. Com isso, Gabriel Bortoleto (10) e Enzo Fittipaldi (14) ficaram no mesmo grupo. Cada grupo tendo 16 minutos de tempo para que os pilotos marcassem suas voltas rápidas. Os tempos dos primeiros colocados de cada grupo definiria a linha onde os demais classificados do grupo ficariam, se na interna ou na externa.

 

 

O primeiro grupo a ir para pista foi o dos carros de numeração par e era praticamente metade do tempo de treino que eles estão acostumados. Depois de duas voltas de aquecimento começaram a vir as voltas rápidas e Gabriel Bortoleto fez uma volta em 1m33,582s e na volta seguinte marcou 1m24,365s. Enzo Fittipaldi em sua primeira volta rápida virou em 1m24,538s. Os dois brasileiros precisavam melhorar muito, eram o P6 e o P7 na metade do treino.

 

Ainda com o mesmo jogo de pneus, Gabriel Bortoleto marcou 1m22,619s e com uma bandeira amarela no setor 2, Enzo Fittipaldi ficou com com a volta prejudicada, mas na volta seguinte, conseguiu uma volta em 1m22,556s. Gabriel Bortoleto fez uma grande volta em 1m21,670s. Ainda havia tempo para mais uma tentativa e Enzo Fittipaldi foi atrapalhado por uma bandeira amarela.

 

 

Apesar de ter sido atrapalhado, Enzo Fittipaldi conseguiu abrir uma volta nos segundos finais. Gabriel Bortoleto abriu sua última volta um pouco antes, mas não melhorou na última tentativa e Enzo Fittipaldi, mesmo melhorando e conseguindo uma volta em 1m21,723s, acabou superado por Franco Colapinto e Kimi Antonelli. Encerrado o treino, Gabriel Bortoleto ficou com a P5 e Enzo Fittipaldi com a P6 no grupo. A P1 ficou com Richard Verschoor com 1m21,283s. No grupo B o mais rápido foi Victor Martins, com 1m21,310s. Assim, Gabriel Bortoleto ficou com a P9 e Enzo Fittipaldi com a P11.

 

Depois do treino livre 3 da Fórmula 1 os pilotos da FIA Fórmula 2 foram à pista para a corrida sprint. Apesar das punições para Oliver Bearman, Juan Manuel Correa e Kush Maini, isso não mudou as posições de Gabriel Bortoleto e Enzo Fittipaldi. O sol apareceu para o início da corrida e com a inversão do grid, Gabriel Bortoleto largava da P2 enquanto Enzo Fittipaldi amargava a P11. Todos os pilotos estavam com pneus macios para encarar as 30 voltas programadas.

 

 

Após a volta de apresentação os pilotos se reposicionaram no grid e, apagadas as luzes vermelhas, Gabriel Bortoleto largou bem, mas Taylor Barnard conseguiu segurar a ponta. Enzo Fittipaldi largou bem e se aproveitou da batida de Victor Martins e pulou para a P9. O safety car veio para a pista com o carro do francês sendo retirado pela grua. A relargada veio na abertura da volta 3, com a procissão seguindo seu rumo.

 

Dennis Hauger vinha pressionando Gabriel Bortoleto, mas já deu uma raspada em um guard rail. O DRS foi liberado na abertura da volta 4, mas a falta de retas em Mônaco era um problema sem solução. Na volta 5 Josep Maria Marti bateu forte na saída dos esses da piscina e o safety car voltou para a pista. A relargada veio na abertura da volta 9... e segue a procissão, com os brasileiros mantendo suas posições.

 

 

Os 4 primeiros abriram vantagem para Franco Colapinto e vinham juntos. Ficou um pedaço de carro na pista no setor 3 e o diretor de provas colocou o virtual safety car. Retirado os pedaços dos carros de Joshua Durksen e Richard Verschoor,  voltamos a ter bandeira verde. Enzo Fittipaldi colou em Isack Hadjar, que perdeu terreno para Paul Aron e não tinha mais DRS. Gabriel Bortoleto conseguiu abrir mais de 1s de Dennis Hauger, mas não conseguia fazer mais do que seguir o líder da corrida.

 

Na volta 14 Dennis Hauger se recuperou encostou novamente em Gabriel Bortoleto e deixou Kimi Antonelli pra trás, mas esta parecia ser uma estratégia de afastar, refrigerar o carro e os pneus para voltar a atacar. Enzo Fittipaldi fazia o mesmo “encosta e afasta” em relação a Isack Hadjar. Assim como Gabriel Bortoleto para Taylor Barnard. Gabriel Bortoleto errou na freada da descida do túnel e passou reto na chicane na volta 19. Com isso a diferença subiu para 2,5s.

 

 

Enzo Fittipaldi vinha preso por Isack Hadjar, que segurava um pelotão com 6 carros atrás dele. Gabriel Bortoleto furou a chicane pela segunda vez na volta 21 e Dennis Hauger colou de vez. Kush Maini bateu e fez Zane Maloney, que tinha batido em Zak O’Sullivan na La Rascasse. Com a pista bloqueada, a direção de prova deu bandeira vermelha com 6 voltas para o final da corrida. Vários pilotos colocaram os pneus supermacios. A direção de prova avisou que a largada seria atrás do safety car.

 

Gabriel Bortoleto colocou os pneus supermacios que usou no treino de classificação, assim como Enzo Fittipaldi. Antes da saída para a pista, a equipe voltou com os pneus macios para Gabriel Bortoleto. Enzo Fittipaldi ficou com os supermacios. Os 3 primeiros estavam com pneus macios. Apenas uma volta atrás do safety car e tivemos a relargada lançada. Gabriel Bortoleto foi na segurança enquanto Enzo Fittipaldi colou em Isack Hadjar. Taylor Barnard abriu vantagem. Isack Hadjar furou a chicane com a pressão de Enzo Fittipaldi, mas nada mudou e Gabriel Bortoleto foi para o pódio com a P2. Enzo Fittipaldi ficou com a P9, fora dos pontos.

 

 

A corrida longa do domingo em Mônaco teria uma condição muito difícil para os pilotos brasileiros. Gabriel Bortoleto largava na P9 e Enzo Fittipaldi na P11. Com as paradas de box para troca de pneus obrigatórias e a possibilidade de se fazer algo diferente nas estratégias, com grandes possibilidades de entradas (mais de uma) do safety car, essa poderia ser a chance dos pilotos brasileiros conseguirem avançar na classificação durante a corrida.

 

Os dois brasileiros largaram de pneus supermacios, mas muitos dos pilotos da frente estavam de pneus macios. Depois da volta de apresentação os pilotos voltaram para as suas posições no grid e, apagadas as luzes vermelhas para as 42 voltas, Victor Martins largou mal e todo mundo passou por ele. Com isso, Gabriel Bortoleto e Enzo Fittipaldi ganharam uma posição, mas o herdeiro dos Fittipaldi foi pra cima de Bortoleto na subida para o Cassino. Quando todo mundo ”quase parou” pra fazer a Lowes, Gabriel Bortoleto contornou por fora e surpreendeu Dennis Hauger para ganhar a P8. Os dois brasileiros, que largaram com pneus supermacios, diferente da maioria dos carros à frente de ambos.

 

 

Começou então o trenzinho até a parada de Josep Maria Marti foi o primeiro dos que estavam de supermacios a ir para os boxes e voltou virando rápido. Enzo Fittipaldi parou na volta 16 e a equipe se atrapalhou na troca de pneus, o que custou para o brasileiro a posição para Marti. Gabriel Bortoleto continuou na pista até a volta 19 e quando saiu estava à frente de Oliver Bearman, mas o inglês tinha os pneus quentes e não deu pra segurar. Pelo menos não perdeu a posição para Josep Maria Marti.

 

 

Os outros pilotos que estavam de supermacios continuaram parando e na volta 22 começaram a parar os pilotos da frente e Enzo Fittipaldi foi superado por Zane Maloney. O pole position, Richard Verschoor teve problemas e foi perdendo posições. Gabriel Bortoleto passou por ele na volta 26 e com a ida de Verschoor para os boxes na volta 27, Enzo Fittipaldi também ganhou uma posição.

 

 

Na volta 30 os seis primeiros ainda não haviam parado e a projeção era ter os dois brasileiros na zona de pontos, mas Juan Manuel Correa voltou na frente de quem tinha parado antes. O mesmo para Dennis Hauger. Com isso a vantagem não veio e os brasileiros que “estavam nos pontos” já não estavam mais na volta 34. Gabriel Bortoleto vinha em cima de Kimi Antonelli, que passou a corrida inteira colado em Franco Colapinto. Enzo Fittipaldi passou por Josep Maria Marti que estava ficando sem pneus.

 

 

Faltando 5 voltas para o final, faltavam parar apenas os 3 primeiros. Franco Colapinto segurou o que podia, mas quando perdeu, tomou de Antonelli, Bortoleto e Maloney. Com as paradas de Victor Martins e Joshua Durksen, ambos voltaram atrás de Gabriel Bortoleto, mas o paraguaio Durksen bateu em Zane Maloney quando saiu dos boxes e saiu na curava do cassino na volta 40. Foi colocado safety car virtual no momento que Zak O’Sullivan entrou para a parada... e voltar na frente de todo mundo! Gabriel Bortoleto terminou na P8 e poderia ter ido mais pra frente se parasse junto com Oliver Bearman, o P4. Enzo Fittipaldi foi o P12. Gabriel Bortoleto sai de Mônaco com 50 pontos na P5 no campeonato. Enzo Fittipaldi mais uma vez zerou e continuou com seus 32 pontos, na P10. A próxima corrida será em 4 semanas, em Barcelona.

 

Fórmula Regional Europeia

O Campeonato Europeu Regional de Fórmula by Alpine regressou à ação no icônico circuito de Spa Francorchamps. A pista, situada na floresta das Ardenas, acolheu o Teste Coletivo Pré-Evento, uma sessão de seis horas na quinta-feira, com Rafael Câmara marcando o melhor tempo, na parte da manhã, com 2m12,741s. Pedro Clerot terminou o dia com a P22, conseguindo uma volta em 2m17,428s. A Sessão seguinte foi cancelada devido ao mau tempo.

 

 

O treino de classificação para a corrida 1 estava programado para o final da manhã do sábado. O céu estava nublado, fazia frio e a pista, apesar de não tão molhada, os pilotos foram para a sessão com pneus de chuva. Como de costume, estavam divididos em dois grupos e teriam 15 minutos para estabelecer seus tempos e definirem o grid. Rafael Câmara estava no grupo A, o primeiro a ir pra pista e Pedro Clerot estava no grupo B.

 

 

Os tempos de volta começaram a vir nos 8 minutos finais do treino e os pilotos prepararam os pneus e testaram os limites (Rafael Câmara deu uma escapada na Blanchemont, mas conseguiu voltar pra pista, só que “perdeu” a volta). A primeira volta rápida do brasileiro foi em 2m31,997s, atrapalhado na chicane ‘Bus Stop’. O brasileiro continuou acelerando forte e na volta seguinte marcou 2m30,228s, conseguindo a P2 provisória. Ainda havia tempo para mais uma volta e com um trilho se formando em alguns trechos, os tempos tendiam a baixar, mas Rafael Câmara não conseguiu melhorar sua volta e caiu para a P3 no grupo, o que o colocaria na 3ª fila.

 

 

Logo em seguida os pilotos do grupo B vieram para a pista e foram favorecidos pela melhora das condições meteorológicas e a formação de um trilho em grande parte da volta. Os pilotos saíram pra pista e entre eles, Pedro Clerot, que venceu em Spa Francorchamps pela FIA Fórmula 4 Espanha. Depois de condicionarem os pneus e testarem seus limites, nos 8 minutos finais os tempos começaram a vir.

 

 

Em sua primeira volta rápida, Pedro Clerot marcou um tempo de 2m30,268s, mas os tempos certamente iriam cair. A transmissão estava com dificuldades para colocar os tempos de volta dos pilotos na pista, mas o brasileiro tinha a P2 provisória depois das primeiras voltas do grupo com 6 minutos para o final. Na sua segunda volta rápida o brasileiro conseguiu voltar para a P1 do grupo com 1m27,723s. Os tempos podiam cair mais, mas na saída da Radillon, James Wharton bateu forte e provocou uma bandeira vermelha com 4m15s para o final do treino.

 

 

Quando os boxes foram reabertos todos foram para a pista. Haveria tempo para todos tentarem mais uma volta rápida e tentarem tirar o piloto brasileiro da pole position para a corrida que aconteceria algumas horas depois. Eles teriam apenas uma volta para aquecer os pneus e uma volta para um “tudo ou nada”. Os tempos estavam caindo forte e Pedro Clerot mesmo melhorando seu tempo de volta para 1m23,760s, caiu para a P6 no grupo, ficando na 6ª fila.

 

Cerca de 5 horas depois, um sol entre nuvens fazia a temperatura – do ar e do asfalto – subirem quando pilotos voltaram à pista para a primeira das duas corridas do final de semana. Rafael Câmara largava na P6 e Pedro Clerot na P11. Os principais adversários de Rafael Câmara na disputa pelo título largavam atrás dele, mas com muitas corridas pela frente (18 com esta), quanto mais pontos de vantagem abrir, melhor. Pedro Clerot precisava avançar para conquistar mais pontos.

 

 

Giovanni Maschio saiu lento da Radillon na volta de apresentação e aquecimento de pneus. Os pilotos voltaram às suas posições no grid e, com o carro de Maschio parado no meio da pista, a largada foi adiada. Após a retirada do carro de Giovanni Maschio os pilotos foram para uma nova volta de apresentação e a corrida foi reduzida para 24 minutos +1 volta de corrida. Depois de retornarem às suas posições no grid, com tudo em ordem, as luzes vermelhas foram apagadas e foi dada a largada.

 

 

Rafael Câmara largou bem, buscou a linha de dentro, mas continuou na P6 até a chegada na Les Combes, chicane que vários pilotos não conseguiram contornar e com isso ele subiu para a P4 Pedro Clerot largou mal, ficou encaixotado no pelotão da confusão e caiu para a P16. Pedro Clerot teve o carro avariado e caiu para a última posição, tendo uma grande perda de distância para o pelotão enquanto Rafael Câmara atacava e tomava a P3 de Noah Stromsted na saída da Bus Stop, mas levou o troco na Source. Pedro Clerot foi para os boxes.

 

 

Na volta 2 Stromsted conseguiu segurar o ataque do brasileiro na freada da Les Combes veio se defendendo por toda a volta. Os 4 primeiros abriram da briga pela P5, mas a ação defensiva de Noah Stromsted estava afastando os dois da briga pela ponta e permitindo que os carros do pelotão que os seguis chegasse mais perto. Rafael Câmara tentou um mergulho na Rivage e por pouco não perdeu o bico do carro, saiu mal da curva e descolou dos 3 primeiros, permitindo a chegada de Enzo Peugeot. Pedro Clerot voltou pra pista, mas com uma volta de atraso, mas abandonou a corrida em seguida.

 

 

A impressão era que o carro de Rafael Câmara tinha um acerto melhor para as curvas de alta do que para ter velocidade de reta. Ele se recuperou, encostou na briga do pelotão da frente e na volta 5, Noah Stromsted e ele superaram Zachary David, mas este bateu rodas com o brasileiro, jogando-o pra fora da pista na Les Combes. Ainda assim, Rafael Câmara ganhou a P3. A briga pela ponta ficou entre os 3 primeiros. Rafael Câmara chegou novamente em Noah Stromsted e entrou na volta 8 colado no P2, mas foi o dinamarquês quem avançou para a ponta.

 

 

Com mais de 6 minutos de corrida até o final, Rafael Câmara precisava passar por Roman Bilinski rapidamente, pois Noah Stromsted estava abrindo vantagem. Rafael Câmara atacou e ganhou a posição na freada da Bus Stop, e manteve o polonês longe dele por toda a reta até a Les Combes. O brasileiro buscou chegar no líder nos minutos finais. Ele chegou, colocou de lado e tomou a ponta na reta antes da Les Combes na penúltima volta. Na volta final, o brasileiro segurou a vantagem, mas na Bus Stop ele quase levou o troco. Vitória gigante de Rafael Câmara.

 

 

No final da manhã do domingo, os pilotos da Fórmula Regional Europeia voltaram à pista para o treino de classificação da corrida 2. Desta vez o tínhamos pista seca, sol, mas a temperatura não estava muito alta, com 18°C no asfalto. Desta vez o grupo B foi o primeiro a ir para a pista e nele estava Pedro Clerot, que tinha 15 minutos para buscar uma boa posição de largada e apagar a corrida do dia anterior.

 

 

Ninguém queria dar vácuo pra ninguém e todos vinham agrupados nos minutos de aquecimento de pneus. Pedro Clerot se afastou na frente e virou sua primeira volta rápida em 2m17,213s, mas a turma do vácuo foi mais rápida e o brasileiro tinha a P9 provisória. Na sua segunda passagem, Pedro Clerot melhorou seu tempo, para 2m16,348s, mas os outros também melhoraram e ele continuava na P9. Depois de se preparar mais uma vez, na terceira tentativa o brasileiro insistiu em puxar a fila e caiu pra P10 do grupo, sem melhorar sua volta.

 

Na sequência veio o grupo A, com Rafael Câmara, e o tempo a ser batido era 2m15,162s, de James Wharton. O brasileiro saiu para a pista no meio do pelotão. Depois de condicionarem bem os pneus, foram para as voltas rápidas e na sua primeira passagem, Rafael Câmara marcou 2m15,125s e continuava virando rápido. Mesmo sendo atrapalhado por dois carros mais lentos nas curvas em descida depois da Les Combes, marcou 2m14,254s,

 

 

O tempo do líder do campeonato era algo fora do comum. Foi 7 décimos mais rápido que Tuukka Taponen, o P2 do grupo e na preparação para a última tentativa tivemos um verdadeiro “engarrafamento” onde ninguém queria sair na frente para abrir a volta. O brasileiro se posicionou bem, mas acabou atrapalhado pelo tráfego pesado. A vantagem era tão grande que ele abortou a última tentativa e ficou 6 décimos à frente de Tuukka Taponen.

 

Cinco horas depois os pilotos retornaram à pista para a segunda corrida do final de semana. Como é comum na região das Ardenas, o céu tinha mais nuvens do que na hora do treino de classificação. Rafael Câmara largava na pole position enquanto Pedro Clerot teria que fazer uma grande corrida de recuperação saindo da P20 na 10ª fila para os 30 minutos de corrida +1 volta programados.

 

 

Após a volta de apresentação os pilotos voltaram para suas posições no grid e, apagadas as luzes vermelhas, Rafael Câmara largou largou muito bem, contornou a Source na frente, mas antes da Eau Rouge, James Wharton superou o brasileiro, só que isso deu a reta depois da Radillon para Rafael Câmara pegar o vácuo e recuperar a ponta. Só que Tuukka Taponen pegou o vácuo dos dois carros da Prema e entrou na Les Combes por fora, ao lado do brasileiro e assumiu a P1. Pedro Clerot também largou bem e ganhou duas posições no primeiro setor do circuito, no segundo setor o brasileiro ganhou mais duas posições e fechou a primeira volta na P16.

 

 

Na segunda volta, já deixando James Wharton para trás, Rafael Câmara pegou o vácuo na reta e entrou lado a lado com Tuukka Taponen na Les Combes, mas não efetivou a ultrapassagem. Os dois já tinham 1,3s de vantagem sobre seus perseguidores. James Wharton estava na defensiva pra manter a P3 e com isso os dois primeiros abriram uma boa diferença. Pedro Clerot superou Marta Garcia e assumiu a P15. Na volta 4 Rafael Câmara entrou colado em Tuukka Taponen na reta dos boxes e na saída da Radillon ele já colocou de lado e tomou a ponta. Roman Bilinski escapou pra grama, voltou rodando ora pista e felizmente não tivemos um grande acidente. Pedro Clerot teve um novo problema e precisou ir aos boxes, caindo para a P31. 

 

 

Rafael Câmara conseguiu abrir em uma volta uma vantagem segura para continuar na liderança. A corrida de Pedro Clerot estava complicada, mas uma batida forte de Nandhavud Bhirombhakdi (vou chamar esse cara de Nand Bhiro a partir de agora) com Romain Andrioro e o safety car veio pra pista, agrupando o pelotão, o que era ruim para Rafael Câmara e bom para Pedro Clerot, agora o P29. A relargada veio na volta 7 e Rafael Câmara não deu chances para Tuukka Taponen e abriu vantagem enquanto Noah Stromsted tomava a P2. Pedro Clerot ganhou duas posições no primeiro setor e fechou a volta na P27.

 

 

Fazendo volta mais rápida em cima de volta mais rápida, Rafael Câmara foi abrindo vantagem na liderança. Pedro Clerot ganhou mais uma posição na antepenúltima volta. Rafael Câmara mostrou estar com todas as condições de conquistar o campeonato deste ano e dominou completamente a etapa de Spa Francorchamps. Pedro Clerot ainda ganhou mais uma posição, terminando na P25. Rafael Câmara ampliou a vantagem no campeonato, tendo agora 93 pontos (60 a mais que o P2). Pedro Clerot era o P16, com 8 pontos. A próxima etapa será em Zandvoort, daqui há duas semanas.

 

 

PRO 2000

Cerca de 10 km distante do Indianápolis Motor Speedway, o Indianápolis Race Park, oval de 0,686 milha (1.104 metros) é palco todos os anos da Freedom 90, corrida de 90 milhas para os pilotos da categoria, que tem treinos livres na quarta e quinta-feira, dia em que é feita a prova de classificação, com os pilotos saindo um a um, e em duas voltas lançadas aceleram para marcar a melhor média de velocidade e definir o grid.

 

Os treinos livres começaram na quarta-feira, com Nicholas Monteiro fazendo o 13º tempo, 560 milésimos mais lento que o piloto mais rápido. Na segunda sessão do dia, houve uma piora. Além de ter ficado na P16, ficou a 867 milésimos do mais rápido. Na quinta-feira, no terceiro treino livre o brasileiro melhorou. Além da P11, a diferença para o mais rápido caiu para 535 milésimos. No último treino livre, além da P11, o tempo era de 570 milésimos. No treino de classificação, com suas duas voltas lançadas, Nicholas Monteiro não foi além da P14.

 

 

A categoria disponibilizou o link para assistirmos as corridas da PRO2000 e da USF 2000 a partir das 21:15 horas, horário do Brasil, mas caiu uma chuva e como em oval não tem corrida com chuva, as corridas foram adiadas para o sábado no final da manhã. Na manhã do sábado, apesar do céu carregado com nuvens pesadas, tivemos as corridas adiadas da sexta-feira e após a corrida da USF 2000, os pilotos da PRO2000 vieram para a pista.

 

 

Após duas voltas para aquecimento de pneus atrás do safety car foi dada a largada para as 90 voltas. Nicholas Monteiro perdeu duas posições e caiu para a P16. Com 8 voltas de corrida o piloto brasileiro brigava para manter sua posição, atacado por Nicolas Baptiste e acabou sendo superado, caindo para a P17, mas manteve-se perto e tentava recuperar a posição, tendo uma boa vantagem para Tyle Durst. Com 20 voltas disputadas Nicholas Monteiro já não conseguia estar tão perto de Nicolas Baptiste.

 

 

Na volta 22 os líderes chegaram para colocar voltas de vantagem sobre os últimos colocados e na volta 25 Braden Eves colocou uma volta sobre Nicholas Monteiro. Na volta 33 Francesco Pizzi foi para os pits e Nicholas Monteiro herdou a P16. Com metade da corrida em bandeira verde, Nicholas Monteiro continuava na P16, tentando alcançar Christian Brooks. Na volta 47 tivemos uma panca no muro e dois carros no meio da pista. Ethan Ho e Nikita Johnson ficaram na curva 3 e o safety car veio pra pista. Com isso Nicholas Monteiro subiu para a P14.

 

 

Após o trabalho de retirada dos carros e limpeza da pista, a bandeira verde foi agitada na abertura da volta 57 e Nicholas Monteiro foi para a P13 com a parada nos pits de Simon Sikes durante a bandeira amarela. Faltando 20 voltas para o final Nicholas Monteiro brigava pela P11 com Liam Sceats e Christian Brooks, ambos à sua frente. Faltando 10 voltas, Ricardo Escotto foi para os pits e Nicholas Monteiro subiu pra P12. Ele atacava Christian Brooks, mas não conseguia passá-lo. O brasileiro tentou até o final, mas acabou a corrida na P12 e deixou Indianápolis na P15 no campeonato, com 70 pontos. A próxima etapa será em Elkhart Lake no início de junho, com rodada tripla.

 

USF 2000

Cerca de 10 km distante do Indianápolis Motor Speedway, o Lucas Oil Raceway, oval de 0,686 milha (1.104 metros) é palco todos os anos da Freedow 75, corrida de 75 voltas para os pilotos da categoria, que tem treinos livres na quarta e quinta-feira, dia em que é feita a prova de classificação, com os pilotos saindo um a um, e em duas voltas lançadas aceleram para marcar a melhor média de velocidade e definir o grid.

 

 

Nos treinos livres, com vários carros na pista ao mesmo tempo, Nicolas Giaffone e Lucas Fecury não chamaram tanta atenção. Na primeira sessão, quarta-feira, Nicolas Giaffone foi o P6 e Lucas Fecury o P17. Na sessão seguinte, Giafone foi o P7 e Fecury melhorou para a P12. Na quinta-feira, no terceiro treino livre, Nicolas Giaffone parecia estar indo na contramão, ficando com a P8 e Lucas Fecuri voltou a ser o P17. Foi na sessão seguinte que Giaffone mostrou força e fez o melhor tempo. Lucas Fecury se recuperou e foi novamente o P12. No treino de classificação, nas voltas lançadas, Nicolas Giaffone repetiu o feito e conquistou sua primeira pole position. Lucas Fecury ficou com a P14.

 

A transmissão das corridas na noite da sexta-feira pelo youtube estava programada para começar às 21:15 horas, hora do Brasil, mas caiu uma chuva e como em oval não tem corrida com chuva, as corridas foram adiadas para o sábado no final da manhã. O céu estava com nuvens carregadas, mas a pista estava seca e os pilotos foram pra pista e saíram atrás do safety car. Após uma volta o carro de segurança saiu e tivemos a bandeira verde.

 

 

Nicolas Giaffone largou muito bem e abriu uma pequena vantagem para não dar vácuo para quem vinha atrás. Lucas Fecury não largou bem e caiu para P17. Com 6 voltas de prova o brasileiro tinha meio segundo de vantagem sobre Tanner DeFabis, que superou Ayrton Houk e foi pra cima de Nicolas Giaffone, colocando de lado na volta 10 e assumindo a liderança na volta 11. Os dois se afastaram mais de 1s em relação a Ayrton Houk, mas com a sequência de voltas, Nicolas Giaffone foi tendo dificuldades em acompanhar o ritmo do líder. Lucas Fecury subiu para a P16 com o abandono de Golan, mas estava 2s atrás de Jamieson.

 

Com 1/3 da corrida disputada Nicolas Giaffone tinha 1,5s de vantagem sobre Ayrton Houk. O problema é que ele tinha 1,8s de desvantagem para o líder e os primeiros começaram a alcançar os pilotos do fundo do pelotão. Na volta 35 Lucas Fecury tomou uma volta do líder. Na metade da corrida a distância de Nicolas Giaffone para o líder passava dos 3s, mas ele continuava mantendo 1s sobre Ayrton Houk.

 

 

Na volta 46 Ayrton Houk escapou de traseira, e acertou Max Taylor, que vinha na P5, antes bater no muro, provocando a entrada do safety car. A parte boa deste acidente é que a vantagem de Tanner DeFabis, que estava em 3,7s para Nicolas Giaffone desaparecia. Infelizmente, não tem “Lucky Dog” nas categorias da Indy e Lucas Fecury continuava uma volta atrás dos líderes. Como sempre, resgates na Indy são lentos e em ovais requerem mais cuidados.

 

 

A relargada veio na abertura da volta 54 e Nicolas Giaffone tentou um ataque sobre Tanner DeFabris, mas quase perdeu a P2 para Quinn Armstrong, que foi superado por Evagoras Papasavvas. A disputa pela P3 deu um pequeno respiro para Nicolas Giaffone, mas logo ele tinha o 3° colocado bem próximo a ele enquanto via o líder abrir vantagem novamente com 15 voltas para o Final. Com o acidente, Lucas Fecury subiu para a P14, mas não conseguia se aproximar de Max Jamieson.

 

 

Faltando 10 voltas Nicolas Giaffone conseguiu abrir 0,9s para Evagoras Papasavvas, que era atacado por Quinn Armstrong e Xavier Kokai, que tomou a P4 na volta 69, mas a perdeu na volta 71. Nicolas Giaffone conquistou seu primeiro pódio na categoria com a P2. Lucas Fecury foi o P14. Com este resultado, Nicolas Giaffone subiu para a P8 no campeonato, com 96 pontos. Lucas Fecury é o P19, com 51. A próxima etapa será em Elkhart Lake no início de junho.

 

Eurofórmula

A terceira etapa da Eurofórmula continuou esvaziada. Na primeira corrida tivemos mais um carro no grid, elevando o número para 8. Na segunda corrida tivemos um carro a menos (7) e na terceira corrida foram apenas 6 carros no grid. Fernando Barrichello terminou as três corridas na 6ª posição.

 

E assim concluímos assim mais um desafio, acompanhando as categorias de base com os brasileiros buscando uma oportunidade de crescer no automobilismo internacional em qualquer dos continentes pelo mundo e vamos continuar tentando manter o compromisso da coluna semanal. 

 

Um abraço a todos,

 

Genilson Santos

 

 

Nota NdG: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site Nobres do Grid.

 


Last Updated ( Sunday, 26 May 2024 23:44 )